Dia Nacional reforça importância do diagnóstico precoce do câncer infantil

O câncer infantil reúne um conjunto de doenças marcadas pela proliferação descontrolada de células anormais, capazes de surgir em diferentes regiões do organismo. Entre os tipos mais frequentes na infância e na adolescência estão as leucemias, que comprometem os glóbulos brancos, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas. Também têm incidência relevante o neuroblastoma, o tumor de Wilms, o retinoblastoma, os tumores germinativos, o osteossarcoma e diversos sarcomas. Embora raros quando comparados ao público adulto, esses diagnósticos exigem atenção, pois tendem a apresentar evolução rápida e demandam tratamento imediato.

No Brasil, o cenário segue o padrão observado em países desenvolvidos: o câncer já é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer. As estimativas mais recentes apontam que aproximadamente 12 mil novos casos surgem anualmente, com impacto significativo sobre as famílias e os serviços de saúde. Apesar disso, o avanço científico das últimas quatro décadas transformou o prognóstico desses pacientes. Hoje, cerca de 80 por cento das crianças e adolescentes podem alcançar a cura quando o diagnóstico ocorre precocemente e o tratamento é conduzido em centros especializados, garantindo melhores resultados e qualidade de vida.

Instituído pela Lei nº 11.650 de 2008, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, celebrado em 23 de novembro, busca ampliar a conscientização sobre os sinais da doença e estimular ações educativas e preventivas. A data também promove debates sobre políticas públicas de atenção integral, fortalece iniciativas da sociedade civil e difunde avanços técnico-científicos que contribuem para o diagnóstico e o tratamento. Especialistas reforçam que sintomas como febre persistente, palidez, manchas na pele, dor óssea e aumento de volume em regiões do corpo devem ser investigados, evitando atrasos que podem comprometer a resposta terapêutica.

Com o compromisso de ampliar o acesso à informação e orientar pais, educadores e profissionais da saúde, instituições de referência ressaltam que o reconhecimento precoce dos sinais é decisivo para salvar vidas. A experiência acumulada por centros oncológicos pediátricos demonstra que crianças e adolescentes respondem melhor às terapias disponíveis, especialmente à quimioterapia, quando o tratamento é iniciado rapidamente. Nesse contexto, a data torna-se um marco anual para reforçar a responsabilidade coletiva de identificar, apoiar e garantir atenção adequada a quem enfrenta a doença na infância.

Foto: Assembleia Legislativa de Sergipe

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