7 de novembro de 2025

Saúde

Agentes de endemias promovem Dia D de prevenção às arboviroses no Centro de Macaíba

Nesta sexta-feira (07), a Prefeitura de Macaíba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou o Dia D de combate às arboviroses, com os agentes de endemias em diversas ruas do Centro para intensificar a prevenção ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. A ação envolveu visitas domiciliares, eliminação de possíveis criadouros, aplicação de larvicida e uma palestra educativa na UBS do Centro.

De acordo com o supervisor geral dos agentes de endemias, André Marques, o trabalho integra uma estratégia contínua de proteção à saúde da população. “A ação de hoje é alusiva ao Dia D nacional de combate às endemias. Mas, aqui em Macaíba, estamos realizando mutirões todas as sextas-feiras. É uma forma de conscientizar a população para que receba bem os agentes e para que, nos momentos de folga, também façam uma vistoria nos seus quintais para evitar focos do mosquito. Estamos entrando no período sazonal, quando os casos de arboviroses aumentam consideravelmente. Com a ajuda da população, podemos amenizar essa situação”, destacou.

Entre os moradores atendidos, a analista de crédito imobiliário Milena de Lima Gonçalves ressaltou a importância das visitas. Para ela, a correria do dia a dia pode impedir que as pessoas percebam situações de risco dentro de casa. “Nem todo mundo tem tempo para olhar se existem criadouros e foco do mosquito. Então, essa ação faz muita diferença”, afirmou.

As equipes percorreram a avenida Mônica Dantas, Major Antônio Belmiro, Alberto Silva, Dona Emília, Frei Miguelino, Nossa Senhora da Conceição, Largo Cônego Simões, Dix-sept Rosado, Nair Mesquita e Rua da Cruz.

O supervisor enfatizou que cada cidadão deve fazer a sua parte. “Medidas simples, como evitar água parada em recipientes, manter caixas d’água fechadas e higienizar plantas, podem impedir a proliferação do mosquito e salvar vidas”, concluiu André Marques.

Educação

Redação do Enem: veja dicas para tirar nota 1.000 na prova deste ano

Prova de dissertação é uma das mais temidas pelos candidatos que realizam o Exame Nacional do Ensino Médio

Considerada uma das etapas mais temidas do Enem, a redação exige que o candidato produza um texto dissertativo argumentativo em até 30 linhas, sobre um tema de relevância social, cultural, científica ou política. O desafio não é pequeno: além de defender uma tese com clareza e coesão, o estudante precisa mobilizar repertório sociocultural, construir bons argumentos e ainda propor uma intervenção para o problema apresentado, sempre em conformidade com os direitos humanos.

Na prática, isso significa que não basta “escrever bem”. A redação avalia a capacidade de organizar ideias, relacionar informações e usar a norma culta de forma consistente, tudo dentro de um tempo limitado. É justamente por isso que a preparação faz tanta diferença: treino, estratégia e familiaridade com a estrutura do texto são fatores decisivos para alcançar uma nota alta.

Em 2025, a estudante Anna Beatriz Rebouças Veríssimo, de 21 anos, alcançou a nota 1000 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obteve a primeira colocação geral para o curso de Medicina na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). Ela integrou o seleto grupo de apenas 12 estudantes em todo o país que atingiram a pontuação máxima na redação na última edição do exame.

Ela revelou não esperar a nota 1000 na redação do Enem, atribuindo o feito à sua autenticidade ao evitar modelos de texto prontos e à uma intensa rotina de preparação. Detalhando sua metodologia, Anna Beatriz confessou que nem sempre conseguia produzir uma redação por semana, mas destacou os simulados como uma ferramenta indispensável para desenvolver estratégia de prova e, principalmente, para aprender a gerenciar o tempo. Ao final, a estudante aconselhou futuros candidatos a investirem na leitura constante de livros e revistas para ampliar o repertório e se manterem atualizados, além de buscarem a melhoria contínua de seus textos.

Clara Lococo Fernandes, de 18 anos, conquistou 940 pontos na redação do Enem 2024, que trouxe como tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Durante o último ano do Ensino Médio, ela estruturou uma rotina de estudos bastante rigorosa, intercalando aulas de redação na escola com treinos em casa. “Eu escrevia duas redações por semana: uma sem consulta, simulando o dia da prova, e outra consultando repertórios e redações de nota máxima. Esse equilíbrio me ajudou a ganhar confiança e melhorar a qualidade dos meus textos”, conta.

Clara acredita que a estratégia de estudar repertórios socioculturais aplicáveis a diferentes temas foi decisiva para o resultado. “Treinar repertórios chave economiza tempo e diminui a dificuldade de escrever na hora da prova. Além disso, seguir um modelo específico de organização, com frases introdutórias, conectivos e uma proposta de intervenção bem estruturada, dá segurança e clareza ao texto”, explica. Para ela, mais do que inspiração, a redação exige método e disciplina.

No dia do exame, a aluna optou por escrever a redação logo no início, reservando cerca de 1h10 — tempo que já havia treinado nas semanas anteriores. A estratégia funcionou, mas exigiu atenção no desfecho.

Clara reconhece que gostar de escrever pode facilitar o processo, mas não considera isso determinante para o desempenho. “Eu gosto de escrever, mas não é algo que faço como hobby. O que realmente fez diferença foi entender o formato da redação do Enem, treinar bastante e aprender a relacionar meus conhecimentos com a proposta”, aponta.

Aos 18 anos, Letícia Garcia de Toledo alcançou 940 pontos na redação na edição do Enem do ano passado. Sua preparação foi relativamente curta, mas intensa: durante seis meses, ela treinava uma redação por semana, sempre com temas de anos anteriores, além de contar com aulas particulares de redação. “Também montei um repertório de argumentos por área temática, o que me ajudava a adaptar as ideias para quase qualquer proposta”, explica.

A estudante reforça que a prática constante e o conhecimento das regras da prova foram determinantes para o bom desempenho. “Conhecer bem os critérios de correção do Enem é importante, porque você entende o que a prova valoriza e evita deslizes bobos”, afirma. Embora nunca tivesse gostado muito de escrever, Letícia decidiu encarar o desafio. “Acho que gostar de escrever ajuda, mas não é o suficiente. Na minha opinião, o que realmente conta é entender o gênero, treinar bastante e se acostumar ao formato.”

Texto: Novo Jornal

Foto: Alexandre Campbell/IMPA/Agência Brasil

Agricultura

Agricultura de Macaíba está fazendo cadastro para programa Corte de Terra 2026

A Secretaria Municipal de Agricultura (SEMAPE) percorreu as comunidades de Lagoa do Tapará, Ladeira Grande e Lagoa do Mato, nesta quinta-feira (06), para realizar o cadastramento do Programa Corte de Terra 2026. O objetivo é levar os serviços da secretaria até os produtores rurais e assim facilitar a adesão ao programa e esclarecer dúvidas.

“Nós estamos na reta final do cadastramento do Corte de Terra 2026. Nós fazemos sempre no final do ano para que no início do ano seguinte, nós podemos começar o trabalho já nas primeiras chuvas. Hoje nós estamos na comunidade indígena de Lagoa do Tapará com alguns agricultores para fazer o seu cadastro e ter a garantia que, com as primeiras chuvas a gente já comece o Corte de Terra”, comentou o secretário da pasta, Edivaldo Emídio.

O cadastro nas comunidades segue até o próximo dia 12 de novembro. Na próxima semana, o cadastro do Corte de Terra acontece nas comunidades de Lamarão, Pé do Galo, Bela Macaíba no dia 10; Guarapes e Mangabeira no dia 11; e no Centro da cidade no dia 12.

Quem não realizou o cadastro nas suas comunidades pode procurar a sede da SEMAPE, localizada na Multi Secretaria Municipal, na Rua Frei Miguelinho s/n, por trás da Prefeitura, e apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de residência para realizar o cadastro, até o dia 17 de dezembro.

Imagem: Tom Alcântara

Saúde

Câncer de pênis: o tabu que ainda ameaça a saúde dos homens na América Latina

Pouco discutido e cercado de preconceitos, o câncer de pênis continua sendo uma realidade alarmante em países da América Latina. No Brasil, chega a representar até 10% dos tumores malignos em homens das regiões mais pobres. Enquanto nos países desenvolvidos é raro, por aqui a combinação de baixa escolaridade, falta de saneamento e desinformação mantém os números elevados. O mais preocupante é que a maioria dos casos poderia ser evitada com medidas simples, como higiene adequada, vacinação contra o HPV e circuncisão na infância.

A doença está profundamente ligada às desigualdades sociais. Homens sem acesso a água tratada, atendimento médico e educação em saúde são os mais afetados. Muitos demoram a procurar ajuda por vergonha, o que faz com que o diagnóstico aconteça tardiamente. Estima-se que o HPV esteja presente em metade dos casos, mas a imunização masculina ainda é baixa em toda a região. Romper o silêncio e ampliar a conscientização são passos essenciais para mudar esse cenário.

Com esse objetivo, foi criada a Penile Cancer Collaborative Coalition – Latin America (PECCC-LA), que reúne mais de 300 especialistas e 30 centros de referência em 13 países. A iniciativa busca construir o primeiro guia latino-americano sobre o tema, com dados, experiências e orientações que auxiliem médicos em diferentes realidades. O grupo também está desenvolvendo bancos de dados, cursos de capacitação e materiais educativos para fortalecer a rede de cuidado e prevenção.

Entre as ações mais promissoras está a criação da Escola Latino-Americana de Câncer de Pênis, voltada à formação médica e ao uso de tecnologias como telementoria e inteligência artificial. As novas técnicas cirúrgicas vêm permitindo preservar parte do órgão, garantindo autoestima e qualidade de vida. Falar sobre o tema é urgente: quanto mais informação e acesso, mais vidas poderão ser salvas. Campanhas educativas e o novo guia latino-americano representam um avanço importante rumo a uma saúde masculina mais justa e consciente.

Ilustração: Portal Urologia

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