APAC Macaíba é inaugurada com capacidade para 46 apenados
Foi inaugurada nesta segunda-feira, 02, a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Macaíba (APAC/Macaíba), uma entidade civil sem fins lucrativos que busca a recuperação e reintegração social dos presos. A APAC/Macaíba funciona no bairro Alfredo Mesquita, tem capacidade para 46 vagas e é resultado de esforços conjuntos entre representantes da Associação, Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público do Trabalho, Prefeitura de Macaíba e Câmara Municipal.
O método APAC é baseado na valorização humana, na evangelização e na espiritualidade, com o objetivo de fornecer aos condenados, condições para se recuperarem e se reintegrarem à sociedade e está baseado em 12 fundamentos, incluindo a valorização humana, a religião, a reestruturação familiar, a participação voluntária da comunidade, com resultados positivos, sendo menor a taxa de reincidência e custo mais baixo por preso em comparação com o sistema prisional tradicional.
O prefeito de Macaíba, Emídio Júnior, declarou tratar-se de momento histórico. “Há muito tempo se buscava essa possibilidade. É importante destacar que foram guerreiros, que buscaram e lutaram por esse momento e estão fazendo história no nosso município. Tenho certeza que esse dia ficará marcado na memória de todos. O prédio até pouco tempo não estava tendo utilidade, que cedido pela prefeitura, foi totalmente reformado para receber os recuperandos, que vão voltar à sociedade totalmente ressocializados”, afirmou.
O juiz corregedor Felipe Barros, que discursou em nome do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, relembrou que desde 2018 começou a idealizar a APAC Macaíba. “Eu desacreditava na ideia da APAC, depois que fui a Minas Gerais, consegui enxergar a realidade prisional como deveria ser. Nesse processo de descoberta, eu servi como instrumento para dar o pontapé inicial na APAC Macaíba, e sem a confluência de muitas pessoas jamais isso aqui teria saído do lugar”, disse.
Barros enfatizou que a gestão do prefeito Emídio Júnior sempre foi muito receptiva às ideias, o prédio foi cedido pela Prefeitura e reformado com recursos de prestação pecuniária. “A finalidade é pegar aquele que cometeu um crime e entregá-lo verdadeiramente restaurado interiormente, porque a reforma só funciona quando é feita de dentro para fora”, disse.
Foto: Maxson Savelle