28 de julho de 2024

Festa de Sant'Ana de Caicó

Festa de Sant’Ana de Caicó chega ao fim e bate recorde de público

A Festa teve início no dia 18 de julho com a tradicional passeata de abertura. Até hoje, uma programação completa, profana e religiosa, promoveu o congraçamento de fiéis caicoenses e visitantes, que aproveitam este período do ano para revisitar amigos, parentes e renovar seus votos de devoção à Sant’Ana, avó de Jesus, pela tradição católica.

Em seu último dia, neste domingo, 28 de julho, milhares de pessoas, quase todas em roupas brancas, lotam as ruas do centro da cidade em procissão, cortejando as imagens seculares da santa padroeira e de São Joaquim, seu esposo.

A tradicional Festa de Sant´Ana da cidade de Caicó possui o Título de Patrimônio Cultural do Brasil, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional.

Os primeiros registros históricos da celebração datam de 26 de julho de 1748. A festa reúne diversos rituais religiosos, profanos e outras manifestações culturais e remonta à formação da sociedade brasileira no período da colonização. Ocorre todos os anos, entre a quinta-feira anterior ao dia 26 de julho, dia de Sant’Ana, até o domingo seguinte. As preparações começam no mês de abril para garantir a perfeita realização de todas as cerimônias que foram agregadas à Festa, como as peregrinações rurais e urbanas e seus rituais de missa e procissão e o Encontro das Imagens.
Além das celebrações, os dias da festa incorporam muitas outras manifestações culturais importantes para a formação da identidade local. Merecem destaque a produção das comidas do Seridó potiguar, como a buchada, a panelada, a fritada, a galinha caipira, a carne de criação e de porco torrada, a paçoca de carne de sol, os queijos de coalho e de manteiga e também os doces, como chouriço, filhoses e biscoito de goma de mandioca. Ainda há a confecção do artesanato sertanejo, como os bordados do Seridó que chegaram à região pelas mulheres dos colonizadores portugueses e estão, hoje, incorporados na Festa de Sant’Ana nas vestimentas de fiéis e clero nos eventos religiosos.

O culto à Sant’Ana e a origem da festa em  Caicó
O culto a Sant’Ana, que na tradição católica é a mãe de Maria e, portanto, avó do menino Jesus, foi formalizado pela Igreja Católica no século XIV e teve sua data fixada em 26 de julho no século XVI. Em Caicó, que tem a santa como padroeira, o culto está vinculado à fundação da cidade, no século XVII.  A construção da primitiva capela de Sant’Ana, em 1695, e a história de alguns milagres da santa motivaram a devoção do seridoense por Sant’Ana.

Conta a lenda que a construção da capela foi um gesto de gratidão à intervenção da santa. Um vaqueiro, ameaçado por um touro bravo, pediu ajuda a Sant’Ana, que intercedeu a seu favor. Durante a construção da capela, mais uma vez a comunidade pediu auxílio à santa para impedir a seca do poço de água, no leito do rio Seridó. Sant’Ana ajudou e, depois disso, o poço nunca mais secou, sendo possível terminar a construção da igreja. O Poço de Sant’Ana existe até hoje e faz parte de todas as narrativas sobre a origem da cidade.

Atualmente, os eventos religiosos concentram-se ao redor Catedral de Sant’Ana, mas envolve todo o município com procissões, carreatas e cavalgadas. Outro local de destaque é o Pavilhão de Sant’Ana, onde ocorrem os eventos sócio-culturais. Em 2008, foi inaugurado o Complexo Turístico Ilha de Sant’Ana em uma ilha fluvial no meio do rio Seridó, com praça, bares, restaurantes, palcos, anfiteatro e ginásio, onde ocorrem os shows e a Feira de Artesanato dos Municípios do Seridó que reúne artistas de todo o nordeste.

As festividades começam com a Peregrinação Rural da imagem de Sant’Ana pelas casas do campo durante os 15 sábados que antecedem o início oficial da festa. A Peregrinação Urbana ocorre diariamente desde o início de junho até a véspera da abertura oficial, quando ocorre o Encontro das imagens no cruzamento das principais avenidas da cidade. É nesse momento que chega à cidade um grupo da Peregrinação a Sant’Ana Caravana Ilton Pacheco. Para homenagear Sant’Ana, o grupo percorre cerca de 85 quilômetros, cantando e rezando até chegar em Caicó. Vale ressaltar que à imagem original de Sant’Ana, benzida durante a instalação oficial da Povoação de Caicó em 1735, tombada pelo Iphan em 1962, está ainda hoje no nicho lateral da Catedral.

A Abertura oficial da Festa de Sant’Ana de Caicó é na quinta-feira que antecede o dia 26 de julho, com passeata solene, saindo da Catedral de Sant’Ana pela cidade até retornar ao largo da Catedral onde é hasteado o estandarte à Sant’Ana no mastro que fica no local até o fim da procissão de encerramento. Após as celebrações de abertura há um banquete, o Jantar de Sant’Ana. O primeiro domingo de festa é o dia da Cavalgada de Sant’Ana. Diversas pessoas, algumas trajando indumentária de vaqueiro, percorrem as ruas da cidade desde o Parque da Exposição de Caicó até o Pátio da Catedral de Sant’Ana onde são recebidos com uma missa e a benção dos animais. Há também a Carreata de Sant’Ana que ocorre na última sexta-feira da festa, noite da novena dedicada aos motoristas.

A Missa Solene acontece sempre no último dia de festa, no domingo pela manhã e é um dos ápices das festividades. É um momento de grande comoção, quando muitos devotos pagam suas promessas. A comoção em torno da missa é tanta que é também transmitida pelas emissoras de rádios da região do Seridó e, em 2007, foi transmitida ao vivo pela internet. Ao fim da Missa solene, são feitos os últimos preparativos para a procissão com a finalização da ornamentação dos andores das imagens de Sant’Ana e São Joaquim.

Com contribuição da Assessoria de Comunicação Iphan

Macaíba

Tabuleiro da política eleitoral nas terras de Coité

As convenções partidárias já começaram a movimentar o jogo da política eleitoral em Macaíba. A partir delas, existirão candidatos de fato e direito; é a partir de quando passa-se a se falar do assinto sem os subterfúgios linguísticos tão primários que a Justiça Eleitoral às vezes ignora.

Os convencionais do arco de alianças já anunciado pela situação irão aclamar Emídio e Raquel numa chapa que já vai nascer fortalecida por muitos políticos de mandato, lideranças de muitos segmentos, um staff técnico que sabe fazer campanha política e, claro, o peso positivo de quem tem em punho a caneta do Executivo.

No mesmo 4 de agosto, o vice-prefeito Netinho França e a ex-prefeita Odiléia serão anunciados por seus correligionários como cabeças de chapa do grupo oposicionista.

Netinho vem de uma expressiva votação na campanha de dois anos atrás, quando foi candidato a deputado federal, e tenta agarrar-se nestes boletins de urna, mesmo sabendo que o jogo agora é outro, absolutamente diferente daquele, em que teve tempo integral e estrutura para dedicar-se ao garimpo de votos. Em seu palanque, ainda pré-candidata a vice, Odiléia, que apresenta a nostalgia como credenciais, tratando de suas gestões. Há muitos anos a cidade não a via circular pelas ruas em que hoje faz vídeos. Nas redes sociais há quem se surpreenda em reencontrá-la depois de 30-35 anos.

Apesar de todas as pesquisas oficiais divulgadas até hoje anunciarem vantagem em favor de Emídio, não existe jogo fácil em Copa do Mundo.

E por falar em pesquisa, há poucos dias a Justiça Eleitoral penalizou o pré-candidato Netinho França. Ele foi multado em R$ 12 mil por propaganda irregular, em razão da circulação de carro de som com áudio de resultado de pesquisa. Em consonância com parecer do Ministério Público Eleitoral, a juíza eleitoral Josane Noronha afirmou, na sentença, que tudo o que é proibido durante o período de campanha, também é proibido na pré-campanha.

A referida pesquisa eleitoral, diga-se, foi a única, dentre seis já divulgadas dos mais diversos institutos, que atribui empate técnico entre o prefeito Emídio Júnior e o vice-prefeito.

A juíza havia deferido tutela de urgência, ou seja, em caráter liminar, que Netinho França se abstivesse de manter o carro de som em circulação divulgando pesquisas eleitorais ou para levar qualquer tipo de mensagem eleitoral aos munícipes nas áreas públicas ou na zona rural do município, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil.

A juíza eleitoral Josane Noronha afirmou: “No mérito, tenho que restou comprovada a circulação de carros de som na cidade divulgando a pesquisa eleitoral, com texto visando a promoção do candidato representado”.

A defesa de Netinho França alegava a ausência de provas da contratação dos veículos pelo pré-candidato. Ao que a magistrada respondeu na decisão. “No caso dos autos, considerando o tamanho do Município, não é crível que o representado não tivesse conhecimento da circulação dos carros de som que divulgaram texto idêntico ao que o representado divulgara em suas redes sociais”, afirmou a juíza Josane Noronha.

Conforme o art. 40-B, parágrafo único da Lei 9.504/97, “A responsabilidade do candidato estará demonstrada se este, intimado da existência da propaganda irregular, não providenciar, no prazo de quarenta e oito horas, sua retirada ou regularização e, ainda, se as circunstâncias e as peculiaridades do caso específico revelarem a impossibilidade de o beneficiário não ter tido conhecimento da propaganda”.

História

Lampião e Maria Bonita: 86 anos do massacre da Grota do Angico

Bandidos ou heróis? 

A resposta não interessa para este contexto. O fato é que Lampião e Maria Bonita povoam o imaginário popular nordestino como dois dos principais ícones da nossa cultura.

Em Sergipe, era 28 de julho de 1938 quando Maria Gomes de Oliveira morreu jovem, aos 28 anos; Virgulino Ferreira da Silva, o temido Rei do Cangaço, contava 40 anos, também executado com o seu bando. 

Rolar para cima