Não é sobre Galeguinho do Trânsito
Ainda repercutem memes e outros tipos de piadas envolvendo a baixa votação que o ex-candidato a vereador Galeguinho do Trânsito, alcançou na eleição do dia 06 em Macaíba.
Este repórter Gato Preto não vai analisar sua quantidade de votos, os motivos pelo insucesso ou defendê-lo sem procuração nem necessidade. As questões aqui são muito mais importantes e estão além de Galeguinho, que nem conheço, mas sei que exerceu o seu direito com dignidade.
Precisamos incutir da forma mais urgente possível que eleição deve ser tratada com a mais alta seriedade por todos que dela participam. Do eleitor ao candidato; passando pelos magistrados, mesários, fiscais, estatísticos responsáveis por pesquisas eleitorais e imprensa.
Tudo isso pelo “simples” fato de todo o “carnaval” ser patrocinado pelo dinheiro que sai do nosso bolso. Este ano foram distribuídos generosos R$ 4,9 bilhões de reais entre os partidos políticos de todo o Brasil. Duas vezes mais que o destinado nas eleições municipais anteriores, mesmo este pleito tendo deferido menos candidatos. O valor é equivalente ao montante repassado aos partidos nas eleições de 2022, quando existiam postulantes a presidente, governadores, senadores. deputados estaduais e federais.
Além de todo este gasto público, há também o fato de o servidor-candidato ter direito a licença remunerada para participar da campanha. Está na Lei! E os tribunais eleitorais investigam aqueles que entram na roda só por uns dias de folga, o que certamente não é o caso de nenhum ex-candidato macaibense.
Mas vejam o que levantou o colunista Cláudio Humberto em nível de Brasil:
Deputados torraram R$250 milhões na campanha municipal:
Dos 73 deputados federais que resolveram testar as urnas e disputar uma prefeitura nas eleições municipais deste ano, apenas sete conseguiram se eleger como prefeito já no primeiro turno das eleições. Por trás do pífio desempenho de suas excelências há uma amarga fatura de R$256 milhões torrados no pleito, e usando dinheiro público do indecoroso Fundo Eleitoral, este ano fixado em R$ 5 bilhões. Isso até agora, já que a conta deve subir com o avançar do segundo turno. Os deputados que vão trocar a Câmara por uma prefeitura gastaram R$ 6,3 milhões.
Mão no nosso bolso:
Parte da turma ainda pode virar prefeito. São 15 os deputados no 2º turno. Essas campanhas têm custo milionário, claro: R$110,6 milhões.
Tanta grana por nada:
As campanhas dos 49 que foram logo rejeitados pelo eleitor, sem direito a segundo turno, deixaram para trás a gastança de R$138,4 milhões.