Análise política

Opinião

A opinião que José Luís Pediu ao Gato Preto

Professor José Luís, de matemática e política

Aí o Professor José Luís, matemático, observador político e macaibense já posicionado nas fileiras do oposição, inclusive com direito a empunhar o microfone, cobra do Gato Preto uma opinião contundente sobre os dois atos de filiação partidária ocorridos nas últimas semanas. Uma que filiou e indicou os pré-candidatos situacionistas à Câmara Municipal e a pré-candidata a vice; outro, mais recente, que filiou Netinho e seus pré-candidatos a vereador ao Republicanos, presidido no estado por Álvaro Dias, prefeito de Natal, que nem apareceu na festa, mas mandou o filho, deputado Adjuto Dias, que tenta emplacar como candidato a prefeito de Caicó.

Como se isso fosse relevante para a maioria, opino: em todos os meus anos de observação política, nunca tinha visto tanto movimento para simples e cartoriais atos de filiação partidária. Como diria um veterano amigo do Gato Preto: “muita farofa para pouca carne”.

Discursos previsíveis, figuras políticas jurássicas (sem etarismo!)… nenhuma surpresa, nenhum fato novo que tenha merecido, até então, destaque na imprensa regional, mais do mesmo. Os movimentos serviram tão somente para estimular claques, tirar da toca quem ainda estava escondido e, principalmente, gerar as primeiras imagens de apoio que as produtoras audiovisuais usarão durante a campanha.

Mas é claro! O Jogo ainda não começou, estamos somente na fase de escalação. A bola vai rolar para valer a partir do dia 20 de julho, quando os partidos e federações precisam começar a realizar suas Convenções. A partir daí o show tem que ser de verdade, sem firula. Quem quiser ganhar, terá que mostrar força, estrutura, discursos fortes que não recorram a coitadismos (coitadinhos não existem na política macaibense) nem a outros clichês já derrotados, como o tal mote “forasteiro”. As identidades visuais estarão nas ruas, locutores afinados, jingles na ponta da língua do povão e a população incentivada a votar.

O prazo para as convenções vai até 5 de agosto.

Esperemos um bom debate. É o melhor para a democracia!

Macaíba

Tá faltando vice, visse?!

Está aberta a temporada de caça aos pré-candidatos a vice-prefeitos. Emídio Jr saiu na frente e logo anunciou Raquel Barbosa como sua companheira. Ainda não se sabe se a advogada levará votos às urnas, mas é certo que levou um combo de fazer inveja a qualquer postulante. A marca e o peso positivo do MDB, com o suporte de lideranças estaduais; fundo partidário e a certeza do empenho absoluto da estrutura política do marido, deputado Kléber Rodrigues.

No outro polo, Netinho França ainda procura um vice, alguém que também agregue e que não se torne um estorvo numa eventual gestão. Aliás, vice, para ser bom, tem que ter a qualidade de um jarro. Apesar desse perfil, de figurar quase sempre ignorados, a escolha tem que ser estratégica. Vide o exemplo de Dilma e Temer. Deu no que deu!

Eleitos ou não, recentemente Macaíba teve vices para todos os gostos. Gilberto Nogueira, vitorioso ao lado de Dr. Fernando em 2000, não tinha capital eleitoral à época, não dominava a oratória, mas chegou com o combativo PT. Em 2004 Auri Simplício não trouxe votos; mas o forte PFL de José Agripino, um bom discurso e estratégia. Como Gilberto, acompanhou Fernando sem atrapalhar. Em 2008 Marília Dias foi eleita ao lado de Auri, que somou valores importantes, mas pouco peso eleitoral. Em 2012 as peças do tabuleiro ganharam outros pesos. Marília tentou ser reeleita ao lado de Emídio, que deu estrutura ao palanque, levou a candidata à zona rural, entregou o que prometeu. Nos tempos de popularidade Dr. Fernando nunca investiu em vices, por cautela ou autoconfiança. Voltou ao Auta de Sousa naquele ano de mãos dadas com Olímpio Maciel, de onde só saiu em 2020 com Auri, quando Emídio e Netinho duelavam. Pontuavam bem, mas decidiram compor para liquidar fácil a fatura. Netinho, ingênuo ou apressado, contando com um revezamento amigável na principal Giroflex do palácio, foi à vice, mas a prefeitura era pequena para os dois. Há quem diga que lhe faltou habilidade para se fazer essencial. Chutou o balde cedo demais.

Agora o enredo mudou de novo! A safra de companheiros de chapa tá fraca… Para jogar à vera, Netinho não pode se dar ao luxo de escolher uma planta qualquer. O sarrafo está altíssimo!

Macaíba

Sobre política velha, política nova, forasteiros e outras bobagens ditas pelas ruas

A militância tenta ressuscitar essas narrativas como se fossem novidades, relevantes para ameaçar o projeto de alguém.

Desde que o mundo é mundo se faz política com atos Legais e atitudes não republicanas. Uns merecem respeito; outros nascem, crescem em determinado torrão e cometem atrocidades contra o seu povo quando recebem mandatos. Os órgãos de controle e a população estão aí para promoverem uma implacável fiscalização, jogando na vala do desprezo e nos tribunais os que representarem a banda podre do jogo. Portanto, não existe velha e nova política, mas a boa política; não existem forasteiros incompetentes por via de regra, mas gente desonesta independente do seu sotaque ou batistério.

Acusam Emídio de se aliar a uma família baseada em Monte Alegre; que sua pré-candidata a vice-prefeita seria a representação desse grupo, voraz para assumir todos gabinetes e, principalmente, o Diário Oficial do Município. Há também quem decrete que a quase pré-candidata a vice-prefeita de Netinho, ex-prefeita Odiléia Mércia, é a personificação de uma política jurássica…

E na Câmara Municipal, quem pratica a “nova política”? Já vi “pós-adolescentes”, eleitos com glória, não renovarem seus mandatos por pura ineficiência.

Não existe outra forma certa de se fazer política que não seja com atitudes alinhadas ao que ditam as leis e em respeito ao povo. A idade e a naturalidade de quem se candidata é o que menos importa, não são atestados que garantem gestões eficientes. O resto é retórica barata!

O grupo de Dr. Fernando se elegeu 20 anos consecutivos desmoralizando a ladainha de “forasteiros”. Não há de se negar que sua gestão e a de Marília, nascidos em Natal e Mossoró, respectivamente, foram bem avaliadas; que a acariense Mônica Dantas até hoje é lembrada com saudade; que o parainano Lavoisier Maia foi um dos grandes governadores do nosso estado; que os mossoroenses Wilma e Agripino foram bons prefeitos de Natal; que o carioca Carlos Eduardo foi bem avaliado em suas gestões; que a paraibana Fátima foi reeleita em reconhecimento à sua gestão, sem falar no acreano Styvenson.

Aos marqueteiros das campanhas macaibenses, procurem novos motes. Esses nunca colaram!

Macaíba

Macaíba: Sobre alianças e votos

Campanha política é um jogo estratégico que se faz avaliando os números alcançados nas experiências anteriores e analisando as projeções apontadas por sondagens atuais para realinhar rotas e tentar a vitória.

Em 2022, ano de disputa eleitoral estadual, vereadores, lideranças sem mandato, prefeito e vice… todos saíram com seus candidatos preferidos a tiracolo, de porta em porta, angariando abraços e promessas de votos. Uns eram conhecidos do povo, outros nem sabiam para que lado ficava Macaíba até então.

Nem todos os vereadores que já apoiavam a gestão do prefeito Emídio Jr seguiram sua orientação naquele pleito e decidiram patrocinar candidaturas que não foram a de Rogério Marinho, João Maia nem Kléber Rodrigues. Alguns, seguindo esse caminho independente, mostraram força e entregaram o que prometeram: votações expressivas aos candidatos que apoiaram.

Mas teve gente que já rompeu com seus pupilos e que não repetirá dobradinhas por força de conjunturas políticas, motivos pessoais ou simplesmente subserviência.

Este ano, já que o prefeito tem em sua base quase toda a Câmara Municipal, ávida por reeleição, é bem provável que seu palanque seja frequentado por grande parte do PIB político-eleitoral do estado, com políticos de todas as prateleiras, gavetas e tabuleiros. Virão retribuir o esforço dos vereadores e lideranças que os apoiaram dois anos atrás e, de quebra, tentar carimbar passaporte para 2026 nas terras de Coité, sempre estratégica na Região Metropolitana. Resta saber se a ciumeira vai deixar e se a equipe logística da campanha, que cuida da engenharia, irá garantir um palanque onde caibam tantos.

Da Assembleia Legislativa, por exemplo, Emídio receberá o apoio de Kléber Rodrigues, com quem mantém uma aliança já duradoura; Netinho vai caminhar com o deputado estadual Adjuto Dias; e Ivanilson Oliveira já participou de atos em favor da pré-candidatura de Dr. João.

De toda Forma, o Gato Preto foi buscar no site do TSE a votação dos candidatos que receberam em Macaíba as votações mais expressivas, apoiados diretamente pelo prefeito Emídio; de forma independente por seus aliados em nível municipal; ou pelos grupos adversários.

DEPUTADOS ESTADUAIS:
Kléber Rodrigues – 9.177 votos
Lagartixa, que ganhou, mas não levou – 3.107 votos
Adjuto Dias – 2.652 votos
Divaneide Basílio – 968 votos
Tomba – 931 votos
Clayton Rolim – 931 votos
Gustavo Carvalho – 892 votos
Dr. Kerginaldo – 862 votos
Luis Eduardo – 821 votos
Azevedo – 788 votos
José Dias – 770 votos
Cristiane Dantas – 752 votos
Galeno – 715 votos
Eudiane Macedo – 694 votos
Isolda Dantas – 675 votos
Ubaldo Fernandes – 590 votos
Ivanilson Oliveira – 554 votos
Ezequiel – 542 votos

DEPUTADOS FEDERAIS:
João Maia – 6.310 votos
Netinho França – 8.883 votos
Kelps Lima – 2.712 votos
Clarissa – 2.532 votos
Natália Bonavides – 1.879 votos
Mineiro – 1.605 votos
Gonçalves – 1.457 votos
Girão – 1.001 votos
Benes Leocádio – 894 votos
Garibaldi – 649 votos
Robinson Faria – 588 votos

SENADOR:
Rogério Marinho – 14.734 votos
Carlos Eduardo – 10.001 votos
Rafael Motta – 9.538 votos

GOVERNO:
Fátima Bezerra – 23.293 votos
Fábio Dantas – 7.457 votos
Styvenson Valentim – 6.839 votos

Post scriptum do Gato Preto: A postagem é sobre a campanha que se avizinha. Uma análise sobre quem está justificando a votação que recebeu por meio de trabalho em favor dos macaibenses, aí são outros quinhentos…

Macaíba

O Menino tá bem na fita!

Prefeito Emídio Júnior, de Macaíba

É grande o entra e sai de políticos influentes no Palácio Auta de Souza. Todos vão em busca de um dedo de prosa com o prefeito Emídio. Deputados Francisco Medeiros, Natália Bonavides, Hermano Morais, Kléber Rodrigues, Albert Dickson, Ubaldo… Há quem jure que aquele gabinete nunca foi tão prestigiado.

Claro! No xadrez da política não há lugares para amadores! Quem sobe aqueles degraus, vai na esperança de cair na graça de quem conquistou a maior vitória eleitoral da História de Macaíba. Vai que cola, né?!

Por isso, ninguém tá chegando abanando as mãos. Os principais dotes são emendas parlamentares e muitos compromissos em favor da cidade.

Aos poucos, sem arrogância nem demagogia, a gestão parece que está conseguindo demonstrar a importância estratégica, econômica e política do município, o que tem poupado Emídio do vexame de correr léguas com um pires na mão como se Macaíba não valesse o quanto pesa.

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