junho 2025

Meio Ambiente

Estudantes do RN apresentam projeto sobre a Caatinga nos EUA

Jovens de Pau dos Ferros participaram de missão científica e mostraram que o sertão também é espaço de inovação. A proposta nasceu dentro do ambiente escolar e alia tecnologia, sustentabilidade e valorização do bioma semiárido.

Anna Luiza Queiroz e Anne Letícia Pinheiro, alunas da escola estadual de Tempo Integral Dr. José Fernandes de Melo, em Pau dos Ferros, representaram o Brasil em uma missão científica no Massachusetts Institute of Technology (MIT), entre os dias 7 e 14 de junho. O projeto que levou as jovens à maior universidade de tecnologia do mundo foi um rover sustentável, desenvolvido por elas e outros colegas como parte da equipe Redescobrindo a Caatinga.

A proposta nasceu dentro do ambiente escolar e alia tecnologia, sustentabilidade e valorização do bioma semiárido. O pequeno veículo robótico foi projetado para operar em condições extremas do solo e clima da Caatinga, com estrutura montada a partir de materiais reaproveitados. A ideia é utilizar soluções tecnológicas para responder a desafios locais, tendo a natureza como fonte de inspiração e campo de atuação.

A jornada até o MIT teve início ainda em 2024, durante a RoverXpedição Caatinga — uma série de etapas formativas e seletivas que mobilizou estudantes e professores da rede estadual. Em outubro, na fase realizada na Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), em Mossoró, a equipe se destacou entre dezenas de projetos. Já em janeiro deste ano, Anna Luiza e Anne Letícia participaram de uma missão preparatória no Laboratório de Aplicações Científicas (LAC) da UFERSA, onde trabalharam ao lado de mentores da universidade, estudantes do MIT e outros finalistas.

“É profundamente gratificante testemunhar que estudantes da escola pública são plenamente capazes de sonhar alto, romper barreiras e concretizar seus projetos de vida”, afirmou a professora Jacicleuma Oliveira, uma das orientadoras do projeto.

De volta ao Rio Grande do Norte, as estudantes relatam que a experiência foi marcante. “Foi a realização de um sonho. A sensação que tenho é de missão cumprida e de coragem para encarar mais um desafio”, disse Anna Luiza.

A secretária de Estado da Educação, professora Socorro Batista, parabenizou as estudantes e destacou a importância do feito. “É um orgulho imenso ver nossas estudantes se destacando internacionalmente. Essa conquista mostra o poder da escola pública quando há investimento, incentivo e valorização do protagonismo juvenil. Elas nos ensinam que a educação transforma — e transforma para o mundo”, pontuou Batista.

A missão científica nos Estados Unidos chegou ao fim, mas o legado que as jovens deixam é um convite à esperança e à ousadia. Do sertão potiguar ao MIT, a Caatinga foi redescoberta com ciência, criatividade e amor pelas raízes.

Educação

Macaíba contabiliza mais de 230 auxiliares e estagiários na rede municipal de ensino

A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Macaíba encaminhou cerca de 232 novos estagiários e auxiliares para atuarem nas salas de aulas das escolas municipais no ano de 2025. Os profissionais foram convocados para suprir as necessidades educacionais do Município.

O auxiliar de sala desempenha um papel fundamental no apoio ao processo de ensino-aprendizagem, suas responsabilidades incluem fornecer suporte ao professor, manter a ordem e a disciplina e assistir aos alunos, com uma carga de 8 horas diárias. Os estagiários têm uma carga de 4 horas diárias, sempre no contraturno das atividades acadêmicas.

O objetivo dessa ação é garantir que as unidades escolares estejam cada vez mais preparadas para oferecer uma educação de qualidade, com equidade e inclusão. A SME segue avançando com os designamentos dos profissionais gradativamente, sempre analisando as necessidades específicas de cada unidade.

“A chegada de mais de 230 auxiliares e estagiários às nossas escolas representa um reforço essencial para o fortalecimento da nossa rede. Esses profissionais estão contribuindo diretamente para o desenvolvimento pedagógico e o bem-estar dos nossos estudantes, oferecendo suporte ao trabalho docente e promovendo uma aprendizagem mais inclusiva e equitativa. Nosso compromisso é seguir investindo em ações concretas que garantam uma educação pública de qualidade para todas as crianças e jovens de Macaíba”, destacou Ademar Júnior Secretário Municipal de Educação.

Foto Luan Alves

Inclusão

Dia do Orgulho Autista: Centro ABA público transforma Macaíba em referência no cuidado ao TEA

Em pleno Dia do Orgulho Autista, a existência de um centro especializado em terapia ABA na rede pública de Macaíba representa um marco essencial na luta por inclusão e respeito às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A unidade é a primeira do tipo no Rio Grande do Norte e reforça o compromisso do município em garantir atendimento especializado, gratuito e humanizado para crianças autistas e suas famílias. A terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada) é considerada uma das abordagens mais eficazes para estimular o desenvolvimento da autonomia, comunicação e habilidades sociais de pessoas no espectro.

O centro conta com equipe multiprofissional, incluindo psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, entre outros profissionais. A atuação integrada dessas especialidades permite um cuidado mais completo e adaptado às necessidades de cada criança, promovendo avanços reais na qualidade de vida e no desenvolvimento global. Em um cenário onde a maioria das famílias depende do setor público, esse tipo de serviço gratuito torna-se um recurso essencial e muitas vezes a única alternativa para o acompanhamento terapêutico contínuo.

Ter um Centro ABA público em Macaíba vai além da assistência: é um passo concreto em direção à inclusão. Em uma sociedade onde o acesso à terapia ainda é restrito por barreiras financeiras, essa unidade reforça a importância de políticas públicas voltadas ao atendimento precoce e especializado. No Dia do Orgulho Autista, essa conquista simboliza reconhecimento, acolhimento e a construção de um futuro mais justo para todas as crianças atípicas do município.

Blog

18 de Junho: Dia do Orgulho Autista reforça luta por inclusão, respeito e políticas públicas eficazes

O Dia do Orgulho Autista é mais do que uma data no calendário: é um convite à reflexão sobre os desafios enfrentados diariamente pelas pessoas no espectro do autismo e suas famílias. Criada por ativistas autistas em 2005, a data busca reforçar que o autismo não deve ser encarado como uma doença a ser curada, mas sim como uma forma diferente de perceber o mundo — que merece respeito, compreensão e inclusão.

Para muitas famílias, o caminho até o diagnóstico é longo e solitário. A falta de profissionais preparados, o preconceito ainda presente nas escolas e o desconhecimento da sociedade dificultam o acesso a um tratamento adequado. “Ainda existe muita desinformação. Às vezes, o que falta não é amor, mas apoio especializado”, relata Renata Silva, mãe de um adolescente autista. Segundo ela, o suporte psicológico, pedagógico e social continua sendo uma necessidade urgente, especialmente nas regiões mais periféricas.

As políticas públicas voltadas às pessoas autistas no Brasil avançaram nos últimos anos, mas ainda são insuficientes. A Lei Berenice Piana, que estabelece os direitos das pessoas com transtorno do espectro autista, é considerada um marco, mas sua implementação enfrenta entraves em muitas cidades. Faltam profissionais na rede pública, centros de diagnóstico e atendimento especializado, além de campanhas permanentes de conscientização que preparem a sociedade para o convívio respeitoso e inclusivo.

A inclusão escolar é outro desafio central. Apesar de garantida por lei, ela nem sempre acontece de forma efetiva. Faltam adaptações curriculares, formação de professores e mediação adequada nas salas de aula. No mercado de trabalho, o cenário não é diferente: oportunidades existem, mas ainda esbarram no capacitismo e na ausência de ambientes preparados para acolher a diversidade neurológica. “A inclusão não pode ser só no papel”, afirma a psicopedagoga Carla Moura. “Ela precisa ser uma prática diária, construída com escuta e empatia.”

Celebrar o Dia do Orgulho Autista é, portanto, uma forma de reafirmar o direito de existir com dignidade e autenticidade. É reconhecer talentos, valorizar individualidades e, principalmente, exigir que a sociedade caminhe para ser mais justa e acessível a todos. O orgulho autista não é apenas de quem está no espectro, mas também daqueles que lutam por um mundo onde a diferença não seja barreira, e sim potência.

Economia

Brasil lidera em milionários na América Latina, mas segue entre os mais desiguais

O Brasil encerrou 2024 com cerca de 433 mil milionários em dólares, liderando o ranking da América Latina e ocupando a 19ª posição global entre os países com mais pessoas com patrimônio acima de US$ 1 milhão, segundo o Relatório Global de Riqueza 2025, divulgado pelo banco suíço UBS. No topo da lista estão os Estados Unidos, que sozinhos ganharam 379 mil novos milionários em um ano — mais de mil por dia. Ao todo, 684 mil pessoas no mundo passaram a integrar esse seleto grupo, impulsionadas pela recuperação econômica global.

Apesar dos números expressivos, o relatório faz um alerta importante sobre a realidade brasileira: o país tem um dos maiores índices de desigualdade de riqueza do mundo. Enquanto a média de patrimônio por adulto no Brasil gira em torno de US$ 31 mil, a riqueza mediana — aquela que mostra a distribuição mais fiel — é de apenas US$ 6.482. Com um índice de Gini de 0,82, o país empata com a Rússia na liderança global da concentração de renda, muito à frente da Eslováquia, que registrou o menor nível de desigualdade no levantamento (0,38).

Outro dado que chama atenção é a previsão de heranças no país. O Brasil aparece como o segundo do mundo com maior volume projetado de transferência de patrimônio nas próximas duas décadas, com quase US$ 9 trilhões. O número é impulsionado pela expressiva população acima dos 75 anos, indicando que uma grande parcela da riqueza acumulada passará para as próximas gerações. O país só fica atrás dos Estados Unidos, que concentram mais de US$ 29 trilhões nesse processo.

Apesar de liderar regionalmente em número de milionários, o Brasil ainda enfrenta o desafio de garantir que essa riqueza seja distribuída de forma mais justa. O relatório reforça que ter muitos milionários não significa, necessariamente, que a maioria da população viva com conforto financeiro. A urgência por políticas públicas que reduzam desigualdades e ampliem o acesso à educação financeira, crédito e oportunidades segue como um dos grandes compromissos sociais e econômicos do país.

Igreja Católica

Papa Leão marca data da canonização de Carlo Acutis e destaca legado digital do jovem beato

O Vaticano anunciou nesta semana a data oficial da canonização de Carlo Acutis, o jovem beato italiano conhecido por seu trabalho evangelizador na internet. A cerimônia será realizada no dia 7 de setembro de 2025, em Roma, e será presidida pelo Papa Leão. A decisão foi tomada após a confirmação de um segundo milagre atribuído à intercessão de Acutis, cumprindo assim todos os requisitos para sua elevação aos altares como santo da Igreja Católica.

Carlo Acutis morreu em 2006, aos 15 anos, vítima de uma leucemia fulminante. Católico devoto desde a infância, ficou conhecido por desenvolver um site que catalogava milagres eucarísticos ao redor do mundo. Sua habilidade em unir fé e tecnologia chamou atenção de fiéis e autoridades eclesiásticas. Em 2020, foi beatificado em Assis, cidade onde está sepultado, e desde então se tornou símbolo da juventude católica conectada ao mundo digital.

Segundo o comunicado da Santa Sé, o segundo milagre reconhecido ocorreu no Brasil, quando uma criança de Fortaleza se curou de uma malformação congênita após orações dirigidas a Carlo. O caso passou por rigorosas análises médicas e teológicas, e foi aprovado por unanimidade pela Congregação para a Causa dos Santos. “Carlo nos mostra que santidade é possível na vida cotidiana, inclusive na cultura digital”, declarou o Papa Francisco ao confirmar a canonização.

A canonização de Carlo Acutis representa um marco para a Igreja no século XXI. Ao reconhecer um adolescente que usou a internet como meio de evangelização, o Vaticano reafirma a importância de dialogar com as novas gerações por meio das ferramentas contemporâneas. O jovem será o primeiro “influencer digital” a se tornar santo, sendo celebrado como exemplo de fé, criatividade e amor ao próximo, especialmente entre os jovens católicos de todo o mundo.

Festival Gospel

Eli Soares, Jhon Dias, Marcos Freire e Som e Louvor são atrações confirmadas no Adora Macaíba

Na noite desta segunda-feira (16), a Prefeitura Municipal de Macaíba lançou o “Adora Macaíba”, o maior festival de música gospel de toda a história da cidade com grandes nomes da música evangélica nacional, que se apresentarão em um espetáculo de louvor e adoração na Avenida Mônica Dantas, tradicional ponto de comemorações da cidade. Na sexta-feira, 11 de julho, as atrações são Jhon Dias, Eli Soares, Filhos de Sião e Rayanne Lima. Já no sábado, 12 de julho, sobem ao palco Som e Louvor, Marcos Freire e Banda Fé.

No lançamento, o prefeito Emídio Júnior declarou: “Esse é um momento histórico para a nossa cidade, porque estamos dando o primeiro passo oficial para o Adora Macaíba, um evento que, com certeza, entrará para o calendário dos grandes eventos do estado do Rio Grande do Norte. Deus tem sido muito generoso conosco. Devemos agradecer por tudo que Ele faz em nossas vidas. Este será o primeiro ano de muitos, se Deus quiser.”

A vice-prefeita Raquel Barbosa expressou: “O Adora Macaíba nasceu no céu e veio diretamente para nossos corações. Macaíba é do senhor Jesus! Que vocês possam propagar esse evento, porque o único intuito é Deus. É importante que a gente diminua e Ele cresça. Vão ser noites de adoração e glorificação. O maior evento gospel já visto em Macaíba.”

Quem também discursou foi o deputado estadual Kléber Rodrigues, autor da emenda parlamentar para a realização do festival: “Estou ajudando de forma especial para uma das coisas que eu mais gosto na vida, que é adorar a Deus. Esse vai ser o primeiro ano do Adora Macaíba. Esse evento que não é nosso, esse evento é de Deus. Muitas vidas serão salvas nesses dias.”

O lançamento contou com as presenças de dezenas de pastores e pastoras, da prefeita de Parnamirim, professora Nilda Cruz, dos (as) vereadores (as): Érika Emídio (presidente da Câmara), Dadaia Ribeiro, Edi do Posto, Socorro Nogueira, Ana Catarina, Tafarel Freitas, Sérgio Lima, Clarissa Matias e Otacílio Andrade.

Foto: Edeilson Morais

Igreja Católica

91 anos da morte de Padre Cícero

O dia 17 de junho reserva momentos marcantes da história brasileira que merecem ser lembrados. Uma das efemérides mais importantes é o aniversário de morte de Padre Cícero, ocorrida em 1934. Líder religioso e político nordestino, Padre Cícero é uma das figuras mais influentes do sertão, especialmente no Ceará. Sua morte provocou forte comoção popular e até hoje é lembrada com romarias em Juazeiro do Norte. Sua figura continua viva na fé popular, sendo reverenciado por milhares de devotos que o consideram um santo, mesmo sem a canonização oficial da Igreja Católica.

 

Outras efemérides:

A Revolta da Vacina, ocorrida em 1904. Embora seu ápice tenha sido em novembro daquele ano, foi nesse mês de junho que começaram as movimentações políticas que dariam origem ao conflito. O povo carioca resistia à obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, decretada por Rodrigues Alves, e a tensão social começava a crescer de forma significativa.

Por fim, a data também é significativa para a política nacional: em 1963, o Congresso aprovou o retorno ao sistema presidencialista, após um período parlamentarista que começou com a renúncia de Jânio Quadros em 1961. Esse retorno fortaleceu a figura do presidente João Goulart, mas também intensificou as tensões políticas que culminariam no golpe militar de 1964. O 17 de junho, portanto, é um dia que nos convida a refletir sobre saúde pública, fé, cultura e democracia.

Segurança

15 de Junho: o compromisso coletivo contra a violência à pessoa idosa

O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado em 15 de junho, vai muito além de uma data no calendário — é um chamado urgente à empatia e ao respeito. No Brasil, onde mais de 30 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, os casos de violência física, psicológica, financeira e institucional contra idosos ainda são uma realidade alarmante. Silenciosa na maioria das vezes, essa violência pode acontecer dentro de casa, em instituições ou até no acesso precário a serviços básicos. Ouvir, acolher e proteger é mais do que um gesto humano — é um dever de todos.

Nos últimos anos, o país avançou em legislações voltadas à proteção da pessoa idosa. O Estatuto do Idoso, criado em 2003, foi um marco legal ao garantir direitos fundamentais à saúde, transporte, moradia e dignidade. Políticas como a Rede Nacional de Proteção à Pessoa Idosa e o fortalecimento dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) buscam atender esse público com maior eficiência. No entanto, muitas dessas ações ainda esbarram na falta de estrutura e na ausência de formação continuada para os profissionais da ponta, que enfrentam a sobrecarga diária de um sistema subfinanciado.

O envelhecimento da população brasileira é um fenômeno irreversível. Estima-se que, até 2050, mais de 30% dos brasileiros terão acima de 60 anos. Esse dado exige do país não apenas políticas emergenciais, mas uma transformação profunda em como pensamos o envelhecer: com oportunidades, acessibilidade, participação social e respeito à autonomia. Envelhecer não pode ser sinônimo de abandono — precisa ser entendido como uma etapa rica, produtiva e digna da vida humana.

Mais do que números, o 15 de junho nos convida a olhar nos olhos dos nossos idosos — e reconhecer ali não só as marcas do tempo, mas também histórias de luta, afeto e contribuição para o país. Combater a violência contra a pessoa idosa é, portanto, uma tarefa que começa nas relações do dia a dia, mas que precisa ser sustentada por políticas públicas sólidas e pela valorização contínua do envelhecer. Porque o cuidado com os nossos mais velhos revela, no fundo, o tipo de sociedade que escolhemos ser.

Saúde

Policlínica de Macaíba completa 3 anos e mais de 84 mil atendimentos

A Policlínica Municipal Dr. Luiz Faustino da Costa, de Macaíba, completa três anos de funcionamento neste domingo (15), contabilizando 84.427 atendimentos em pequenas cirurgias, consultas em quase 30 especialidades, terapias, exames de laboratório e de imagem. A data foi celebrada
com um café junino, nesta sexta-feira (13), com a presença do prefeito de Macaíba, Emídio Júnior, da secretária municipal de Saúde, Sâmara Figueiredo, da diretora da Policlínica, Mariana Silva, dos funcionários e pacientes.

Nesse período foram realizados mais de 85 mil atendimentos, exames, procedimentos e consultas médicas em 27 especialidades como cardiologia, ortopedia, mastologia, psiquiatria, ginecologia, oftalmologia, endocrinologia, neurologia, pediatria, reumatologia, angiologia, nutrição, geriatria, psicologia entre outras.

Em relação aos exames, foram feitos 9.106 exames de ultrassonografia e endoscopia; 8.220 eletrocardiogramas; 4.490 procedimentos de enfermagem com curativos de alta complexidade. Dentre os atendimentos específicos, a policlínica realizou 3.970 consultas em de ortopedia e traumatologia, 2.343 consultas em neurologia; 2.757 consultas em mastologia; 3.284 consultas em endocrinologia e metabologia.

O prefeito Emídio Júnior destacou o atendimento humanizado e disse ser fundamental em todos os equipamentos da Prefeitura. “Eu sei que o nosso povo é atendido dignamente aqui, e que a Policlínica já é referência no atendimento de cerca de três mil pessoas por mês. Minha gratidão a toda equipe que faz a Policlínica acontecer, com muito suor e muito esforço. Conseguimos criar um prédio onde não tinha estrutura nenhuma, mas determinamos e fizemos Policlínica e hoje oferecemos 27 especialidades de atendimento na saúde, coisa que nunca se viu em nosso Município”, disse.

Emídio Júnior ressaltou que a Policlínica de Macaíba é única no Estado que possui atendimento de três neuropediatras. “Nós temos aqui o atendimento de três neuropediatras, só quem tem essa quantidade de neuropediatras atendendo pelo SUS, no Rio Grande do Norte é Macaíba. Isso aqui é história que vai ficar para futuras gerações”, finalizou.

O evento contou com a presença da presidente da Câmara, Érika Emídio, dos vereadores Socorro Nogueira, Aroldo da Saúde, Sérgio Lima, Otacílio, Vinício Filho, Ismarleide e Edi do Posto.

Foto: Edeilson Morais

Data Importante

Dia Mundial do Doador de Sangue: o gesto que salva vidas e enfrenta silêncios

Hoje (14) é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma data de reconhecimento e também de alerta. Em cada cidade, hospitais e hemocentros dependem de um ato simples e solidário para garantir que vidas sejam salvas em momentos críticos. A doação de sangue, embora rápida e segura, ainda é cercada por mitos, receios e, acima de tudo, por uma perigosa negligência coletiva. Muitos só se lembram da importância do gesto quando alguém próximo precisa — e, infelizmente, pode ser tarde demais.

O Brasil enfrenta, com frequência, períodos de baixa nos estoques de sangue. Feriados prolongados, mudanças climáticas, epidemias e até mesmo campanhas eleitorais influenciam diretamente na quantidade de doadores. Em algumas regiões, os estoques chegam a níveis críticos, colocando em risco cirurgias, tratamentos oncológicos, partos e atendimentos de emergência. O que falta, muitas vezes, não é boa vontade, mas conscientização contínua. Doar sangue precisa ser visto como um hábito, não uma exceção.

Por trás das estatísticas, há histórias reais: mães que aguardam transfusões durante o parto, crianças em tratamento de leucemia, vítimas de acidentes graves à espera de socorro. Cada doador anônimo torna-se parte dessas histórias, mesmo sem saber. É uma forma silenciosa de heroísmo, que não exige capa, apenas um pouco de tempo e empatia. O sangue que se doa não tem substituto — e o ato de doar se torna, por isso, uma das formas mais puras de cuidado com o outro.

Mais do que uma homenagem, o Dia Mundial do Doador de Sangue é um apelo coletivo. Ele nos lembra que a vida de alguém pode depender de um gesto que está, literalmente, ao nosso alcance. Ir a um hemocentro e estender o braço é também estender a esperança a quem já perdeu quase tudo. Em tempos em que o mundo parece girar depressa demais, doar sangue é uma pausa necessária — um instante de humanidade que, no silêncio das agulhas e bolsas vermelhas, grita: “estamos juntos”.

Homenagem

Há 17 anos o Brasil perdia Jamelão, a voz que eternizou o samba e a alma da Mangueira

José Bispo Clementino dos Santos, mais conhecido como Jamelão, foi mais do que um cantor: foi um monumento vivo do samba brasileiro. Nascido em 1913, no Rio de Janeiro, ele atravessou quase um século com a mesma voz firme e presença imponente, tornando-se o intérprete oficial da Estação Primeira de Mangueira por mais de 50 anos. Sua figura de terno escuro, chapéu elegante e expressão grave era presença obrigatória na Marquês de Sapucaí, onde conduzia o enredo da escola como quem narra a própria história do povo.

A vida de Jamelão foi marcada por lutas, mas também por conquistas que só a música é capaz de proporcionar. Começou vendendo jornais e trabalhando como engraxate, até que sua voz foi descoberta em rodas de samba e bares da Zona Norte. Em 1949, lançou seu primeiro disco solo e, ao longo das décadas, interpretou nomes como Lupicínio Rodrigues como ninguém. Suas versões de “Ela disse-me assim” e “Esses moços” não são apenas canções — são testemunhos de dor e paixão convertidos em arte pura.

Apesar de seu reconhecimento como sambista, Jamelão nunca gostou de ser rotulado apenas assim. Apaixonado por música romântica e boleros, gravou álbuns que mostravam seu alcance vocal e emocional muito além do samba-enredo. Era um cantor de sentimentos, daqueles que olham para a letra antes de cantar e perguntam: “O que esse verso está querendo dizer?”. E essa escuta atenta do mundo, transformada em melodia, era o que fazia sua interpretação atravessar a pele e chegar direto ao coração.

Jamelão partiu em 2008, aos 95 anos, mas sua voz segue ressoando nos desfiles da Mangueira e nas rodas de samba que mantêm vivo o espírito de quem cantava não só por si, mas por todos. Seu legado é um lembrete de que o samba não é apenas ritmo: é história, identidade e resistência. E Jamelão, com sua postura altiva e alma sensível, foi — e continua sendo — uma das vozes mais autênticas que o Brasil já teve.

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