Breve texto expressa os últimos desejos do Papa Francisco
Em Nome da Santíssima Trindade. Amém.
Sentindo que se aproxima o entardecer da minha vida terrena e com viva esperança na Vida Eterna, desejo expressar minha vontade testamentária apenas quanto ao local da minha sepultura.
Confiei sempre minha vida e o ministério sacerdotal e episcopal à Mãe de Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que meus restos mortais repousem, à espera do dia da ressurreição, na Basílica Papal de Santa Maria Maior.
Desejo que minha última viagem terrena se conclua justamente neste antiquíssimo santuário Mariano, onde costumava rezar no início e no fim de cada Viagem Apostólica, confiando com fé minhas intenções à Mãe Imaculada e agradecendo-Lhe pelo cuidado dócil e materno.
Peço que minha tumba seja preparada no lóculo da nave lateral, entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza da referida Basílica Papal, como indicado no anexo em anexo.
O sepulcro deve estar na terra; simples, sem ornamentos especiais, e com a única inscrição: Franciscus.
As despesas para a preparação da minha sepultura serão cobertas com a quantia de um benfeitor que designei, a ser transferida para a Basílica Papal de Santa Maria Maggiore conforme instruções que providenciei entregar a Mons. Rolandas Makrickas, Comissário Extraordinário do Capítulo Liberiano.
Que o Senhor conceda a merecida recompensa àqueles que me quiseram bem e continuarão a rezar por mim.
O sofrimento que esteve presente na parte final da minha vida, ofereci ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos.
Na mesma Capela em que o Papa Francisco será sepultado, estão os restos mortais de outros cinco papas: Clemente VIII, Clemente IX, Paulo V, Sixto V, Pio V, Nicolau IV e Honório III.
Tancredo Neves foi uma das figuras mais importantes da política brasileira no século XX, especialmente por seu papel na transição do regime militar para a democracia. Nascido em 1910, em São João del-Rei, Minas Gerais, formou-se em Direito e iniciou sua carreira política ainda jovem, como vereador. Ao longo dos anos, ocupou diversos cargos importantes, como deputado, senador, ministro da Justiça no governo de Getúlio Vargas e primeiro-ministro durante o breve parlamentarismo instituído após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961.
Durante o regime militar (1964–1985), Tancredo atuou como opositor moderado, sempre defendendo a redemocratização do país de forma pacífica e institucional. Em 1984, tornou-se a principal liderança civil do movimento Diretas Já, que pressionava por eleições diretas para a presidência. Embora as eleições diretas não tenham sido aprovadas naquele momento, Tancredo foi escolhido como candidato de oposição no Colégio Eleitoral e venceu a eleição indireta em 15 de janeiro de 1985, derrotando o candidato da ditadura, Paulo Maluf. Sua vitória simbolizou o fim de 21 anos de regime militar e o início de uma nova era democrática.
Infelizmente, Tancredo Neves adoeceu gravemente na véspera de sua posse e faleceu em 21 de abril de 1985, sem jamais assumir oficialmente a presidência. Sua morte comoveu o país e reforçou ainda mais sua imagem de líder comprometido com a democracia e com os valores republicanos. Mesmo sem tomar posse, Tancredo é lembrado como o presidente da esperança, símbolo da transição democrática e exemplo de político conciliador e respeitado por diferentes correntes ideológicas.
A morte do Papa Francisco representa uma perda profunda para a Igreja Católica e para o mundo inteiro. Desde o início de seu pontificado, em 2013, Jorge Mario Bergoglio mostrou ao mundo um novo modo de ser Papa, marcado por uma simplicidade cativante e uma humildade rara. Recusando as vestes luxuosas, preferindo viver na Casa Santa Marta ao invés do Palácio Apostólico, ele mostrou que a verdadeira autoridade reside no serviço, não na ostentação. Com gestos concretos e palavras firmes, aproximou-se dos pobres, dos marginalizados e daqueles que muitas vezes se sentem esquecidos pela Igreja.
Francisco foi um pastor que buscou sempre o diálogo, um conciliador em tempos de polarização. Em meio a crises internas e desafios externos, ele defendeu uma Igreja aberta ao mundo, disposta a ouvir antes de julgar. Abriu espaço para discussões antes evitadas, como o papel das mulheres na Igreja, a acolhida aos divorciados e a escuta aos católicos LGBTQIA+. Sua coragem em enfrentar temas difíceis não dividiu, mas convidou ao debate com compaixão e respeito.
Sob sua liderança, a Igreja Católica passou por mudanças profundas e simbólicas. Sua encíclica Laudato Si’ colocou o cuidado com o meio ambiente no centro da agenda cristã, e sua abordagem mais humana e pastoral à doutrina inspirou reformas no funcionamento da Cúria Romana e nas estruturas de poder eclesiásticas. Francisco não buscou destruir tradições, mas revitalizá-las com um espírito mais evangélico, centrado no amor, na misericórdia e na justiça social.
Hoje, enquanto o mundo lamenta sua partida, celebramos também o legado de um homem que fez da fé um instrumento de proximidade e transformação. O Papa Francisco nos ensinou que o poder da Igreja reside em sua capacidade de acolher, escutar e caminhar junto ao povo. Seu testemunho de vida permanecerá como um farol para futuras gerações, lembrando-nos de que a verdadeira grandeza está em servir com humildade.
Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, é uma figura central na História do Brasil por seu papel de destaque na Inconfidência Mineira, movimento que visava a independência do país do domínio português no final do século XVIII. Ele era alferes da cavalaria e também atuava como dentista, o que lhe rendeu o apelido pelo qual ficou conhecido. Inspirado pelos ideais iluministas e pelas revoluções americana e francesa, Tiradentes se envolveu ativamente na organização da revolta contra os altos impostos cobrados pela Coroa portuguesa, especialmente a derrama, um imposto excessivo sobre o ouro.
Tiradentes tornou-se o principal mártir do movimento ao assumir sozinho a responsabilidade pela conspiração, mesmo com a participação de outros inconfidentes, incluindo intelectuais, clérigos e militares. Após a delação do movimento, ele foi preso, julgado e condenado à morte por enforcamento, sendo executado em 21 de abril de 1792. Sua morte teve um caráter exemplar e simbólico: seu corpo foi esquartejado e exposto em locais públicos para desencorajar novos levantes contra o domínio português. A crueldade da pena demonstrava o receio da metrópole em perder o controle sobre a colônia.
Com o tempo, Tiradentes passou de traidor da Coroa a herói nacional. Durante o período republicano, especialmente após a proclamação da República em 1889, sua figura foi resgatada como símbolo da luta pela liberdade e da resistência contra a opressão. O dia de sua morte, 21 de abril, tornou-se feriado nacional em sua homenagem, representando a valorização dos ideais de justiça, independência e patriotismo que ele defendeu. Sua história segue viva como parte essencial da construção da identidade brasileira.
Neste 21 de abril ainda celebramos o Dia do Metalúrgico; da Latinidade; da Polícia Civil; da Criatividade e Inovação; do Aniversário de Brasília; além de lembrarmos os 40 anos da morte do ex-presidente Tancredo Neves.