
Três estudantes de Macaíba estão representando o Rio Grande do Norte na etapa nacional da Olimpíada GLOBE Brasil e na Feira com uma pesquisa que investiga possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya. O trabalho, orientado pelo professor Airton Andrade e desenvolvido pelas alunas Jarlene, Karina e Yasmin, aplica protocolos científicos do Programa GLOBE para analisar condições ambientais que favorecem a proliferação do mosquito.
A pesquisa começou com atividades de campo realizadas em Macaíba, onde as estudantes mapearam áreas vulneráveis, analisaram microambientes, observaram pontos de acúmulo de água e coletaram dados ambientais como temperatura, umidade e condições de solo e vegetação. O objetivo foi compreender como fatores ambientais podem influenciar o ciclo do Aedes aegypti em espaços públicos e comunitários. A partir dessa etapa inicial, elas estruturaram um estudo mais amplo sobre vigilância ambiental e prevenção de arboviroses, conectando ciência, saúde pública e educação ambiental.
Com base nos dados coletados, a equipe produziu um diagnóstico que aponta a importância de ações preventivas permanentes, como manejo regular de áreas verdes, eliminação de recipientes que acumulam água e campanhas educativas voltadas para comunidades e espaços de grande circulação. O trabalho também destaca a necessidade de integrar monitoramento ambiental e políticas de saúde para reduzir riscos epidemiológicos.
Agora, na etapa presencial da Olimpíada GLOBE Brasil e na Feira nacional, em Natal, as estudantes estão apresentando os resultados da pesquisa ao lado de delegações de 11 estados. O professor, orgulhoso, fala do que está vivenciando. “A olimpíada é um projeto incrível que faz toda a diferença na vida dos alunos e também na dos professores envolvidos. Voltaremos com uma bagagem rica, que será compartilhada com toda a nossa comunidade escolar.” Relatou entusiasmado Airton Andrade.
Elas participam de atividades de campo, oficinas científicas e sessões de avaliação, onde explicam como aplicaram os protocolos GLOBE para mapear riscos e produzir evidências capazes de orientar ações de controle do mosquito. “Estou muito feliz em fazer parte da olimpíada, essas aventuras me mostram que somos de escolas públicas, mas podemos chegar longe.” Argumentou a estudante Karina Melo.
Para a coordenadora nacional da Olimpíada e da Feira, professora Mariana Almeida (UFRN), o trabalho das estudantes de Macaíba representa o espírito do Programa GLOBE. “Elas transformaram uma questão real de saúde pública em pesquisa científica, com rigor, sensibilidade e compromisso. É uma iniciativa que mostra como a ciência escolar pode proteger vidas e fortalecer a comunidade”, afirma.
A Olimpíada GLOBE Brasil e a 1ª Feira Nacional de Ciências GLOBE Brasil são realizadas pelo Programa GLOBE Brasil, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), SEEC/RN e FAPERN, com apoio do CNPq e da Mútua/RN. Para a equipe de Macaíba, participar da etapa nacional é a oportunidade de mostrar que a ciência produzida na escola pública tem potência para transformar territórios e inspirar novas formas de cuidar da saúde e do ambiente.

