13 de dezembro de 2024

Macaíba Saúde

Secretário apresenta prestação de contas da Saúde na Câmara de Macaíba

O secretário municipal de Saúde, Júnior Rêgo, apresentou o Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA), das ações na área de Saúde e a execução orçamentária financeiro da pasta de janeiro a agosto, 1º e 2° quadrimestre de 2024, em audiência pública na Câmara Municipal de Macaíba, nesta quarta-feira (12). O relatório serve como instrumento de monitoramento de comprovação da aplicação dos recursos, e acompanhamento da execução da Programação Anual de Saúde.

Na audiência, o gestor da pasta apresentou que todos os indicadores do município melhoraram significativamente. Júnior Rêgo apresentou a evolução do investimento em saúde que o município está fazendo com recursos próprios, acima do limite constitucional obrigatório que é de 15%. “Em 2019, a gestão passada investia 17,39% de recursos próprios em saúde, em 2021 passamos a investir 26,04% e em 2023 o investimento foi de 26,82%”, informou.

Dentre as principais ações realizadas pela gestão municipal durante o ano de 2024 estão as inaugurações das UBS de As Marias e do Campo da Santa Cruz, com investimento próprio de aproximadamente de R$ 2 milhões; a aquisição de mais um consultório odontológico portátil para atendimento domiciliar de pacientes acamados; aquisição de equipamento de raio-x para a UPA Aluízio Alves; fortalecimento do programa Saúde nas Comunidades, com aumento nas equipes de profissionais; estabelecimento do Fluxograma de Saúde Mental e de atendimento às vítimas de Violência Sexual; mutirão para a inserção de DIU em mulheres em idade Fértil; mutirão de combate e prevenção ao Aedes Aegypti, da vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes e entrega de repelentes para gestantes.

Também foram abertas salas de fisioterapia nas UBS de Traíras, Campestre e As Marias para atender a população dessas regiões; reabertura da UBS Bela Macaíba e do Ferreiro Torto em novo prédio; informatização de unidades de saúde e implantação de prontuário eletrônico; retorno do Programa de Controle do Tabagismo; início das construções do posto de saúde na comunidade de Retiro, das UBS’s Auta de Souza, Loteamento Esperança, Morada da Fé e Mangabeira I; construção e inauguração das academias da saúde das Campinas e do Campo das Mangueiras.

A Saúde de Macaíba instituiu 12 unidades polo com aplicação de medicações injetáveis; realizou cerca de 400 cirurgias de eletivas de hérnia, vesícula e histerectomia; pactuação com a Clínica São Miguel para realização de consultas e entrega de colírios de glaucoma com agendamento.

O secretário informou ainda a captação de recursos financeiros para a construção do Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil – CAPS, no valor de R$ 1.982,000,00; única secretaria do RN que disponibiliza o tratamento para esporotricose para animais; e inauguração do primeiro centro de terapia ABA da rede pública no RN, o ‘ABA Macaíba – Reabilitação’, para crianças com transtorno do espectro autista.

A audiência contou com a presença do presidente da Câmara, Denilson Gadelha, da vice-presidente da Câmara, Erika Emídio e das vereadoras Rita de Cássia, Dadaia Ribeiro e Socorro Nogueira; dos vereadores Jailson Brito, Igor Targino, Luizinho, Zeca da Pesca e Cacau.

Foto: Edeilson Morais

Segurança

Tributação de Macaíba alerta para tentativa de golpe via email de contribuintes

A Prefeitura de Macaíba informa a toda a população e servidores do município que não entra em contato via e-mail para regularização de documentos e cobranças de qualquer natureza. Empresas e cidadãos macaibenses têm recebido mensagens indicando supostas pendências junto à Tributação.

A Prefeitura alerta que todo o cuidado é necessário com o fornecimento de dados pessoais: “Não clique em links desconhecidos seja por SMS, WhatsApp, redes sociais ou e-mail”. A Secretaria de Tributação possui um serviço online para emissão de boletos que podem ser acessados no site oficial macaiba.rn.gov.br no menu Tributação Online.

 

Cultura

112 de Gonzagão: Hoje é o Dia Nacional do Forró

Hoje, dia 13, é o Dia Nacional do Forró. Uma data festejada desde 2005. A data também celebra o aniversário de nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

Nascido em Exu – PE, em 13 de dezembro de 1912, Luiz foi responsável pela popularização dos ritmos nordestinos que compõe o Forró por todo o Brasil, como o xote, xaxado, baião, rojão, côco, maracatu, chamego, quadrilha, o arrasta-pé e o pé-de-serra.

Seguindo o legado do pai, Januário, Luiz Gonzaga passou a herança artística para o filho,  Gonzaguinha, e para o neto, Daniel Gonzaga, filho de Gonzaguinha, que é músico independente e instrumentista.

Luiz Gonzaga foi mestre e influenciou todos os que vieram após ele. Até mesmo o sobrinho do Rei, o sanfoneiro e cantor Joquinha Gonzaga, hoje com 71 anos, ganhou o primeiro instrumento do tio famoso aos 12 anos de idade.

O Rei do Baião morreu no Recife em 1989, aos 77 anos, após  50 anos de carreira e mais de 70 discos gravados. Seu legado e admiração permanecem no imaginário e na cultura popular do Brasil.

Marinês, primeira mulher a formar um grupo do gênero

Uma das precursoras do forró, com mais de 40 discos gravados, Marinês foi a primeira mulher a formar um grupo do gênero. Nascida Inês Caetano de Oliveira, em 16/11/1935, Marinês como todos da sua época, iniciou a carreira como caloura na rádio local, em Campina Grande. Já em 1949 formou, com o marido Abdias, o Casal da Alegria e sempre realizavam apresentações nas praças das cidades onde Luiz Gonzaga iria tocar.

Seu encontro com o Rei do Baião se deu na cidade de Propriá, em Sergipe. O rei lhes ensinou o xaxado e ela foi, então, batizada de “A Rainha do Xaxado”. 

Em 1957, gravou dois grandes sucessos, os xotes “Peba na pimenta” e “Pisa na fulô”. Ainda nessa época, a convite de Luiz Gonzaga, foram para o Rio de Janeiro, onde se apresentaram no programa “Caleidoscópio”, na Rádio Tupi. 

Participou de filmes e ganhou diversas premiações, apresentou-se em diversos shows em teatros da periferia do Rio de Janeiro; após uma longa e frutuosa carreira, sofreu um acidente vascular cerebral no dia 5 de maio de 2007, vindo a falecer dez dias depois. 

Patrimônio Histórico 

Em 2021, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou o Forró como patrimônio cultural do Brasil. Na época, o conselho formado por representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil também elegeu o forró como um super gênero musical, por reunir diversos ritmos nordestinos, entre eles, o xote, xaxado, baião, rojão, côco, maracatu, chamego, quadrilha, o arrasta-pé e o pé-de-serra – a palavra forró pode abranger desde a música, até a dança, a cultura e as atividades ligadas a ela.

Seguindo a declaração do Iphan, recentemente (07/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promulgou uma lei que oficializa o forró como uma manifestação cultural nacional do Brasil. O gênero se une a diversas outras expressões culturais reconhecidas como manifestações artísticas de origem brasileira, tais como escolas de samba e as festas juninas.

De acordo com o projeto de lei, o Forró é considerado um dos gêneros musicais mais genuinamente brasileiros, tendo suas raízes na Região Nordeste e resultando da fusão de estilos tradicionais como baião, xaxado, coco, arrastapé e xote, com uma trajetória que abrange aproximadamente sete décadas.

O forró alcançou a 12ª posição em uma lista que abrange práticas, locais e eventos oficialmente designados como manifestações culturais nacionais e/ou patrimônios culturais imateriais do Brasil desde 2010. 

No Senado Federal, a senadora Teresa Leitão (PT-PE) foi a relatora. A senadora lembrou que o forró é “um gênero musical e uma dança que evoca a beleza e a riqueza das tradições do nordeste do Brasil “ e que “desempenha um papel fundamental na preservação e celebração da diversidade cultural do país”.

“Além de sua importância cultural, o forró também tem grande importância para a economia brasileira. Festivais de forró atraem turistas de todo o País e do mundo e injetam recursos nas comunidades locais, promovendo o desenvolvimento econômico dessas regiões”, afirmou ela.

O professor e especialista em história do Brasil colonial, Estevam Machado, apontou os possíveis benefícios para o gênero a partir da nova lei. Segundo ele, setores envolvidos no fomento ao ritmo musical podem ter benefícios com recursos advindos, por exemplo, da Lei Rouanet.

“Essa conquista do forró como manifestação cultural brasileira vai além do ponto de vista simbólico como valorização da cultura nordestina. Ela também aponta para a direção de políticas públicas de fomento e valorização que vão preservar esse patrimônio que está no coração, na alma do povo brasileiro”, afirmou ele.

Outras quatro manifestações culturais foram reconhecidas também em 2023, como as festas juninas, as escolas de samba, o Carnaval de Novas Russas, no Ceará, e a utilização do transporte de passageiros conhecido como “pau de arara” em romarias religiosas.

Recentemente, o Dia Nacional do Coco de Roda, da Ciranda e da Mazurca foi aprovado na Câmara dos Deputados. O projeto é de autoria do deputado federal Luiz Couto (PT/PB), e institui o dia 26 de julho como marco.

Origens e transformações do forró

Segundo Estevam Machado, a palavra forró é derivada de forrobodó. Esta, por sua vez, vem de “forbodó”, que é uma adaptação para o português de uma palavra francesa: faux-bourdon. Faux-bourdon era um tipo de música tocada na Idade Média.

No Brasil, o ritmo que originou o forró foi introduzido no século XIX pelos portugueses e se estabeleceu principalmente no interior do Nordeste. Gonzagão foi um dos pioneiros na popularização do forró nos anos 1940. A música geralmente era executada com apenas três instrumentos e suas letras abordavam temas nostálgicos e regionais, com um marcante sotaque do interior. 

De acordo com Machado, “só na década de 50 é que o nome forró passa a ser utilizado para o ritmo musical, e a gente deve muito isso à figura do Luiz Gonzaga com a música ‘Forró de Mané Vito’ que realmente criou esse gênero que é tão importante para a cultura nordestina”, comenta ele.

Segundo o professor, as transformações significativas tiveram início em 1975, quando artistas populares moldaram o gênero musical para se adequar ao período e ao seu estilo de tocar. Marcava o começo do forró universitário, com um apelo direcionado ao público jovem e citadino. Este novo estilo foi difundido por Elba Ramalho, Zé Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo.

A década de 1990 marcou a maior transformação do gênero. Com a introdução de novos instrumentos, dançarinas, linguagens musicais e elementos de outros ritmos, surgiu uma nova vertente: o forró eletrônico, também conhecido como forró estilizado.

O forró continua firme, é o que afirma a presidenta da Associação Cultural Balaio Nordeste e coordenadora do Fórum Nacional do Forró, Joana Alves (PB) – ela considera que o mundo do forró tem muito o que celebrar.

“É uma resistência. O forró, além de continuar vivo, está se expandindo, dentro do país e fora dele. Eu acho que temos mesmo que comemorar já que estamos sendo reconhecidos como patrimônio imaterial brasileiro”, afirma a dirigente.

Brasil de Fato

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