11 de agosto de 2025

Comportamento

Leitura do sábado: O mal-estar transforma o mundo

Quando o Incômodo Vira Mudança

Dizia Freud que “é o mal-estar que transforma o mundo”. A frase, embora curta, carrega um peso que atravessa gerações. Em tempos de ansiedade generalizada, crises de identidade e incertezas constantes, essa reflexão soa como um lembrete: o desconforto não é apenas um fardo, mas também um gatilho para a ação. É quando algo aperta dentro de nós que começamos a buscar saídas, questionar velhos hábitos e repensar caminhos.

O mal-estar não precisa ser visto como inimigo. Ele pode ser um sinal de que algo não está certo — e que precisa ser transformado. Do mesmo modo que a dor física avisa que há algo errado no corpo, o desconforto emocional pode apontar para mudanças urgentes. Seja numa relação, no trabalho ou na forma como lidamos conosco, a inquietação abre espaço para uma nova versão da vida, mais alinhada com o que realmente importa.

Talvez estejamos vivendo uma era em que o desconforto coletivo seja justamente o que vai nos obrigar a repensar o mundo. E, apesar do peso dos dias, é reconfortante lembrar que a história já provou: grandes transformações nasceram de tempos difíceis. O mal-estar é duro, mas também é fértil. Ele nos empurra para o movimento — e o movimento, cedo ou tarde, traz mudança.

 

Homenagem

Dia do garçom e sua arte de servir com atenção, respeito e hospitalidade

No dia 11 de agosto, é celebrado o Dia do Garçom, uma homenagem a profissionais que, com simpatia e dedicação, fazem parte de momentos especiais na vida de milhares de pessoas. Seja em um almoço de família, em um jantar romântico ou em um evento corporativo, o garçom é peça-chave para que a experiência seja agradável e acolhedora. Mais do que servir pratos e bebidas, ele representa o elo entre a cozinha e o cliente, garantindo que cada detalhe seja atendido com cuidado.

A história dessa profissão remonta aos grandes salões e cafés europeus do século XIX, quando o serviço à mesa passou a exigir mais formalidade e atenção aos rituais gastronômicos. No Brasil, o ofício ganhou espaço com a expansão dos restaurantes e bares nas cidades, especialmente a partir do início do século XX. Com o tempo, a profissão se consolidou e se diversificou, acompanhando mudanças nos hábitos de consumo e na gastronomia.

Apesar de muitas vezes não receber o reconhecimento merecido, o trabalho do garçom exige habilidades que vão muito além da destreza física. É preciso ter boa comunicação, memória, agilidade e capacidade de lidar com diferentes perfis de clientes, sempre mantendo a cordialidade. Em datas movimentadas, como feriados e fins de semana, esses profissionais chegam a atender dezenas de mesas, conciliando rapidez e qualidade no atendimento.

O mercado de trabalho para garçons também reflete o dinamismo do setor de alimentação no Brasil, que emprega milhões de pessoas e tem papel relevante na economia. Restaurantes, hotéis, bares e eventos dependem da competência desses profissionais para conquistar e fidelizar clientes. A qualidade do atendimento muitas vezes é determinante para a reputação de um estabelecimento, e o garçom, com sua presença constante, é um dos protagonistas dessa percepção.

Celebrar o Dia do Garçom é reconhecer o valor de um ofício que combina técnica, dedicação e humanidade. É lembrar que, por trás de cada bandeja carregada, há esforço, profissionalismo e a vontade de fazer com que o cliente se sinta bem. Servir é mais do que uma função: é um gesto de cuidado, e essa é a verdadeira essência da profissão.

Neste 11 de agosto também rendemos homenagens aos Advogados, à Televisão, aos Magistrados e a Santa Clara de Assis.

Educação

Dia do Estudante: celebrar conquistas, enfrentar desafios e acreditar no futuro

O Dia do Estudante, comemorado em 11 de agosto, é mais do que uma data no calendário: é uma oportunidade para refletir sobre a importância da educação como motor de transformação social. No Brasil, mais de 47 milhões de pessoas estão matriculadas na educação básica, segundo dados do Inep, e cerca de 8,9 milhões frequentam o ensino superior. Apesar desse alcance, o país ainda enfrenta desigualdades profundas no acesso à educação de qualidade, especialmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros, onde escolas sofrem com falta de estrutura e recursos.

Nos últimos anos, avanços significativos foram registrados, especialmente na expansão do ensino público. Atualmente, o Brasil conta com 69 universidades federais e mais de 660 unidades de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, espalhadas por todos os estados, levando ensino técnico e superior gratuito a regiões antes esquecidas. Essas instituições têm papel fundamental na democratização do conhecimento e na formação de profissionais que contribuem diretamente para o desenvolvimento do país.

Mesmo com esses progressos, desafios persistem. A evasão escolar, a defasagem na aprendizagem e as desigualdades no acesso à internet são obstáculos que impactam milhões de estudantes. A pandemia acentuou parte dessas dificuldades, evidenciando a urgência de políticas públicas voltadas à inclusão digital, à valorização dos professores e à ampliação de programas de permanência estudantil, garantindo que aprender não seja um privilégio, mas um direito de todos.

Ainda assim, o Dia do Estudante é um momento para celebrar e renovar a esperança. Cada sala de aula aberta, cada biblioteca cheia e cada jovem que conclui seus estudos representam passos concretos rumo a um Brasil mais justo e preparado para os desafios do futuro. Investir em educação é investir na dignidade, na liberdade e no progresso de toda a sociedade — e essa é uma causa que merece ser defendida todos os dias.

Comunicação

Projeto de lei quer garantir paz e proibir ligações de telemarketing

A deputada Dayany Bittencourt (União/CE) apresentou um projeto que pretende dar força de lei ao direito de não receber ligações de telemarketing sem autorização. A proposta, apelidada de “Lei Não Me Perturbe”, altera o Código de Defesa do Consumidor para proibir que empresas entrem em contato com pessoas que se cadastrarem para bloquear chamadas comerciais. Hoje, essa proteção existe apenas como norma administrativa, mas a parlamentar quer torná-la definitiva e de cumprimento obrigatório.

De acordo com o texto, companhias que insistirem em ligar para quem optou pelo bloqueio poderão enfrentar desde advertências até multas milionárias, que podem chegar a R\$ 50 milhões. Em casos mais graves, a punição inclui suspensão temporária das atividades e até a proibição permanente de atuar no setor. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) será responsável por fiscalizar e aplicar as penalidades, fortalecendo o controle sobre o telemarketing no país.

O projeto também determina que as operadoras guardem o registro de quem autorizou receber chamadas e informem à Anatel todos os números usados nesse tipo de contato. O bloqueio para quem estiver no cadastro deverá ser efetivado em até 48 horas. Mesmo com a existência do portal “Não Me Perturbe”, os brasileiros ainda recebem mais de 1 bilhão de ligações indesejadas todos os meses, o que, segundo Dayany, mostra que as medidas atuais não têm sido suficientes para conter o problema.

Inspirada em exemplos adotados nos Estados Unidos e na Espanha, a proposta inclui ainda a criação de uma campanha nacional de conscientização, com orientações simples sobre como se cadastrar para bloquear ligações. A divulgação será feita anualmente por rádio, TV e redes sociais, em linguagem acessível para todos. Para a deputada, transformar essa política em lei, associada a punições mais rigorosas e ampla divulgação, é fundamental para assegurar o direito do consumidor à privacidade e ao sossego.

Rolar para cima