Núbia Lafayette: a voz da dor de amor que segue viva no coração do Brasil
Há exatos 18 anos, o Brasil se despedia de uma de suas vozes mais intensas e emocionantes: Núbia Lafayette. Natural de Assu, no Rio Grande do Norte, a cantora deu voz às dores, às desilusões e às paixões de um povo que se reconhecia em cada verso que cantava. Com seu timbre marcante e interpretação carregada de sentimento, Núbia conquistou o país nos anos 1960 e 1970, eternizando-se como uma das maiores representantes do gênero conhecido como “dor de cotovelo”.
Filha de uma costureira e um funcionário público, Núbia começou a cantar ainda jovem em programas de rádio no interior do Rio Grande do Norte. Mudou-se para o Rio de Janeiro em busca de oportunidades e, ali, encontrou seu destino nos palcos. Seu primeiro sucesso, “Devolvi”, lançado em 1964, explodiu nas rádios e a colocou no mapa da música brasileira. Vieram então outras canções que atravessaram gerações, como “Seria Tão Diferente”, “Fracasso de Amor”, “Casa e Comida” e “Sentimental Demais”, essa última em parceria com Altemar Dutra.
Núbia era mais do que uma cantora romântica: era intérprete de emoções profundas. Em cada música, imprimia uma verdade rara, que ainda hoje toca quem escuta. Apesar de ter sido por vezes subestimada pela crítica, o público sempre reconheceu sua força. Ela faleceu no dia 19 de junho de 2007, deixando um legado de sinceridade musical que segue influenciando artistas e emocionando fãs. Sua voz permanece viva, como testemunho da intensidade e da verdade com que viveu sua arte.
O dia 19 de junho também marca outras importantes celebrações: é o Dia do Cinema Brasileiro, data que homenageia a primeira filmagem feita no país, em 1898; é o Dia do Migrante, que nos convida a refletir sobre os caminhos de quem busca novos começos; e o Dia de São Romualdo, monge e reformador da vida religiosa no século X, símbolo de silêncio, contemplação e renovação espiritual.