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Instagram agora é para maiores de 16: Governo aperta o cerco contra conteúdos pesados

Se você é daqueles que passa horas navegando pelo Instagram, prepare-se: o governo federal, através do Ministério da Justiça e Segurança Pública, acaba de subir a régua para o uso da plataforma. Agora, a rede social que antes era “liberada” para maiores de 14, passa a ser recomendada apenas para quem tem 16 anos ou mais.

A decisão, publicada nesta quarta-feira (11/6) no Diário Oficial da União (DOU), veio após uma análise minuciosa da Secretaria Nacional de Justiça. O motivo? Encontraram um verdadeiro caldeirão de conteúdos que, digamos, não combinam muito com a galera mais jovem.

O que preocupou o Ministério?

A lista é grande e, cá entre nós, um tanto assustadora. O Ministério da Justiça identificou na plataforma posts e vídeos que mostram de tudo um pouco: desde morte intencional, mutilação e crueldade até nudez, erotização, diversos tipos de conteúdo sexual e, claro, consumo de drogas. Um prato cheio para quem busca o lado sombrio da internet, mas nem um pouco apropriado para adolescentes em formação.

Equilíbrio entre liberdade e proteção

Apesar da mudança, o ministério faz questão de ressaltar que a medida busca um delicado equilíbrio. O objetivo é “preservar tanto a liberdade de expressão quanto a proteção de crianças e adolescentes”. Ou seja, não é para censurar, mas para garantir que o que se vê por lá esteja de acordo com a maturidade de quem está assistindo.

Em resumo, a nova classificação indica que o Instagram “não é recomendado para menores de 16 anos” por conter “drogas, violência extrema e sexo explícito”. Tudo isso, claro, seguindo os critérios atuais do Guia Prático de Audiovisual.

E você, o que achou dessa mudança? Será que vai fazer diferença na sua experiência com o Instagram?

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Nasce um novo polo de inovação: Nordeste já é a segunda região com maior número de startups

A região nordestina do Brasil tem algumas vantagens competitivas em comparação às outras regiões do País, como custos operacionais reduzidos. Sem perder a qualidade. Além de muitos incentivos governamentais e programas de apoio à inovação que atraem investimentos e o desenvolvimento

Segundo o Startups Report Brasil, levantamento realizado pelo Observatório do Sebrae Startups, há 1.250 empresas nascentes no Nordeste impactadas pela instituição. O Porto Digital de Recife (PE), por exemplo, atua há duas décadas gerando desenvolvimento de soluções inovadoras. Não à toa, cria um ambiente que atrai investidores e empreendedores, promovendo ainda formação de profissionais de tecnologia da informação.

A Startupbootcamp, terceira maior aceleradora de startups global, tomou a decisão de estabelecer sua operação brasileira no Recife. Fundada em 2010 e com um portfólio de 1.500 startups e scale-ups, incluindo dez unicórnios (empresas de tecnologia avaliadas em mais de US$ 1 bilhão), a organização está chegando ao Brasil com um compromisso firme de investir no desenvolvimento de negócios alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Há ainda, na Paraíba, um dos polos tecnológicos mais antigos e conceituados do Brasil, em Campina Grande, e o mais recente Parque Tecnológico Horizontes da Inovação, em João Pessoa. Muitas também são as comunidades de startups presentes no Nordeste, como a Sururu Valley (AL), Rapadura Valley (CE) e Jerimum Valley (RN).

O Ceará ainda reúne muitos hubs de inovação, desde a capital até a região metropolitana, passando por Cariri, Sobral e Juazeiro do Norte. A região também conta com o apoio de grandes universidades, como é o caso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), que possui 34 centros de pesquisa.

Outras instituições de ensino também estão ganhando popularidade pelos investimentos em novos negócios. Inclusive, sete startups ligadas à Agência de Inovação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foram selecionadas em 2022 pelo Sebrae-PB, entre 200 propostas submetidas, para a fase de Fomento do Programa Startup Nordeste Paraíba. As empresas receberam bolsas no valor mínimo de R$ 39 mil. Todas as startups passaram pelas etapas de pré-aceleração e aceleração por meio de capacitações online, palestras e mentorias individuais.

Diferenciais na região
O Nordeste tem algumas vantagens competitivas, como custos operacionais reduzidos, já que os profissionais de tecnologia cobram abaixo do valor oferecido em regiões mais populosas, como em São Paulo ou no Sul do País. Porém, não significa que não há qualidade, pois a presença de grandes universidades e institutos de pesquisa colaboram para a capacitação.

Além disso, também há muitos incentivos governamentais e programas de apoio à inovação que atraem investimentos e o desenvolvimento. Destaco ainda o espírito empreendedor do nordestino, a diversidade cultural e, claro, os recursos naturais, que podem ser úteis para startups com foco em energias renováveis, por exemplo.

É válido lembrar que enquanto existem cidades engatinhando e aprendendo a lidar com o Marco Legal das Startups, Recife foi a primeira capital brasileira a se beneficiar da legislação. Inclusive, já está no seu 2º ciclo de inovação aberta, programa da prefeitura que busca soluções para a cidade e o estado, facilitando a contratação de empresas por parte do governo.

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China ativa supercomputador IA subaquático que processa 1 ano cálculos em 1 segundo

A China inaugurou recentemente o primeiro centro de dados subaquático do mundo, localizado ao largo da costa de Hainan. Este centro inovador utiliza a água do mar para resfriamento, reduzindo significativamente o consumo de energia. Com capacidade equivalente a 30.000 computadores de alto desempenho, ele pode processar em um segundo o que um computador comum levaria um ano para realizar.

O centro de dados subaquático foi projetado para atender a diversas aplicações, incluindo treinamento de inteligência artificial, simulações industriais, desenvolvimento de jogos e pesquisas marinhas. Mais de dez empresas já começaram a utilizar suas capacidades avançadas de computação. Ao submergir o centro, não apenas se economiza em custos operacionais, mas também se minimiza a pegada ambiental, estabelecendo um novo padrão para a sustentabilidade em infraestruturas tecnológicas.

Este projeto representa um avanço significativo na forma como os centros de dados são concebidos, combinando inovação tecnológica com soluções ecológicas. Com a crescente demanda por serviços de computação e armazenamento de dados, iniciativas como esta podem redefinir o futuro da indústria, promovendo eficiência energética e redução de impactos ambientais.

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Brasil terá trem-bala entre Rio e São Paulo

Imagine viajar da cidade do Rio de Janeiro para a cidade de São Paulo em 105 minutos, em um trem-bala que se desloca a 320 km/h, a um custo de R$ 500 pela passagem. Transformar esse sonho antigo do brasileiro em realidade é tarefa do CEO da TAV Brasil, Bernardo Figueiredo. Economista formado pela Universidade de Brasília (UnB), ele foi diretor da Agência Nacional da Transporte Terrestre (ANTT) e presidente Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

Em entrevista exclusiva à EXAME, ele contou os detalhes do ambicioso projeto que tem orçamento estimado em R$ 60 bilhões para construir a infraestrutura necessária ao longo de um traçado de 417 quilômetros e que pretende começar a operação em 2032. A TAV Brasil é a empresa autorizada pelo governo a construir e explorar o projeto pelo período de 99 anos.

A possibilidade de construção do trem de alta velocidade exclusivamente pelo setor privado passou a existir em 2021, com a aprovação pelo Congresso do marco legal ferroviário, que estabeleceu o modelo não é necessário a licitação de um projeto. Todo esse processo é conduzido pelo operador privado que recebeu a autorização.

Por duas vezes, durante a gestão de Dilma Rousseff, o governo tentou, sem sucesso, licitar o projeto. Na primeira tentativa, o Executivo contrataria uma empresa ou consórcio para construir e operar o trem-bala e, como contrapartida, o projeto seria financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entretanto, o leilão não recebeu propostas efetivas.

Sem sucesso no primeiro modelo, o governo definiu que construiria a infraestrutura e contrataria um operador, que pagaria para explorar o serviço. Mais uma vez, o projeto não saiu do papel.

 

Quatro estações entre Rio e São Paulo

O projeto do trem-bala entre Rio e São Paulo prevê a construção de quatro estações ao longo do trajeto de 417 quilômetros, afirmou Figueiredo. Além das estações entre Rio e São Paulo, haverá uma parada em Volta Renda (RJ) e outra em São José dos Campos (SP).

Os pontos exatos dependem da aprovação das prefeituras. No caso de Rio e São Paulo, a ideia é que sejam construídas na região central ou aproveitem estruturas já existentes para contribuir no processo de revitalização dessas áreas.

Segundo o CEO TAV Brasil, uma viagem entre todo trajeto tem custo estimado em R$ 500. Quem fizer uma o trajeto de ida e volta entre Rio e São Paulo deve gastar R$ 1.000. Já um deslocamento para Volta Redonda ou para São José dos Campos será a metade do preço: R$ 250 por trecho e R$ 500 ida e volta.

Com 38 milhões de habitantes, 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e mais de 40 destinos turísticos, os dois estados têm potencial de alavancar o crescimento com a execução do projeto. Nas contas da TAV Brasil, o trem de alta velocidade tem potencial de adicionar R$ 168 bilhões ao PIB, criar 130 mil empregos diretos e indiretos, além de garantir R$ 46 bilhões em impostos até 2055.

 

Exploração imobiliária

Diante do custo de R$ 60 bilhões em investimentos para construção das linhas, terminais, compra de trens e sistemas operacionais, o projeto traz uma inovação em relação aos anteriores: a possibilidade de exploração imobiliária nas proximidades das estações. Com isso, o empreendimento passa a gerar receita adicional, com potencial estimado em R$ 27,3 bilhões.

A Lei de Ferrovias permite que terrenos junto às estações sejam desapropriados para criar uma área estendida em que é possível construir empreendimentos imobiliários próximos a ferrovias, como shoppings, centros empresariais e hotéis.

Segundo a TAV, ainda é possível adquirir terrenos privados para desenvolvimento imobiliário ou para evitar altos custos de desapropriação. Por exemplo, negociar com proprietários, áreas para aproveitar o crescimento da operação ferroviária. O mesmo se aplica a outras estações e imóveis estratégicos na faixa de domínio, se vantajoso.

Um caso de sucesso dessa inovação ocorreu na Coreia do Sul, na estação entre as cidades de Cheonan e Asan, que fica a 100 quilômetros da capital Seoul. A estação foi inaugurada em 2003 e por meio dos empreendimentos imobiliários foi possível criar uma cidade que hoje tem 600 mil habitantes.

 

Chineses, espanhóis e fundos árabes no páreo

Após garantir a autorização do governo para o projeto, a empresa agora trabalha, segundo Figueiredo, para finalizar o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para, posteriormente, pleitear licenças prévias, entre elas a ambiental, para iniciar a obra.

Em paralelo, o executivo tem negociado com empresas chinesas, espanhóis e fundos árabes para viabilizar os R$ 60 bilhões em investimentos necessários para obra, compra dos trens e sistemas de operação. Os nomes das companhias não podem ser revelados, diante dos acordos de confidencialidade estabelecidos entre as partes.

“Estamos em conversas com os espanhóis, que construíram muitas linhas de trens da alta velocidade. Também estamos conversando com empresas chinesas, que oferecem um pacote completo de equipamentos, construção e sistemas de operação. Ainda há conversas com fundos árabes. No fim, podemos fechar com um dos três ou ter uma estrutura combinada entre os três”, disse.

Atualmente, segundo Figueiredo, os chineses estão na vanguarda da tecnologia. O primeiro trem de alta velocidade foi inaugurado no Japão, em 1964, com ligação entre a capital Tokio e Osaka. Na Europa, a primeira linha em começou operar na França, entre Paris e Lyon, em 1981.

Os chineses inauguraram a primeira linha em 2008, entre as cidades de Pequim e Tianjing. De lá para cá, a China construiu 40 mil quilômetros de linhas para trens de alta velocidade dos 60 mil quilômetros de linhas para trens de alta velocidade dos 60 mil quilômetros existentes no mundo.

“Em todas as conversas, os possíveis parceiros apontam a necessidade de apoio local do governo brasileiro. É importante que o governo diga que o projeto é prioritário ou entre no Programa de Aceleração do Crescimento. Isso traz agilidade para os processos de licenciamento, desapropriação e financiamento”, disse.

Segundo Figueiredo, esse pedido formal já foi feito ao Ministério dos Transportes. A pasta avalia o pleito. Pelo cronograma da empresa, o processo de conclusão dos estudos técnicos ocorrerá até o fim de 2026. O planejamento prevê o início das operações em 2032 para, enfim, o sonho do trem-bala se tornar realidade.

EXAME

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11 de fevereiro: Dia Mundial da Internet Segura

Neste 11 de fevereiro de 2025 mais de 180 países juntam-se com objetivo de envolver diferentes atores, públicos e privados, na promoção de atividades de conscientização em torno do uso seguro, ético e responsável da internet, nas escolas, universidades, ONG’s e na própria rede.

A Internet Day, campanha anual que acontece em todo o mundo, foi criada pela Rede Insafe na Europa, com realização no Brasil pela SaferNet. A ação mobiliza usuários e instituições em torno da data para incentivar um uso livre e seguro da rede, principalmente para crianças, adolescentes e jovens. Portanto, é uma data fundamental para conscientizar usuários de todas as idades sobre a importância da segurança no ambiente digital. Em um mundo cada vez mais conectado, proteger dados pessoais, combater a propagação de notícias falsas e evitar crimes cibernéticos são desafios constantes. A busca iniciativa educar sobre boas práticas online, como o uso de senhas seguras, o respeito à privacidade e a importância de verificar informações antes de fazê-las.

Além de promover um espaço digital mais seguro, esta data também incentiva empresas, escolas e governos a desenvolverem políticas que garantam uma navegação mais ética e protegida. Especialmente para os públicos que estão cada vez mais expostos à internet, a conscientização sobre cyberbullying, golpes virtuais e uso responsável das redes sociais. O Dia da Internet Segura reforça que a tecnologia deve ser utilizada de forma consciente e responsável, garantindo um ambiente digital mais positivo.

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Vício em Telas é reconhecido como doença pela OMS

O uso excessivo de telas, como celulares, computadores e outros dispositivos digitais, foi reconhecido como uma condição patológica pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A dependência de internet, jogos eletrônicos e aparelhos digitais foi inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), tornando-se oficialmente uma doença com sintomas e sinais bem definidos, o que exige atenção especial de pais, educadores e profissionais de saúde.

Em uma entrevista à 94 FM, a psiquiatra Ana Beatriz alertou sobre a seriedade desse problema e seus impactos, especialmente em crianças e adolescentes. Ela enfatizou que o uso desmedido de telas pode causar danos significativos. “A dependência de internet, celular e jogos está cada vez mais diagnosticada como uma doença, com sinais claros e evidentes”, explicou a médica.

De acordo com Ana Beatriz, o vício em telas pode prejudicar tanto a saúde física quanto a mental. “Esse comportamento excessivo pode contribuir para o aumento da obesidade, pois reduz a atividade física, além de prejudicar a qualidade do sono, afetando várias áreas da vida, como a memória, a criatividade e a habilidade de resolver problemas”, afirmou.

A especialista também ressaltou o impacto nas relações interpessoais: “O vínculo familiar, principalmente com os pais, fica comprometido. Muitos pais recorrem às telas para entreter os filhos, mas isso não é uma solução. Na verdade, isso afeta negativamente o desenvolvimento infantil.”

O diagnóstico de dependência digital pode ser feito observando certos comportamentos. Ana Beatriz explicou que “os sintomas dessa dependência são semelhantes aos de outros tipos de vícios, como o álcool e as drogas. A pessoa tende a reduzir o tempo de interação social e atividades prazerosas fora das telas, aumenta o tempo de uso mesmo querendo diminuir e sofre alterações no sono e apetite.”

Outro aspecto importante é a compulsão e a irritabilidade. “O indivíduo passa a sentir a necessidade de permanecer conectado por mais tempo para alcançar o mesmo prazer de antes, e, se não conseguir, sente-se ansioso ou irritado”, alertou.

Contudo, a realidade está distante das recomendações teóricas. “Atualmente, crianças e adolescentes estão passando o dobro ou até mais do tempo sugerido frente às telas”, ressaltou a psiquiatra.

Ela reforçou a necessidade de estabelecer limites claros e de oferecer alternativas de lazer. “É essencial que os pais criem uma rotina estruturada e incentivem atividades fora do ambiente digital, como esportes, passeios em família ou jogos de tabuleiro. A presença ativa da família nessas atividades é crucial.” Além disso, ela destacou o papel do exemplo dos adultos. “Se os pais não conseguem controlar o próprio uso de dispositivos, como poderão ensinar isso aos filhos?”, questionou.

Por fim, Ana Beatriz destacou a importância de buscar ajuda profissional nos casos mais graves. “A terapia é fundamental para entender as causas desse uso excessivo e ajudar no processo de desintoxicação. Em situações mais avançadas, o acompanhamento psiquiátrico também pode ser necessário”.

Com informações do Agora RN

 

Tecnologia

Nobel de Física critica os perigos da IA

Geoffrey Hinton decidiu deixar a gigante Google em 2023 para poder falar livremente sobre o assunto, que considera um problema

Preocupado com o futuro das máquinas, o cientista britânico-canadense Geoffrey Hinton, 76, se demitiu do Google em 2023 para poder falar livremente sobre os perigos da tecnologia e da inteligência artificial (IA). Em outubro deste ano ele recebeu o Prêmio Nobel de Física. Confira abaixo o que ele diz.

Pioneiro da inteligência artificial, o físico disse ter percebido que os computadores poderiam se tornar mais inteligentes do que as pessoas muito antes do que ele e outros especialistas esperavam. “Sou apenas um cientista que, de repente, percebeu que essas coisas estão ficando mais inteligentes do que nós”, disse Hinton no ano passado.

“Quero meio que dar um sinal e dizer que devemos nos preocupar seriamente sobre como impedir que essas coisas nos controlem.”

O pesquisador alertou que a IA “sabe como programar [e que], então, ela descobrirá maneiras de contornar as restrições que colocamos nela. Ela descobrirá maneiras de manipular as pessoas para fazer o que ela quer.”

Ao lado de Hinton, o cientista americano John Hopfield também foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de 2024.

CNN

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Brasil sofre 1.379 ataques de hackers por minuto

Segundo lugar em lista global, país sofreu mais de 700 milhões de ataques cibernéticos em um ano. Prejuízo médio passa dos R$ 6 milhões por violação

Segundo o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, divulgado durante o Cyber Security Summit 2024 em São Paulo, o Brasil sofreu mais de 700 milhões de ataques cibernéticos no último ano — uma média de 1.379 ataques por minuto. Esse volume coloca o país em segundo lugar no ranking mundial de cibercrimes.

A especialista em cibersegurança Chelsea Jarvie, da Escócia, esteve no Brasil e alertou sobre a sofisticação crescente dos ataques cibernéticos, que ameaçam empresas e funcionários, especialmente diante do avanço da inteligência artificial (IA).

Chelsea destacou que, além de tecnologias robustas, é essencial que os usuários adotem medidas de proteção sofisticadas.

Ela enfatiza que a segurança cibernética é uma responsabilidade compartilhada, envolvendo tanto a capacitação técnica quanto a conscientização dos colaboradores.

“As tecnologias são essenciais, mas a resiliência cibernética depende tanto das pessoas quanto da cultura. Um foco excessivo em tecnologia pode negligenciar a capacitação e a conscientização dos colaboradores”, explica Chelsea.

Além do aprimoramento das ferramentas de segurança, é necessário preparar as pessoas para enfrentar essas ameaças.

“A implementação de processos e campanhas que integrem a segurança ao cotidiano dos funcionários é fundamental”, observa Chelsea, sugerindo ainda o uso de treinamento psicológico para que os colaboradores entendam os objetivos dos invasores e evitem cair em golpes.

O impacto da inteligência artificial nos cibercrimes

Os avanços da inteligência artificial vêm aumentando a complexidade dos golpes. Chelsea exemplifica com o vishing, técnica na qual criminosos usam recursos de voz para se passar por outra pessoa e praticar phishing, um golpe no qual a vítima é enganada e tem suas informações roubadas.

Estudos indicam que 90% dos ataques cibernéticos envolvem phishing. Chelsea destaca que a abordagem adequada ao fator humano pode minimizar o impacto das manipulações psicológicas realizadas por invasores que utilizam IA.

“Embora a IA ofereça tecnologias poderosas, ela também facilita fraudes em larga escala, aumentando a vulnerabilidade das organizações”, alerta Chelsea.

Por outro lado, as empresas brasileiras já começam a reagir: 31% delas adotaram ferramentas de IA e automação para aprimorar suas operações e prevenir ataques.

Chelsea Jarvie alerta para o uso da IA nos golpes digitais e cibercrimes | REC35films/Cyber Security Summit/Divulgação

Prejuízos financeiros crescentes

De acordo com o relatório “Cost of a Data Breach”, da IBM, o custo médio de uma violação de dados no Brasil é de R$ 6,75 milhões. O estudo aponta que os ataques de phishing são os mais comuns, resultando em prejuízos de R$ 7,75 milhões por ocorrência.

A falta de capacitação e a crescente complexidade dos sistemas são desafios que as empresas precisam superar para enfrentar essas ameaças.

Aqueles que implementaram soluções tecnológicas eficazes vêm obtendo resultados melhores na prevenção de ataques.

A especialista conclui que a segurança cibernética deve ser tratada como uma responsabilidade compartilhada, baseada na construção de uma cultura de segurança robusta. A partir dessa abordagem será possível enfrentar as ameaças modernas de forma inteligente e eficaz.

Sbt

 

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Fiat lança seu primeiro híbrido no Brasil

O setor automobilístico brasileiro está prestes a vivenciar um novo avanço em termos de inovação. Depois de lançar o primeiro carro movido a etanol em 1979, o Fiat 147, a Fiat está trazendo a tecnologia híbrido-flex ao país. Esta novidade, que promete unir sustentabilidade e eficiência, será introduzida com os modelos Fiat Fastback e Fiat Pulse ainda neste ano.

O anúncio foi feito recentemente, conduzido pelo presidente da Stellantis na América do Sul, Emanuele Cappellano. A fabricação dessa nova linha, que busca revolucionar as opções de veículos híbridos no Brasil ao torná-los mais acessíveis, será responsabilidade da fábrica de Betim, a mesma que lançou a popular “cachacinha”.

A tecnologia Bio-Hybrid, desenvolvida pela Stellantis, visa atender à crescente demanda por veículos que emitem menos poluentes. É um sistema híbrido leve que combina um motor de combustão interna T200, um motor elétrico e uma bateria de 1KWh. Essa combinação foi projetada para melhorar a eficiência no consumo de combustível e aumentar o torque.

A Toyota do Brasil já havia introduzido motores híbrido-flex com o Corolla, mas a proposta da Fiat é tornar essa tecnologia ainda mais acessível, adaptando-a a modelos de menor custo.

CRUSOÉ

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Senac RN debate inovação e os impactos da inteligência artificial

Após o sucesso do evento “Caminhos para o Futuro”, que marcou o início da programação em homenagem aos 75 anos do Sistema Fecomércio RN, o Teatro Riachuelo se encheu novamente na noite de quarta-feira (21) para o seminário “Inovar RN”, promovido pelo Senac RN, o principal agente de educação profissional vinculado ao sistema Fecomércio.

Com o instigante tema “O Futuro é Humano”, o seminário abordou questões desafiadoras no contexto da inteligência artificial. Se no evento de abril o foco foram as Parcerias Público-Privadas, o desta semana explorou três tópicos cruciais da contemporaneidade: Inovação, Tecnologia e o Futuro do Trabalho.

A discussão sobre o impacto da inteligência artificial nas relações de trabalho e na economia nos próximos anos coube a um seleto grupo de especialistas: o economista Ricardo Amorim, reconhecido entre as 100 pessoas mais influentes do Brasil pela revista Forbes; Diogo Cortiz, escritor e palestrante renomado nas áreas de tecnologia e ciência cognitiva; e Nina Silva, executiva com mais de 20 anos de experiência em tecnologia, especialista em Gestão de Negócios e Transformação Digital, além de cofundadora do Movimento Black Money.

Logo na abertura, o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, enfatizou o impacto das transformações tecnológicas e a necessidade de um foco humanizado.

Ele disse: “Vivemos um momento de transformação como nunca antes. A revolução digital e a inteligência artificial têm alterado profundamente o mercado de trabalho e as relações sociais. Por isso, o futuro é humano. Estamos aqui para tratar a inovação como uma força real que já molda a economia e o trabalho”, afirmou.

– Com informações do Agora RN

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