Taí uma iniciativa que merece todos os aplausos da sociedade!
Macaibenses de vários segmentos se reuniram domingo passado, 14 de abril, e celebraram a fundação da Associação dos Defensores dos Animais de Macaíba. Tudo oficializado, com aprovação de Estatuto e outras formalidades.
Segundo alguns que já integram a entidade, a luta agora será pela construção de uma sede e estrutura de trabalho pela causa.
O Gato Preto parabeniza aos generosos fundadores da Associação e lembra que os desafios serão ainda maiores e constantes, passando pela conquista de apoio político, pela garantia de suporte do poder público em todas as suas esferas e, principalmente, pela conscientização social sobre o respeito aos animais.
Destaque para a forte adesão do mandato do vereador Zeca da Pesca. O parlamentar é um dos protagonistas da fundação da entidade e promete total empenho pela sua consolidação.
A Revista Coité e o Gato Preto estarão sempre por perto, apoiando e divulgado todas as ações da Associação.
Com todo respeito à nova e talentosa geração de barbeiros, antiguidade é posto quando tratamos de Manoel Janilson Brito Silva, que há 34 anos se orgulha por ser “Janilson Cabeleireiro”.
Ele tem uma trajetória interessante, com desafios e experiências intensas em várias áreas. Aos 15 anos ingressou no seu primeiro emprego, na Famosa, em 1980. Depois de quatro anos, foi integrar as fileiras do Exército, de onde saiu um ano depois como Cabo e experiente na operação de máquinas de construção. Mas o Janilson que sentou praça, não foi o mesmo que saiu do quartel. Despertou para a política! Voltando à vida civil, foi readmitido na fábrica. Daí, passou à militância sindical, liderando o movimento inclusive como dirigente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias Têxteis do RN. Protagonista, Janilson participou ativamente de ações ligadas à Igreja, como de comissões da CNBB, Pastoral Operária… chegando até a se recluir por um período como jesuíta no Mosteiro de São Bento, em João Pessoa.
Por sua forte atuação sindical, diz ter sido perseguido. Os tempos eram outros! Foi demitido e não conseguiu outro emprego. Nesta fase difícil, uma revelação divina, segundo Janilson, traçou seu destino, mostrou que deveria dedicar-se aos serviços de beleza. E assim foi! Escutou os sinais e investiu na sua formação com forte influência e orientação do tio Osemildo Brito. Em são Paulo, matriculou-se em cursos para cabeleireiros especializados em cortes masculinos e femininos. Durante mais de um ano, de segunda a sábado, em dedicação integral, estudou e praticou muito sob a supervisão de experientes profissionais. Aprovado com destaque em toda a sua formação, Janilson voltou à Macaíba em 1990 decidido a ser o grande profissional que conhecemos. No dia 26 de outubro daquele ano inaugurou seu salão num primeiro endereço. Hoje na Rua Dona Emília, o estabelecimento é ponto de referência, lugar de bom papo, de um serviço de excelência, de fama que vai muito além da nossa freguesia. A agenda está sempre cheia.
Macaíba orgulha-se por ser terra de homens como Janilson Cabeleireiro. Forte em opiniões, talentoso na tesoura e amigo dos amigos.
Perguntei a cinco crianças e três jovens se conheciam a macaíba. À exceção do mais velho, nenhum já tinha ouvido falar na frutinha, que foi uma das grandes frustrações de minha infância. Menina de gostar de brincar na rua – naquele tempo isso ainda era possível – via a molecada passar comendo o “coquinho” com a maior avidez. Um dia, fui até a palmeira que sobrevivia em uma das esquinas da Rua Evaristo da Veiga, onde passei a infância, e comi na maior avidez do mundo. Mas o fruto com a polpa amarelo forte, me pareceu um purgante. Amargava que só fel. Tinha até quem o chamasse de “bombom de boi”. Hoje as macaibeiras estão sumindo do mapa. A gente quase não mais as vê.
Para minha surpresa, encontro anos depois, em plena praia de Boa Viagem, o ambulante João Benedito dos Santos, vendedor de raspa-raspa há quinze. Há três, descobriu que o raspa-raspa de macaíba é muito solicitado pelos banhistas. E passou a vendê-lo na areia. Hoje, o da fruta nativa é o carro-chefe de João. “Trago três litros e vendo tudo, mas antes é preciso bater no liquidificador com leite”, conta ele. “Aliás, só macaíba e coco exigem leite. Os outros só pedem mesmo a raspa de gelo”, conta. Ele vende raspa-raspa de manga, tamarino, morango, menta, uva, chiclete… mas diz que o de macaíba é o mais pedido pelos seus clientes.
Benedito afirma que o lambedor do fruto é um sucesso no combate à tosse e às secreções pulmonares. “A macaíba é boa para combater a tuberculose, dor nos ossos, catarro, reumatismo”, diz ele. “Mas eu só vendo mesmo o raspa-raspa”. Procurei informações no livro “Farmácias Vivas” (do Professor Abreu Matos), uma das bíblias sobre plantas medicinais em minha estante. Nada sobre a fruta. No Google há poucas informações, mas algumas se referem aos seus efeitos expectorante e nutricional. Nas minhas caminhadas matinais, encontro, vez por outra, macaibeiras. Elas são nativas do Brasil e ainda sobrevivem em alguns trechos que margeiam o Rio Capibaribe. Muitas pessoas, no entanto, acreditam tratar-se de uma palmeira comum. Viva Benedito, que resgatou a presença da fruta entre nós. “Compro na cidade, e preparo o suco com leite em casa. O povo gosta muito, e é forte”.
A cigarreira de seu Luiz Virgínio é um ponto cardeal bem no centro de Macaíba. Fica no caminho de todo mundo. Mais central impossível!
Há anos é ponto de encontro e, apesar do pouco espaço, é gigante em acolhida e histórias. O macaibense que nunca passou por lá para contar ou ouvir histórias e tomar um cafezinho, pode rasgar a certidão de nascimento.
Seu Luiz Virgínio nasceu em São Gonçalo do Amarante há 76 anos, quando o Brasil era governado pelo General Eurico Gaspar Dutra. Com Dona Ivonete teve dois fihos. Na Utinga, comunidade são-gonçalense das mais antigas, abençoada por Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Seu Luiz viveu 45 anos… mas em 1993 pegou o rumo de Macaíba, abriu sua cigarreira e nunca mais arredou o pé.
No início dos anos 2000 a fumaça de sua churrasqueira era vista de longe. Uma dose de qualquer coisa, um pedaço de carne e um bom papo eram pretextos perfeitos para todo mundo passar por ali. Hoje, o churrasquinho não faz mais parte do cardápio, a churrasqueira apagou, mas a simpatia do anfitrião continua acesa, sempre esperando velhos, novos e futuros amigos para conversar sobre qualquer assunto; sobre o passado, sobre o que se passa na rua, sobre o futuro, sobre a política daqui ou da Ucrânia… é permitido até mentir, mas com talento!
Como o Gato Preto começou o texto, em Macaíba tem norte, sul, leste, oeste e a cigarreira de Luiz Virgínio.
Aí o Professor José Luís, matemático, observador político e macaibense já posicionado nas fileiras do oposição, inclusive com direito a empunhar o microfone, cobra do Gato Preto uma opinião contundente sobre os dois atos de filiação partidária ocorridos nas últimas semanas. Uma que filiou e indicou os pré-candidatos situacionistas à Câmara Municipal e a pré-candidata a vice; outro, mais recente, que filiou Netinho e seus pré-candidatos a vereador ao Republicanos, presidido no estado por Álvaro Dias, prefeito de Natal, que nem apareceu na festa, mas mandou o filho, deputado Adjuto Dias, que tenta emplacar como candidato a prefeito de Caicó.
Como se isso fosse relevante para a maioria, opino: em todos os meus anos de observação política, nunca tinha visto tanto movimento para simples e cartoriais atos de filiação partidária. Como diria um veterano amigo do Gato Preto: “muita farofa para pouca carne”.
Discursos previsíveis, figuras políticas jurássicas (sem etarismo!)… nenhuma surpresa, nenhum fato novo que tenha merecido, até então, destaque na imprensa regional, mais do mesmo. Os movimentos serviram tão somente para estimular claques, tirar da toca quem ainda estava escondido e, principalmente, gerar as primeiras imagens de apoio que as produtoras audiovisuais usarão durante a campanha.
Mas é claro! O Jogo ainda não começou, estamos somente na fase de escalação. A bola vai rolar para valer a partir do dia 20 de julho, quando os partidos e federações precisam começar a realizar suas Convenções. A partir daí o show tem que ser de verdade, sem firula. Quem quiser ganhar, terá que mostrar força, estrutura, discursos fortes que não recorram a coitadismos (coitadinhos não existem na política macaibense) nem a outros clichês já derrotados, como o tal mote “forasteiro”. As identidades visuais estarão nas ruas, locutores afinados, jingles na ponta da língua do povão e a população incentivada a votar.
O prazo para as convenções vai até 5 de agosto.
Esperemos um bom debate. É o melhor para a democracia!
Quem quiser concorrer a uma das 50 vagas oferecidas pela Prefeitura de Macaíba no Concurso Público para o cargo de Guarda Civil Municipal, é bom se apressar. O prazo para inscrições termina amanhã, dia 08 de abril. Além das vagas a serem preenchidas imediatamente, mais 150 aprovados serão convocados de acordo com a necessidade da administração.
Para se inscrever, o candidato deverá acessar o portal da banca organizadora (www.idecan.org.br), onde consta o edital e todas as informações sobre o Concurso. O valor da taxa de inscrição é R$ 130,00. Para concorrer às vagas e participar desta seleção, os homens deverão ter estatura mínima de 1,60m e as mulheres ter estatura mínima de 1,55m. A idade mínima é de 18 anos, enquanto a máxima é de 45 anos.
A data prevista para a aplicação da prova objetiva é 26 de maio de 2024. A prova terá questões de conhecimentos gerais (português, matemática e informática) e conhecimentos específicos (direito penal, direito processual e legislação de trânsito).
Também serão aplicados testes de aptidão física, avaliação psicológica, avaliação de saúde, investigação social e curso de formação.
A criação da Guarda Civil Municipal de Macaíba é um compromisso reiterado de Emídio Jr desde vereador. Após muitos debates e tratativas com especialistas em Segurança Pública, já como prefeito, Emídio sancionou em abril de 2022 a Lei que oficializou a GCM.
A futura Guarda macaibense funcionará ininterruptamente e desempenhará a função de vigilância e fiscalização ostensiva de caráter preventiva, zelando pelo respeito à Constituição, às leis, à proteção do patrimônio e ordem pública.
Durante as sessões ordinárias, extraordinárias e solenes da Confraria do Gato Preto, ele sempre está por perto. Discreto, atencioso, cortês…
Adilysson é um trabalhador querido por muitos macaibenses que frequentam a Praça de Alimentação do Favorito. Passou pelos bancos do Dr. Severiano e do Alfredo.
Parabéns pela eficiência e obrigado pela paciência, amigo!
Se tem festas que divertem e orgulham os macaibenses são as vaquejadas e forrós do Parque Otaviano Pessoa, promovidos pelo amigo Betinho Pessoa.
Neste sábado, 06, tem mais uma que promete ser gigante. No palco, Na Pegada do Coyote, Walkyria Santos e Rey Vaqueiro, novo nome do forró que está estourado pelo nordeste.
O Parque Otaviano Pessoa e o Terreiro da Vila, apesar de privados, são patrimônios de todos os macaibenses; referências no esporte vaquejada para todo o Brasil. Fazem parte de gerações.
Betinho Pessoa, figura carismática, fluente em todas as rodas sociais do estado, devoto de Nossa Senhora da Conceição, de bom papo, integrado ao cotidiano da nossa cidade, promotor de eventos grandiosos com experiência de muitos anos. Empresário dos bons com o DNA de seu Humberto Pessoa, uma instituição, que nos deixou há seis anos.
Além de divertir, gerar renda e empregos, movimentar o comércio de vários segmentos e cadeias produtivas, as vaquejadas do Otaviano Pessoa são um patrimônio cultural do povo macaibense. Alô, amigo @kleberrodrigues! Vamos reconhecer oficialmente Macaíba como a Capital Potiguar da Vaquejada!
Então, o convite tá feito!
Neste sábado, 06, tem vaquejada boa no Parque Otaviano Pessoa.
Coisa boa é reencontrar amigos, recontar histórias…
Na sessão ordinária da Confraria do Gato Preto desta quarta-feira, 03, o destino, que alguns conhecem como coincidência, reuniu veteranos do rádio macaibense. Janduí Diniz, José Luis, J Júnior e Ádamo Rocha passaram anos comandando programas em diversas emissoras da cidade. Versáteis e populares, passearam do jornalismo aos programas musicais, passando pela narração esportiva experiente e competente do Professor José Luis.
Todo respeito ao amigo Janduí Diniz, que ao lado de Thomás Sena e Lindoarte Lima militaram com muita coragem pela radiodifusão comunitária em nossa cidade.
Tantos outros foram convidados, mas não apareceram para o abraço. Estão perdoados. Mais encontros virão.
As sessões da Confraria do Gato Preto acontecem semanalmente em qualquer lugar de Macaíba. É só chegar, sentar e conversar.
Equipe campeã do Matutão de 66, tendo como técnico Tasso Cordeiro
Macaíba sempre viu no esporte uma opção de lazer, socialização; para alguns, oportunidade de carreira profissional. Mesmo este 1º de abril não sendo nenhuma data especial para o esporte macaibense, sempre é tempo de homenagear.
O campo do Cruzeiro lotado, Verdes Mares, Olímpica; disputas antológicas no Ginásio… memórias que não fogem dos que amam e respeitam o esporte.
Pois aqui é terra de grandes desportistas! Centenas anônimos, outros reconhecidos estado afora, mas todos grandes!
A partir do Cruzeiro de Macaíba, por exemplo, o Brasil conheceu Miguel de Lima (ex-goleiro do Náutico, Vasco e outros), Djalma (ex-jogador do América-RN, Sport e Corinthians) e Wallyson (do Cruzeiro mineiro). A cidade também não esquece o Vingador, Malheiros, Vicente, Punga, Neguinho de Punga, Zé Maria, Maurício, Odilon, Neré, Quinho, Batucada, João, Rui, Arí, Valério Goleiro, Zacarias, Reinaldo, Bizú, Célio, Peixinho, Gilson, Rodrigo, Eduardo, Nego, Vana, Dé, João Menguita, Val, Charles, Kelson, Ricardo, Eliabe, Marquinhos de Braz… Gerações apaixonadas pelo esporte. Alguns respeitados em memória.
Edilson de Albuquerque Bezerra
Destaque para o saudoso Edilson de Albuquerque Bezerra (foto), que dá nome ao ginásio da Rua da Aliança. Terceiro filho de seu Romão, um dos fundadores do Cruzeiro. Foi um craque! Artilheiro na conquista do Matutão de 1966, título equivalente ao campeão estadual daquele ano, quando a equipe (foto) foi dirigida por Tasso Cordeiro. Edilson faleceu em 1995 aos 52 anos.
Outros que merecem todas as homenagens são os que fizeram a história do Fluminense da Rua da Matança, de seu Geraldinho; do Rio Branco, de seu Antônio Paulino; do Bandeirantes, de Marron; do Flamengo da Vila, de seu Luís; Madureira de Mangabeira… Isso para citar só alguns tradicionais que protagonizaram clássicos do nosso futebol.
Viva ao esporte da paz! A todas as gerações de desportistas, de todas as modalidades! Treinadores, peladeiros, dirigentes, atletas, cronistas, árbitros, torcedores…
A pauta foi sugerida pelo amigo-leitor Grimerson de Dona Damares. Contamos com a consultoria privilegiada de Marcelo Augusto, que conhece de cor e salteado a nossa história, e do professor José Luís, cronista esportivo.
Memorialista; de fino trato; professor; guardião da cultura; escritor; contador de histórias e de números; um homem de fé! Com sua devida vênia, a partir de hoje vamos repercutir alguns de seus recortes, daqueles que massageiam a memória de quem tem saudade. Daqui para baixo é tudo dele. Boa leitura!
“Macaíba, década de 70 (século passado). Naquele tempo eu já andava por esse torrão.
Ontem fui caminhar na minha cidade e as ruas estavam quase desertas.
Poucos veículos e pouquíssimas pessoas numa tarde de domingo, literalmente, de pandemia. Tudo fechado.
Tarde da noite fui ler e escrever. Aí encontrei essa foto que me chamou a atenção.
Quase ninguém pelas ruas. Quase nenhum veículo circulando. Tudo “quase” igualzinho à tarde de ontem, contudo, sem pandemia.
De repente, lembrei-me de um verso do nosso hino, que diz: ‘Esperança é uma semente que nasce e que brota nesse lugar’
Eu continuo te amando, Macaíba. E amanhã será um novo dia.
Até breve!”
Texto: Marcelo Augusto, colunista compulsório da Revista Coité Foto: Acervo Prefeitura de Macaiba (domínio público)