Solar Ferreiro Torto

Cultura

Canindé do Museu: Guardião da História Macaibense

Alguns poucos não o conhecem, mas ele está longe de ser anônimo. Pelo contrário! De outubro passado para cá, foi dele o papel de receber milhares de visitantes que passaram pelo Solar Ferreiro Torto, maior símbolo arquitetônico da nossa história. E esta função, Canindé desempenha com amor, vontade e vocação!

Apaixonado por Cultura, Arte e História desde os tempos em que frequentou o Pedro Gomes e o Alfredo Mesquita, Canindé do Museu sente-se orgulhoso por fazer o que faz: contar sobre a gloriosa terra de Auta de Souza a estudantes, pesquisadores, turistas, visitantes locais, jornalistas, intelectuais… e não o faz com discurso decorado! Defende com verdade a importância de cada página que nossos pioneiros escreveram por nós.

Recentemente, Canindé recebeu com máxima honra, da secretaria municipal de Cultura, mais uma atribuição: a de guiar visitantes ao espaço nobre do Solar onde está exposta a urna com os restos mortais de Augusto Severo, trazida do Rio de Janeiro há poucos meses para que, definitivamente, depois de 122 anos, nosso conterrâneo possa repousar na terra que lhe viu nascer e voar para o mundo.  

Enfim, este é um pouco da História de Canindé do Solar, um guardião incondicional da nossa memória! Quem quiser saber mais sobre a História de Macaíba, é só chegar ao Museu. Ele estará sempre disponível para falar sobre os ilustres macaibenses, apresentar o acervo, objetos de época e a maravilhosa fauna e flora que abraça quem aparece por lá.

Canindé, obrigado pelo exemplo generoso de respeito à Macaiba!

O museu Solar Ferreiro Torto está aberto diariamente em horários divulgados pelas redes sociais da Prefeitura de Macaíba e a entrada é gratuita.

Entretenimento

Macaíba: Hoje tem mais uma gravação do programa Mistura Junina no Solar Ferreiro Torto

Apresentador Léo Souza e o cantor Victor Santos, uma das atrações da edição.

Daqui a pouco tem a gravação da segunda edição da série junina do programa Mistura, da InterTV, no Solar Ferreiro Torto. Começa às 15h30 e a entrada é gratuita.

Hoje tem quadrilhas juninas, o cantor Victor Santos e outras atrações. Victor é filho do saudoso cantor e compositor Louro Santos, que assinou diversos sucessos interpretados pela banda Calypso, Calcinha Preta e muitas outras.

A primeira edição do programa, gravada no dia 21, foi ao ar no último sábado, dia 26.

O evento promete. É só chegar e se divertir!

Cultura

Solar Ferreiro Torto recebe a exposição Caboclos

Exposição no Solar Ferreiro Torto: Oportunidade de lazer cultural com entrada gratuita

Está aberta à visitação no Solar Ferreiro Torto a Exposição Caboclos, do Sesc RN, por Kécia Andrade e Diógenes Mendonça.

Esta exibição é uma celebração da tradição do grupo de caboclos de Major Sales, que existe desde 1924. Sob a direção do neto do fundador, Mestre Bebé, o grupo atua nas regiões do Alto Oeste Potiguar e no Alto Sertão Paraibano, mantendo viva uma tradição que atravessa toda a América Latina.

A exposição, composta por 35 fotografias, oferece um registro fotográfico artístico e poético desses grupos, capturando as dimensões da festa coletiva e as impressões individuais. O objetivo é resgatar a sensibilidade do público em relação a essa manifestação cultural única, que oscila entre o medo e a admiração fantástica.

A exposição faz parte do Projeto Sesc Territórios de Memória e Patrimônio Cultural e ficará em Macaíba até 21 de junho.

Homenagem

Prefeitura e Câmara de Macaíba homenageiam empresários por dedicação à memória do pioneiro Augusto Severo

Prefeito Emídio Júnior; Marcelo Queiroz, presidente do Sitema Fecomércio RN; Luiz Antônio Lacerda, vice-presidente; e os homenageados fluminenses

Que maravilha ver o nosso Solar Ferreiro Torto vivo e orgulhoso por ser guardião de Severo, o maior dos macaibenses!

Na tarde de ontem, 10, ele foi o cenário de uma justa homenagem a dirigentes do Sistema Fecomércio RJ pela Prefeitura e Câmara Municipal de Macaíba.

O diretor da Federação e do Sindicato dos Estabelecimentos Funerários do RJ, Ladário Magalhães, recebeu a Comenda Fabrício Gomes Pedroza; o presidente do Sistema Fecomércio RJ, Antônio Florêncio de Queiroz, foi agraciado com o Título de Cidadão Macaibense.

As homenagens foram uma iniciativa do prefeito Emídio Jr e do presidente da Câmara, Denilson Gadelha, em propositura da vereadora Érika Emídio, em reconhecimento à contribuição da Federação e Sindicato fluminenses no processo de exumação e translado do Rio de Janeiro para solo potiguar dos restos mortais de Augusto Severo.

Em seu discurso, o vice-presidente da Fecomércio RN, Luiz Lacerda, lembrou que acompanhou de perto o trabalho realizado e agradeceu a parceria. “Estas homenagens refletem não apenas o mérito individual e de suas entidades, mas também a sensibilidade em reconhecerem a importância para Macaíba de ter hoje aqui, neste local, os restos mortais de um de seus mais ilustres filhos”.

Lacerda também foi homenageado, de surpresa, com a Comenda Fernando Gomes Pedroza.

Além do presidente Denilson Gadelha, a vereadora Érika Emídio, vice-presidente da Câmara Municipal, também discursou em saudação aos homenageados, destacando a importância do gesto de agradecimento dos poderes macaibenses em reciprocidade à generosidade das lideranças empresariais.

Também participaram, Marcelo Queiroz, presidente da Fecomercio-RN; Antenor Roberto, procurador geral do Estado; Itamar Maciel, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-RN; professora Ângela Paiva, diretora do Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo; Harryson Magalhães, da Fundação José Augusto; Leide Câmara, em nome da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras; desembargadora aposentada Zeneide Bezerra; advogado Armando Holanda; parlamentares; Sérgio Nascimento, secretário de Cultura; memorialista Marcelo Augusto; empresários; escoteiros e Canindé do Museu, dedicado guia do Solar.

Muitas outras imagens do evento foram postadas no nosso Instagram: @revistacoite

Macaíba

Museu é museu!

A Câmara Municipal de Macaíba aprovou há poucos dias uma proposição do vereador Aluízio Sílvio (PSDB) que sugere ao Executivo Municipal a revitalização do Museu Solar Ferreiro Torto. O projeto incluiria a realização de feiras e exposições de artistas locais na área externa do Solar, trilhas ecológicas monitoradas e… a instalação de um restaurante.

Muito bom saber que os vereadores macaibenses estão se movimentando em torno de ideias que incentivam o turismo, a economia e a cultura do município. Parabéns, Aluízio!

Porém, uma ressalva é urgente!

Sem profundidade alguma de conhecimento técnico na área, este repórter suspeita que instalar um restaurante em qualquer museu é inadequado, desnecessário e muito arriscado à integridade do acervo. Sobretudo quando tratamos de um prédio com estrutura e arquitetura antigas, sem os mínimos recursos de segurança necessários. Adequá-lo a esta finalidade custaria muito caro e iria impor à administração municipal um processo burocrático enfadonho, cheio de meandros, submetido pelos organismos que regulamentam e fiscalizam o uso e preservação do patrimônio histórico do estado, já que o Solar é tombado. Observem a complexidade das obras que estão sendo executadas na Pinacoteca do Estado, antigo Palácio Potengi, e no Teatro Alberto Maranhão.

A Proposição é lastrada de louvável intenção, mas se perde um pouco quando imagina chaminés, frituras, gordura, bebida alcoólica e exaustores misturados a obras de arte, escritos, fotografias e centenas de outros itens históricos extremamente frágeis. Museus devem ser espaços democráticos, mas que demandem severo controle de acesso para garantir a integridade da memória que guardam.

O Brasil chorou quando viu o Museu Nacional arder. Claro que a causa do acidente foi diversa, mas o significado do perigo é o mesmo.

A Bahia é um estado que ufana os sabores e cores de seus quitutes. Boa parte desse orgulho foi alimentada pelas letras de Jorge Amado e Zélia Gatai. Na Casa do Rio Vermelho, onde hoje funciona um memorial dedicado ao casal, lugar onde os dois viveram e morreram, a cozinha está preservada, belíssima, mas é proibido comer por lá.

Aqui no RN, o Instituto Ludovicos celebra a vida e legado de Cascudo, o mesmo que há quase 53 anos publicou a “História da Alimentação no Brasil”, obra definitiva sobre nossa gastronomia. Nem isso é suficiente para justificar o risco de instalar um restaurante típico no casarão.

Mas é certo que nosso Museu Solar Ferreiro Torto quer deixar de representar somente o passado e integrar o presente da cidade. O caminho talvez seja a busca por parcerias público-privadas, que dispõe de expertise e recursos para manter, gerir e promover o espaço. Prédios históricos de Salvador, por exemplo, são concedidos a empresas, mas sob um rigoroso regulamento que passa pela preservação de suas características físicas, manutenção integral e gratuidade para a visitação pública.

Nada de privatização! O Solar jamais deixaria de ser dos macaibenses e de todos os potiguares!

As ideias são boas, o debate é bom e, pelo expediente, a matéria segue para o birô do prefeito Emídio Jr, que sempre considerou fundamental transformar o Ferreiro Torto num equipamento turístico e pedagógico. Os pareceres das secretarias de Cultura; Desenvolvimento Econômico; Trabalho; Meio Ambiente; e Infraestrutura irão determinar as próximas cenas.

Historiando:

Inaugurado em 1979, serviu como memorial sacro da Fundação José Augusto. Com pouca visitação e roubo de algumas peças, foi fechado e as peças levadas para o anexo da igreja do Galo, em Natal.

Em seguida foi cedido a um comerciante local, que montou uma churrascaria (!) no prédio, mas fechou pouco tempo depois.

O Solar sediou a Prefeitura de 83 a 89, quando foi transformado em museu, mas abandonado pelo poder público. Somente em 30 de março de 2003 foi reaberto com o padrão atual, denominado Museu Solar Ferreiro Torto.

Hoje seu funcionamento é mantido integralmente com recursos da Prefeitura.

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