23 de junho de 2025

São João 2025

Prefeito Emídio Jr anuncia Edyr Vaqueiro no São João em Traíras

O cantor Edyr Vaqueiro é atração confirmada no São João do Povo 2025, no polo Traíras, que acontece dia 28 de junho, encerrando a programação na zona rural de Macaíba. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (20) pelo prefeito Emídio Júnior, em vídeo divulgado nas suas redes sociais.

Além de Edyr Vaqueiro, Traíras receberá Renan Miranda e Érika Silva, além de apresentação de quadrilha junina. “Vamos fechar com chave de ouro o São João do Povo na zona rural e quero compartilhar com vocês em primeira mão. Teremos show de Edyr Vaqueiro e tenho certeza que será uma grande noite na nossa comunidade. Vocês, de toda Macaíba e cidades vizinhas, são os nossos convidados “, afirmou o prefeito Emídio Júnior.

Edyr Vaqueiro, conhecido pelo bordão “Alô, meu lord!”, tem em sua lista de sucessos música como “Casa mais eu”, “Saudade de uma vaquejada” e “A culpa é da bebida “.

A partir do dia 29 de junho, o São João do Povo desembarca no polo Centro, com a realização do festival de quadrilhas juninas Arraiá Quatrocentão que segue até o dia 02 de julho no Ginásio Poliesportivo Edilson de Albuquerque, na Aliança, no domingo a partir das 15h e dos demais dias a partir das 19h.

A partir de quinta-feira, 03 de julho, a festa acontece no palco da Avenida Mônica Dantas, sempre a partir das 19h, com shows de Grafith, Os Kabas da Peste e Thales Play. Na sexta-feira, 04, sobem ao palco Brasas do Forró, Cavaleiros do Forró e JP Forrozado. Já no sábado, 05, no encerramento do São João do Povo 2025, acontecem shows de Batista Lima, Cláudio Ney e Juliana, e Reinaldo Netto.

São João 2025

Brasil celebra São João, Dia do Lavrador e conquistas culturais neste 23 de junho

Neste 23 de junho, o Brasil se ilumina com as festas de São João, uma das celebrações mais queridas e tradicionais do calendário nacional. A data, marcada por danças típicas, fogueiras e comidas à base de milho, homenageia São João Batista, figura central do cristianismo e símbolo da cultura popular nordestina. Nesta região as festas juninas atingem seu auge com programações que mesclam fé, música e identidade regional.

Além das festividades religiosas, o dia 23 de junho também marca o Dia do Lavrador, data que presta homenagem aos trabalhadores rurais responsáveis por boa parte da produção de alimentos no país. Apesar dos desafios enfrentados no campo — como a precariedade de infraestrutura e as mudanças climáticas —, o lavrador segue como peça fundamental para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico das zonas rurais brasileiras.

Outra efeméride de destaque é o Dia do Atleta Olímpico, que busca valorizar os esportistas brasileiros que dedicam suas vidas ao alto rendimento. Neste ano, o clima é ainda mais especial, já que os Jogos Olímpicos de Paris 2024 se aproximam, reacendendo o entusiasmo nacional pelas modalidades que representam o país no cenário global. A data é um convite à reflexão sobre o apoio necessário aos atletas e à importância do esporte como instrumento de transformação social.

Em um 23 de junho repleto de significados, o Brasil reafirma suas raízes culturais, celebra o esforço do povo do campo e enaltece o espírito olímpico. São datas que revelam a diversidade e a força do povo brasileiro, unindo fé, trabalho e superação em um mesmo dia de homenagens e celebrações.

São João 2025

Nordeste Arretado: A festa é nossa e Luiz Gonzaga é o Rei!

Êita saudade danada de um tempo em que São João era sinônimo de forró pé de serra, trio no coreto da praça e cheiro de milho assado no ar! Hoje em dia, o que se vê em muito lugar é cantor embriagado no palco, tocando música que não tem nada a ver com o nosso São João. É sertanejo pop, é DJ que nunca viu um zabumba na vida. E aí, chamam a gente de saudosista, como se saudade fosse pecado. Mas como o mestre Luiz Gonzaga já dizia, “saudade, meu remédio é cantar!” — e é cantando que a gente resiste.

Cadê os arraiás de rua, com bandeirinha colorida balançando no vento e sanfona gemendo de emoção? Deram lugar a mega eventos com palcos maiores que curral de vaquejada, onde os cachês milionários vão pra gente que nem sabe o que é um xote ou um baião. Não é birra, não. É dor de ver a essência da nossa cultura sendo maquiada pra caber num padrão que não é nosso. E no meio disso tudo, a ausência do velho Lua pesa mais do que a mala de retirante.

Luiz Gonzaga não foi só cantor, não. Foi voz, foi protesto, foi bandeira hasteada no sertão. Ele cantou as dores da seca, os apuros da fome, a coragem dos que partem e a esperança dos que ficam. Foi ele quem gritou pro Brasil ver: o nordestino é forte, é digno, e tem cultura própria. “Vim do norte, eu sou cabra da peste, sou do povo e o povo é meu mestre!” — cada verso dele era um chamado à resistência e à valorização do nosso chão rachado de sol.

Sem Luiz Gonzaga, sem Jackson, Marinês, Dominguinhos e tantos outros da mesma linhagem, nossa identidade talvez tivesse se perdido nas estradas de asfalto quente da modernidade. São eles que continuam vivos em cada sanfona que chora e em cada casal que dança colado no terreiro. Eles são a memória viva do que somos, e junho é o mês em que isso pulsa mais forte no peito do nordestino.

Pense aí comigo: que Nordeste seria esse sem as cores dos balões, sem o calor das fogueiras, sem o cheiro de pólvora no céu? Um Nordeste sem poesia matuta, sem causos contados na calçada, sem Luiz Gonzaga dizendo que “olha pro céu, meu amor, vê como ele está lindo!” — não seria o mesmo. Seria vazio, sem alma. Porque cada festa junina sem forró de raiz é como milho sem sal: falta sabor, falta história.

Por isso, a gente precisa resistir. Precisa bater o pé e defender com orgulho o nosso jeito de celebrar, nosso jeito de cantar, de amar e de dançar. O São João é nosso. O forró é nosso. E Luiz Gonzaga é eterno — feito a fé, feito a esperança, feito o próprio sol do sertão que nunca se apaga.

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