21 de abril de 2025

Homenagem

40 anos da morte de Tancredo Neves

Tancredo Neves foi uma das figuras mais importantes da política brasileira no século XX, especialmente por seu papel na transição do regime militar para a democracia. Nascido em 1910, em São João del-Rei, Minas Gerais, formou-se em Direito e iniciou sua carreira política ainda jovem, como vereador. Ao longo dos anos, ocupou diversos cargos importantes, como deputado, senador, ministro da Justiça no governo de Getúlio Vargas e primeiro-ministro durante o breve parlamentarismo instituído após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961.

Durante o regime militar (1964–1985), Tancredo atuou como opositor moderado, sempre defendendo a redemocratização do país de forma pacífica e institucional. Em 1984, tornou-se a principal liderança civil do movimento Diretas Já, que pressionava por eleições diretas para a presidência. Embora as eleições diretas não tenham sido aprovadas naquele momento, Tancredo foi escolhido como candidato de oposição no Colégio Eleitoral e venceu a eleição indireta em 15 de janeiro de 1985, derrotando o candidato da ditadura, Paulo Maluf. Sua vitória simbolizou o fim de 21 anos de regime militar e o início de uma nova era democrática.

Infelizmente, Tancredo Neves adoeceu gravemente na véspera de sua posse e faleceu em 21 de abril de 1985, sem jamais assumir oficialmente a presidência. Sua morte comoveu o país e reforçou ainda mais sua imagem de líder comprometido com a democracia e com os valores republicanos. Mesmo sem tomar posse, Tancredo é lembrado como o presidente da esperança, símbolo da transição democrática e exemplo de político conciliador e respeitado por diferentes correntes ideológicas.

Homenagem

Liberdade, ainda que tardia: Salve, Tiradentes!

Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, é uma figura central na História do Brasil por seu papel de destaque na Inconfidência Mineira, movimento que visava a independência do país do domínio português no final do século XVIII. Ele era alferes da cavalaria e também atuava como dentista, o que lhe rendeu o apelido pelo qual ficou conhecido. Inspirado pelos ideais iluministas e pelas revoluções americana e francesa, Tiradentes se envolveu ativamente na organização da revolta contra os altos impostos cobrados pela Coroa portuguesa, especialmente a derrama, um imposto excessivo sobre o ouro.

Tiradentes tornou-se o principal mártir do movimento ao assumir sozinho a responsabilidade pela conspiração, mesmo com a participação de outros inconfidentes, incluindo intelectuais, clérigos e militares. Após a delação do movimento, ele foi preso, julgado e condenado à morte por enforcamento, sendo executado em 21 de abril de 1792. Sua morte teve um caráter exemplar e simbólico: seu corpo foi esquartejado e exposto em locais públicos para desencorajar novos levantes contra o domínio português. A crueldade da pena demonstrava o receio da metrópole em perder o controle sobre a colônia.

Com o tempo, Tiradentes passou de traidor da Coroa a herói nacional. Durante o período republicano, especialmente após a proclamação da República em 1889, sua figura foi resgatada como símbolo da luta pela liberdade e da resistência contra a opressão. O dia de sua morte, 21 de abril, tornou-se feriado nacional em sua homenagem, representando a valorização dos ideais de justiça, independência e patriotismo que ele defendeu. Sua história segue viva como parte essencial da construção da identidade brasileira.

Neste 21 de abril ainda celebramos o Dia do Metalúrgico; da Latinidade; da Polícia Civil; da Criatividade e Inovação; do Aniversário de Brasília; além de lembrarmos os 40 anos da morte do ex-presidente Tancredo Neves.

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