
O cantor e compositor paraibano Antônio Barros morreu neste domingo (6) aos 95 anos. Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilbero Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. Foram mais de 700 músicas, entre as principais estão ‘Homem com H’, ‘Bate Coração’ e ‘Procurando Tu’.
O artista sofria de Parkinson, doença degenerativa que, entre os sintomas, traz a dificuldade de engolir. Isso gerou uma bronco-aspiração, o que motivou uma longa internação do paraibano desde o começo do ano.
Antônio Barros, nascido em março de 1930 no município de Queimadas, Paraíba, iniciou sua trajetória musical na década de 1950. Sua carreira ganhou destaque ao compor músicas que foram interpretadas por ícones como Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga. Em Campina Grande, conheceu Mary Maciel Ribeiro, conhecida artisticamente como Cecéu, com quem formou uma parceria tanto na vida pessoal quanto profissional. Juntos, mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde consolidaram suas carreiras no cenário musical brasileiro.
A dupla Antônio Barros e Cecéu é responsável por composições que marcaram a música popular brasileira. Suas canções foram interpretadas por diversos artistas renomados, incluindo Dominguinhos, Alcione, Genival Lacerda, Ivete Sangalo e Gal Costa.
Em reconhecimento à significativa contribuição para a cultura nordestina, a obra de Antônio Barros e Cecéu foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Paraíba em junho de 2021. A iniciativa, proposta pela deputada estadual Estela Bezerra, destacou que as composições da dupla representam a essência do povo nordestino e atravessam gerações como expressão autêntica da identidade paraibana.