21 de abril de 2025

Homenagem

O Testamento do Papa: Prova de sua fé e generosa entrega

Breve texto expressa os últimos desejos do Papa Francisco

Em Nome da Santíssima Trindade. Amém.

Sentindo que se aproxima o entardecer da minha vida terrena e com viva esperança na Vida Eterna, desejo expressar minha vontade testamentária apenas quanto ao local da minha sepultura.

Confiei sempre minha vida e o ministério sacerdotal e episcopal à Mãe de Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que meus restos mortais repousem, à espera do dia da ressurreição, na Basílica Papal de Santa Maria Maior.

Desejo que minha última viagem terrena se conclua justamente neste antiquíssimo santuário Mariano, onde costumava rezar no início e no fim de cada Viagem Apostólica, confiando com fé minhas intenções à Mãe Imaculada e agradecendo-Lhe pelo cuidado dócil e materno.

Peço que minha tumba seja preparada no lóculo da nave lateral, entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza da referida Basílica Papal, como indicado no anexo em anexo.

O sepulcro deve estar na terra; simples, sem ornamentos especiais, e com a única inscrição: Franciscus.

As despesas para a preparação da minha sepultura serão cobertas com a quantia de um benfeitor que designei, a ser transferida para a Basílica Papal de Santa Maria Maggiore conforme instruções que providenciei entregar a Mons. Rolandas Makrickas, Comissário Extraordinário do Capítulo Liberiano.

Que o Senhor conceda a merecida recompensa àqueles que me quiseram bem e continuarão a rezar por mim.

O sofrimento que esteve presente na parte final da minha vida, ofereci ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos.

Na mesma Capela em que o Papa Francisco será sepultado, estão os restos mortais de outros cinco papas: Clemente VIII, Clemente IX, Paulo V, Sixto V, Pio V, Nicolau IV e Honório III.

Homenagem

40 anos da morte de Tancredo Neves

Tancredo Neves foi uma das figuras mais importantes da política brasileira no século XX, especialmente por seu papel na transição do regime militar para a democracia. Nascido em 1910, em São João del-Rei, Minas Gerais, formou-se em Direito e iniciou sua carreira política ainda jovem, como vereador. Ao longo dos anos, ocupou diversos cargos importantes, como deputado, senador, ministro da Justiça no governo de Getúlio Vargas e primeiro-ministro durante o breve parlamentarismo instituído após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961.

Durante o regime militar (1964–1985), Tancredo atuou como opositor moderado, sempre defendendo a redemocratização do país de forma pacífica e institucional. Em 1984, tornou-se a principal liderança civil do movimento Diretas Já, que pressionava por eleições diretas para a presidência. Embora as eleições diretas não tenham sido aprovadas naquele momento, Tancredo foi escolhido como candidato de oposição no Colégio Eleitoral e venceu a eleição indireta em 15 de janeiro de 1985, derrotando o candidato da ditadura, Paulo Maluf. Sua vitória simbolizou o fim de 21 anos de regime militar e o início de uma nova era democrática.

Infelizmente, Tancredo Neves adoeceu gravemente na véspera de sua posse e faleceu em 21 de abril de 1985, sem jamais assumir oficialmente a presidência. Sua morte comoveu o país e reforçou ainda mais sua imagem de líder comprometido com a democracia e com os valores republicanos. Mesmo sem tomar posse, Tancredo é lembrado como o presidente da esperança, símbolo da transição democrática e exemplo de político conciliador e respeitado por diferentes correntes ideológicas.

Homenagem

A fé, força e humildade de Francisco, o Papa que ensinou tanto ao mundo

A morte do Papa Francisco representa uma perda profunda para a Igreja Católica e para o mundo inteiro. Desde o início de seu pontificado, em 2013, Jorge Mario Bergoglio mostrou ao mundo um novo modo de ser Papa, marcado por uma simplicidade cativante e uma humildade rara. Recusando as vestes luxuosas, preferindo viver na Casa Santa Marta ao invés do Palácio Apostólico, ele mostrou que a verdadeira autoridade reside no serviço, não na ostentação. Com gestos concretos e palavras firmes, aproximou-se dos pobres, dos marginalizados e daqueles que muitas vezes se sentem esquecidos pela Igreja.

Francisco foi um pastor que buscou sempre o diálogo, um conciliador em tempos de polarização. Em meio a crises internas e desafios externos, ele defendeu uma Igreja aberta ao mundo, disposta a ouvir antes de julgar. Abriu espaço para discussões antes evitadas, como o papel das mulheres na Igreja, a acolhida aos divorciados e a escuta aos católicos LGBTQIA+. Sua coragem em enfrentar temas difíceis não dividiu, mas convidou ao debate com compaixão e respeito.

Sob sua liderança, a Igreja Católica passou por mudanças profundas e simbólicas. Sua encíclica Laudato Si’ colocou o cuidado com o meio ambiente no centro da agenda cristã, e sua abordagem mais humana e pastoral à doutrina inspirou reformas no funcionamento da Cúria Romana e nas estruturas de poder eclesiásticas. Francisco não buscou destruir tradições, mas revitalizá-las com um espírito mais evangélico, centrado no amor, na misericórdia e na justiça social.

Hoje, enquanto o mundo lamenta sua partida, celebramos também o legado de um homem que fez da fé um instrumento de proximidade e transformação. O Papa Francisco nos ensinou que o poder da Igreja reside em sua capacidade de acolher, escutar e caminhar junto ao povo. Seu testemunho de vida permanecerá como um farol para futuras gerações, lembrando-nos de que a verdadeira grandeza está em servir com humildade.

Homenagem

Liberdade, ainda que tardia: Salve, Tiradentes!

Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, é uma figura central na História do Brasil por seu papel de destaque na Inconfidência Mineira, movimento que visava a independência do país do domínio português no final do século XVIII. Ele era alferes da cavalaria e também atuava como dentista, o que lhe rendeu o apelido pelo qual ficou conhecido. Inspirado pelos ideais iluministas e pelas revoluções americana e francesa, Tiradentes se envolveu ativamente na organização da revolta contra os altos impostos cobrados pela Coroa portuguesa, especialmente a derrama, um imposto excessivo sobre o ouro.

Tiradentes tornou-se o principal mártir do movimento ao assumir sozinho a responsabilidade pela conspiração, mesmo com a participação de outros inconfidentes, incluindo intelectuais, clérigos e militares. Após a delação do movimento, ele foi preso, julgado e condenado à morte por enforcamento, sendo executado em 21 de abril de 1792. Sua morte teve um caráter exemplar e simbólico: seu corpo foi esquartejado e exposto em locais públicos para desencorajar novos levantes contra o domínio português. A crueldade da pena demonstrava o receio da metrópole em perder o controle sobre a colônia.

Com o tempo, Tiradentes passou de traidor da Coroa a herói nacional. Durante o período republicano, especialmente após a proclamação da República em 1889, sua figura foi resgatada como símbolo da luta pela liberdade e da resistência contra a opressão. O dia de sua morte, 21 de abril, tornou-se feriado nacional em sua homenagem, representando a valorização dos ideais de justiça, independência e patriotismo que ele defendeu. Sua história segue viva como parte essencial da construção da identidade brasileira.

Neste 21 de abril ainda celebramos o Dia do Metalúrgico; da Latinidade; da Polícia Civil; da Criatividade e Inovação; do Aniversário de Brasília; além de lembrarmos os 40 anos da morte do ex-presidente Tancredo Neves.

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