Democracia

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1º de junho: Dia de celebrar a Imprensa responsável, livre e democrática

O 1º de junho marca o Dia da Imprensa no Brasil, uma data para reconhecer o papel essencial do jornalismo na construção de uma sociedade mais justa, informada e participativa. Em tempos de desinformação e discursos polarizados, valorizar a imprensa livre é defender o direito de toda a população ao acesso a informações de qualidade, baseadas em fatos e apuradas com responsabilidade. É também uma forma de homenagear os profissionais que, muitas vezes sob riscos e pressões, se dedicam a informar com ética e compromisso público.

A imprensa tem sido, historicamente, uma ferramenta de transformação social. Foi assim durante o processo de redemocratização, nos movimentos por justiça social e nas lutas pelos direitos civis. Hoje, segue sendo pilar da democracia, fiscalizando o poder, dando voz aos que não têm voz e promovendo o debate de ideias. No entanto, esse papel só pode ser exercido plenamente quando há liberdade de expressão, proteção aos jornalistas e acesso transparente às fontes de informação.

Mais do que comemorar, o Dia da Imprensa é um chamado à reflexão: como cidadãos, como temos tratado a informação? Como sociedade, temos garantido a liberdade de imprensa? Em meio a tantos desafios, o apoio à mídia responsável é um passo fundamental para fortalecer a democracia e garantir que o jornalismo continue cumprindo sua missão de servir ao interesse público.

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Protagonismo da mulher potiguar: 97 anos do primeiro voto feminino no Brasil

A conquista do voto feminino no Brasil foi um marco fundamental na luta pelos direitos das mulheres e na construção de uma sociedade mais democrática. Antes da legalização desse direito, as mulheres estavam excluídas do processo eleitoral e, consequentemente, da participação ativa na definição dos rumos do país. A primeira mulher a votar no Brasil foi Celina Guimarães Viana, em 5 de abril de 1928, na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Esse feito foi possível graças a uma lei estadual potiguar que permitia o alistamento eleitoral de mulheres, antes mesmo de o país reconhecer oficialmente esse direito.

A oficialização do voto feminino em todo o Brasil aconteceu em 1932, com a promulgação do Código Eleitoral durante o governo de Getúlio Vargas. No entanto, no início, apenas mulheres com autorização dos maridos podiam votar, restrição que só foi eliminada em 1934, quando o voto feminino passou a ser universal. Esse avanço foi impulsionado por diversas ativistas, entre elas Bertha Lutz, uma das principais líderes do movimento sufragista brasileiro, que dedicou sua vida à luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.

O protagonismo feminino na política, embora ainda enfrente desafios, tem crescido ao longo dos anos. A participação de mulheres em cargos legislativos e executivos tem ampliado o debate sobre pautas fundamentais, como igualdade de gênero, direitos trabalhistas, saúde e educação. A eleição de Dilma Rousseff como a primeira mulher presidente do Brasil, em 2010, representou um passo significativo na ocupação de espaços de poder por mulheres, incentivando outras a seguirem o mesmo caminho.

Garantir a representatividade feminina na política é essencial para que a democracia seja verdadeiramente plural e inclusiva. A luta iniciada por mulheres como Celina Guimarães e Bertha Lutz continua nos dias de hoje, com movimentos que buscam ampliar a participação feminina nos espaços de decisão. O voto feminino não foi apenas uma conquista simbólica, mas sim um direito essencial que possibilita às mulheres influenciarem diretamente nas políticas públicas e na construção de um país mais justo e igualitário.

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