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26 de junho, Dia de Combate às Drogas

No contraponto à queda de braço entre o STF e o Congresso Nacional, que travam uma batalha pública sobre a criminalização ou descriminalização das drogas, hoje é dia de reforçar a importância de unir esforços na luta contra a dependência química, uma oportunidade para refletirmos sobre os impactos devastadores das drogas na vida das pessoas e na sociedade.

O Dia Internacional de Combate às Drogas é celebrado em 26 de junho e foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1987. O objetivo da data é aumentar a conscientização sobre os problemas que as drogas ilícitas causam à sociedade e promover a ação e a cooperação para alcançar uma sociedade livre do abuso de drogas.

A dependência química não escolhe classe social, idade ou gênero. Ela atinge famílias, comunidades e enfraquece o tecido social. A educação e a prevenção são ferramentas essenciais para combater este mal.

As drogas, lícitas ou ilícitas, representam um desafio significativo para a saúde pública, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo. Elas não apenas causam danos físicos e psicológicos graves, mas também desestruturam famílias e comunidades, contribuindo para a marginalização e exclusão social.

Bom mesmo, portanto, seria um mundo sem drogas; que o poder público, em todas as suas esferas, tivesse a coragem de combater de forma competente todas as modalidades de tráfico, punindo com rigor os criminosos, ao mesmo tempo em que investisse em politicas educacionais, desde as séries iniciais, voltadas à diminuicao da vulnerabilidade das nossas crianças, adolescentes e jovens.

Não às drogas!

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Portalegre-RN deverá ter candidato único

O genial escritor Nelson Rodrigues (1912-1980) certa vez sentenciou que “toda a unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”.

Pois bem! O Gato Preto lê nos periódicos que possivelmente o município de Portalegre, distante pouco mais de 300 quilômetros de Natal, terá candidatura única a prefeito, que pretensos adversários abandonaram seus projetos e que o postulante que se mantém angaria cada vez mais apoios à sua reeleição.

Portalegre é cidade serrana, vendida país afora como uma ótima opção de turismo. E realmente deveria ser! Mas há poucos dias este repórter esteve por lá e encontrou seus equipamentos turísticos depreciados, muito longe da expectativa de qualquer visitante.

A democracia provoca debates; dá espaço a críticas, cobranças, denúncias. Mas para Portalegre deve estar tudo tão maravilhoso, que nada disto é necessário.

Pelo menos sua classe política deve estar num alegre porto.

Opinião

Somos CONTRA o PL 1904

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (12) a tramitação em regime de urgência do projeto de lei que equipara aborto a homicídio. Agora, o PL 1904/2024 será votado no plenário da Casa, sem passar antes pelas comissões pertinentes.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautou a matéria sem aviso e sem anunciar o número do projeto. Pediu orientação de bancada para o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que não respondeu, e considerou a urgência aprovada em votação simbólica – sem registro do voto de cada deputado no painel eletrônico – que durou apenas 23 segundos. Em geral, a votação simbólica ocorre quando já existe acordo entre os parlamentares sobre o tema em pauta.

O projeto de lei sobre acrescenta artigos ao Código Penal para equiparar as penas previstas para homicídio simples aquelas para abortos realizados após 22 semanas de gestação, mesmo nos casos em que a prática é prevista legalmente. O texto  também proíbe o aborto mesmo em casos de gravidez decorrentes de estupro, se houver viabilidade fetal.

No momento da votação, não houve reação no plenário. Nas redes sociais, entretanto, deputados do campo progressista atacaram o que chamaram de “manobra” de Lira.

“Lira acaba de dar um golpe contra o direito das mulheres. Aprovou um requerimento de urgência sem sequer anunciar a votação. O requerimento permite que seja votado o projeto que obriga meninas e mulheres que sofrerem violência sexual a terem filho de estuprador”, escreveu Natália Bonavides (PT-RN).

Brasil de Fato

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“Oficialmente” pré-candidata a vice ainda não tem, “oficialmente”, pré-candidato a prefeito

Lendo as postagens dos talentosos e informados amigos da imprensa macaibense sobre a “oficialização” da pré-candidatura de Odiléia à vice-prefeita, desde o último domingo, este repórter Gato Preto lembrou-se do icônico A Lagoa Azul, lançado em 1980, já reprisado na Sessão da Tarde 22 vezes; e do episódio de Chaves “Vamos todos para Acapulco”, anunciado com entusiasmo pelo locutor do SBT, desde os tempos da TVS, mais ou menos em 130 oportunidades.

Com todo respeito à história política da ex-prefeita e à estratégia adotada por seu grupo, o que há de novo em “oficializar” sua pré-candidatura à vice-prefeita que mereça espetacularização? Alguém nos 510 quilômetros quadrados de Macaíba ignorava sua posição de postulante ao cargo?

Aliás, há sim alguns trâmites novos e estranhos ao entendimento deste sempre compreensivo repórter!

Primeiro, o fato de se instituir a “oficialização” de uma pré-candidatura. Ora, não! Um pré-candidato, no máximo, se “declara” nesta condição. Pré é pré. Oficializado, só quando for de direito, com todos os registros possíveis e necessários no TRE.

Segundo, um malabarismo inédito por estas terras: a pré-candidata a vice foi “oficializada” e só nos próximos dias haverá a “oficialização” do pré-cabeça de chapa.

E não estamos tratando de convenções partidárias, mas meramente desse tal Frankenstein contemporâneo… a “oficialização” do que está longe de constar em qualquer papel de Ata.

O que parece acontecer é a necessidade de requentar fatos, como as reprises de A Lagoa Azul, simplesmente pelo fato de não haver fatos. Usando um linguajar antigo do jornalismo, o calhau virou pauta.

Numa campanha política não existem amistosos, preliminares, pré-jogos.

Como ocorre muitas vezes em outros contextos sociais, modismos, neologismos e ressignificâncias, são a “oficialização” da munganga.

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Anarriê, anavantú e mimimi

A Prefeitura de Macaíba marcou para hoje, às 18h, uma live que irá detalhar a programação do São João do Povo 2024. A expectativa é grande na cidade, já que Macaíba sempre teve tradição em grupos juninos de destaque até mesmo em nível estadual.

Mas enquanto milhares aguardam a festa com empolgação, alguns insistem em criticar o emprego de dinheiro público na realização de eventos populares. Ora, pura ignorância! Até os menos informados sabem que os recursos destinados ao São João do Povo são “carimbados”, ou seja, só podem ser investidos em ações culturais. Mas a turma não perde a oportunidade de fazer política rasteira, principalmente neste período pré-eleitoral. E olha que muitos que já estão criticando a festa nas redes sociais, comumente são os primeiros a chegarem nas noites de forró e os mais empolgados no arrasta-pé.

Para além da tradição junina ser um traço cultural fundamental para todos nós, a exemplo de tantos outros eventos populares promovidos pelo poder público país afora, o São João do Povo é um investimento importante para a economia do município, promove muitos artistas locais e diversas cadeias produtivas lucram com a festa. Costureiras, lanchonetes, salões de belezas, mercadinhos, armarinhos, lojas de roupas e calçados, lojas de acessórios, ambulantes, farmácias…

Em 2023 a Fecomércio-RN projetou a circulação de mais de R$ 20 milhões de reais em nossa economia. A pesquisa realizada pela entidade também identificou que 70% do público era macaibense e 30% turistas e visitantes. Todos admirados com a grandiosidade e organização do evento. Números que devem se repetir na edição deste ano.

Guardadas as proporções, é claro, a Prefeitura do Rio divulgou que arrecadou 30 vezes mais do que investiu para viabilizar a apresentação de Madonna no final de semana.

Então, aos adversários que já estão com a artilharia pronta para criticar o INVESTIMENTO que a Prefeitura fará no São João do Povo 2024, um conselho: observem a Legislação eleitoral, vistam um figurino junino top, juntem suas claques e vão curtir a festa, conversando com as pessoas e dançando muito forró. Mil vezes melhor que perder tempo com mimimi nas redes.

Do francês, “en avant tous”, o nosso anavantú significa seguir em frente. Sempre!

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A opinião que José Luís Pediu ao Gato Preto

Professor José Luís, de matemática e política

Aí o Professor José Luís, matemático, observador político e macaibense já posicionado nas fileiras do oposição, inclusive com direito a empunhar o microfone, cobra do Gato Preto uma opinião contundente sobre os dois atos de filiação partidária ocorridos nas últimas semanas. Uma que filiou e indicou os pré-candidatos situacionistas à Câmara Municipal e a pré-candidata a vice; outro, mais recente, que filiou Netinho e seus pré-candidatos a vereador ao Republicanos, presidido no estado por Álvaro Dias, prefeito de Natal, que nem apareceu na festa, mas mandou o filho, deputado Adjuto Dias, que tenta emplacar como candidato a prefeito de Caicó.

Como se isso fosse relevante para a maioria, opino: em todos os meus anos de observação política, nunca tinha visto tanto movimento para simples e cartoriais atos de filiação partidária. Como diria um veterano amigo do Gato Preto: “muita farofa para pouca carne”.

Discursos previsíveis, figuras políticas jurássicas (sem etarismo!)… nenhuma surpresa, nenhum fato novo que tenha merecido, até então, destaque na imprensa regional, mais do mesmo. Os movimentos serviram tão somente para estimular claques, tirar da toca quem ainda estava escondido e, principalmente, gerar as primeiras imagens de apoio que as produtoras audiovisuais usarão durante a campanha.

Mas é claro! O Jogo ainda não começou, estamos somente na fase de escalação. A bola vai rolar para valer a partir do dia 20 de julho, quando os partidos e federações precisam começar a realizar suas Convenções. A partir daí o show tem que ser de verdade, sem firula. Quem quiser ganhar, terá que mostrar força, estrutura, discursos fortes que não recorram a coitadismos (coitadinhos não existem na política macaibense) nem a outros clichês já derrotados, como o tal mote “forasteiro”. As identidades visuais estarão nas ruas, locutores afinados, jingles na ponta da língua do povão e a população incentivada a votar.

O prazo para as convenções vai até 5 de agosto.

Esperemos um bom debate. É o melhor para a democracia!

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