Perder Gal e Boldrin no mesmo dia foi demais para um brasileiro que ama sua música, sua cultura.
Ele era o Sr. Brasil; ela fez o mundo ouvir “Brasil, mostra a tua cara!”
Definitivamente insubstituíveis!
Nas fotos, além de Boldrin, imagem de Gal Costa en Natal, sendo entrevistada pelo amigo Antônio Sales antes de uma de suas apresentações no Projeto Pinxinguinha, ainda nos anos 70.
A C&A do Centro de Natal fechou, mas em sua parede ainda está a referência que o mestre Dorian Gray Caldas (1930-2017) fez a um dos maiores símbolos da nossa arquitetura, que nasceu ali no século XIX, exatamente fincado na esquina da Rua Nova com a Coronel Pedro Soares, rebatizadas depois.
Milhões de passos cruzaram aquela calçada nos últimos 25 anos. Poucos deram fé da gravura de Dorian.
O casarão tombou, a loja fechou, a Cidade agoniza.
Também resta pouco tempo para o mínimo que nos sobra: a imagem do palacete de João Freire.
Reviver uma das páginas mais tristes da História não é a melhor das sugestões. Seis anos de guerra, bombas atômicas, fome, holocausto e cerca de 70 milhões de mortos. O Centro Cultural é top, mas o apelo tá equivocado.
Acostumados a lamentar a assombrosa ausência de potiguares na música brasileira, somos surpreendidos por este conjunto de informações reunidas por Zé Dias, conhecido produtor musical de Natal, e hoje uma das maiores autoridades em história da música potiguar.
Você sabia…
– Que o cara que teve a ideia de juntar eletricidade com violão, criando assim o violão elétrico, era um norte riograndense chamado Henrique Brito, parceiro de Noel Rosa, que passou uma temporada nos Estados Unidos nos anos 1930?
– Que a Bossa Nova teve um precursor potiguar, Hianto de Almeida, com música gravada por João Gilberto em 1952?
– Que Expedito Baracho, um dos intérpretes mais importantes do frevo pernambucano, ao lado de Claudionor Germano, é de Jucurutu?
– Que Ademilde Fonseca, a Rainha do Choro, foi de fato a primeira cantora moderna do Brasil?
– Que o chorinho, o ritmo mais genuinamente brasileiro, teve no norte-riograndense K-Ximbinho um de seus compositores mais revolucionários?
– Que um dos nomes mais representativos do coco de embolada nordestino se chama Chico Antônio, era de Pedro Velho e foi revelado ao Brasil no final da década de 1920 por ninguém menos que Mario de Andrade?
– Que entre as músicas de carnaval mais famosas e mais cantadas em todos os tempos estão algumas de Dozinho, potiguar de Campo Grande?
– Que o responsável pela retomada da carreira de Luiz Gonzaga, eclipsada pela Jovem Guarda e o yê-yê-yê, foi um mossoroense, produtor musical, chamado Oséas Lopes?
– Que outro potiguar, Severino Ramos, caicoense, é autor de Ovo de Codorna, música que no início da década de 1970 recolocou Luiz Gonzaga nas paradas de sucesso?
– Que Elino Julião, autor de dezenas de obras-primas do forró, é de Timbaúba dos Batistas?
– Que o potiguar Aldo Parisot é considerado o violoncelista mais importante nos Estados Unidos, reconhecido no mundo, parceiro de Villa-Lobos e com biografia publicada na Inglaterra?
– Extraído de Papo Cultura – Foto: Oséas Lopes, o Carlos André
O talento e as lentes são do amigo Marcelo Augusto, colunista compulsório desta Revista, mas a Matriz de Nossa Senhora da Conceição “é do povo, como o céu é do condor!”
Foi com essa afirmação que a governadora Professora Fatima Bezerra comemorou o acordo firmado entre o Governo do Estado e a UFRN pela instalação, em Macaiba, do Parque Científico Tecnologico Augusto Severo Pax. O ato solene aconteceu na Governadoria, em Natal.
O documento também foi chancelado pelo prefeito Emidio Júnior, que estava acompanhado pelo vice-prefeito Netinho França, por secretários municipais e pelos vereadores Aroldo, Tafarel, Luizinho, Érika, Rita de Cassia, Dadaia e Ismarleide.