
O Dia Mundial da Doença de Parkinson, comemorado em 11 de abril, é uma data importante para aumentar a conscientização sobre essa condição neurológica progressiva que afeta o sistema motor e compromete a qualidade de vida dos pacientes. A doença é causada pela degeneração de neurônios na substância negra do cérebro, resultando na diminuição da produção de dopamina. No Brasil, estima-se que existam cerca de 250 mil pessoas vivendo com Parkinson, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, com tendência de aumento devido ao envelhecimento da população.
Diversos centros de referência em neurologia e pesquisa sobre Parkinson estão localizados em instituições renomadas no país. Entre eles, destacam-se o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o Instituto do Cérebro (InCe) da UFRN e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Esses centros desenvolvem estudos sobre causas, diagnóstico precoce e tratamentos inovadores, incluindo o uso de terapias genéticas, estimulação cerebral profunda (DBS) e novos medicamentos que prometem retardar a progressão da doença.
As formas de tratamento disponíveis atualmente visam controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A levodopa continua sendo o medicamento mais utilizado, muitas vezes combinado com outros fármacos para potencializar seus efeitos. Além disso, terapias complementares como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e até exercícios físicos regulares têm mostrado grande eficácia na manutenção da mobilidade e da autonomia dos pacientes. A abordagem multidisciplinar é essencial para o sucesso do tratamento.
A data de 11 de abril também é um momento para reforçar a importância do diagnóstico precoce e do apoio familiar e social. A detecção em estágios iniciais permite um controle mais eficiente dos sintomas e a adoção de estratégias terapêuticas mais eficazes. Organizações como a Associação Brasil Parkinson promovem ações educativas, grupos de apoio e eventos para informar a população e acolher os pacientes e familiares. Em tempos de avanços científicos, a conscientização continua sendo um dos principais aliados na luta contra essa doença.