Parabéns aos canhotos!!!

Fico imaginando onde algum gênio viu a necessidade de se instituir o Dia do Canhoto…
Pois é hoje! 13 de agosto, data lembrada em nível internacional.
Também é dia dos Economistas e dos Encarcerados.

Fico imaginando onde algum gênio viu a necessidade de se instituir o Dia do Canhoto…
Pois é hoje! 13 de agosto, data lembrada em nível internacional.
Também é dia dos Economistas e dos Encarcerados.

O Dia Internacional da Juventude celebra o poder e o potencial dos jovens.
O foco deste ano é o papel fundamental dos jovens no aproveitamento da tecnologia para promover o desenvolvimento sustentável.
Em todo o mundo, os jovens estão transformando cliques em progresso, aproveitando ao máximo as ferramentas digitais para enfrentar os desafios locais e globais – desde a mudança climática até o aumento das desigualdades e a crescente crise de saúde mental.
Mas para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é necessária uma mudança sísmica – que só pode acontecer se capacitarmos os jovens e trabalharmos com eles.
Isso significa acabar com as divisões digitais, aumentar os investimentos em educação, pensamento crítico e alfabetização informacional, combater os preconceitos de gênero que frequentemente dominam o setor de tecnologia e apoiar jovens inovadores na expansão de soluções digitais.
À medida que a Inteligência Artificial remodela nosso mundo, os jovens também devem estar à frente e no centro da formação de políticas e instituições digitais.
A Cúpula do Futuro do próximo mês é uma oportunidade de criar mecanismos globais de solução de problemas que sejam mais conectados e inclusivos. Peço aos líderes que usem a Cúpula para promover a participação dos jovens em todos os níveis, estabelecer órgãos consultivos para os jovens, promover o diálogo intergeracional e ampliar a participação dos jovens em todas as áreas.
Vocês podem contar com o Escritório da ONU para a Juventude e com toda a família da ONU para apoiar os jovens.
Juntos, vamos aproveitar a energia e as ideias da juventude para moldar um futuro mais sustentável.
Mensagem do secretário-geral da ONU, António Guterres, para o Dia Internacional da Juventude, assinalado em 12 de agosto.

Morreu nesta na última sexta-feira (2), aos 102 anos, o catarinense Walter Orthmann, conhecido como o funcionário mais antigo do mundo em uma mesma empresa —feito que o levou para o Guinness World Records em 2018.
Orthmann dedicou 86 anos de sua vida à empresa têxtil RenauxView, de Brusque, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Em 1938, aos 15 anos, ingressou na tecelagem como assistente de expedição, enrolando tecidos e escrevendo etiquetas. Em quase nove décadas de trabalho, recebeu o salário em oito moedas diferentes e viu a modernização da indústria acontecer diante dos olhos.
“Na minha carteira, o meu salário é na casa dos milhões. Hoje, não vale nada”, brincou Orthmann em entrevista à Folha em 2013, aos 90 anos.
Como office-boy, ia com a própria bicicleta até o banco buscar o dinheiro para entregar aos operários. Depois, no setor de faturamento, contava tudo manualmente, já que ainda não existia máquina para calcular. Em 1955, passou a viajar pelo país, primeiro de ônibus e depois de avião, para conhecer clientes.
Aos 90 anos, no cargo de gerente de vendas, continuava viajando um terço do ano. “Trabalhar é saúde. Se ficar em casa, você fica doente. Ao mesmo tempo, no trabalho, você não pode ficar nervoso. É preciso trabalhar com alegria e fazer o que gosta. Eu faço o que gosto. Conheço todos os tipos de tecido, todos os panos. Não gosto de tirar férias”, disse à época.
Aos cem, mantinha uma rotina diária de exercícios e ia dirigindo para o trabalho todos os dias. Seguia no mesmo posto de gerente, orientando funcionários mais novos e acompanhando as vendas que, em muitos casos, só fechavam com o atendimento dele.
Em janeiro deste ano, quebrou mais uma vez o próprio recorde e comemorou o 86º ano de empresa. O idoso estava afastado das atividades por problemas de visão, mas compareceu à RenauxView para receber as homenagens. Em abril, também recebeu a visita dos colegas de trabalho em casa para comemorar o aniversário de 102 anos.
Pai de oito filhos, Orthmann era cidadão querido da população de Brusque. Durante a pandemia, foi o primeiro da cidade a ser vacinado contra a Covid-19 e, em 2022, reuniu mais de 700 convidados na festa de aniversário de cem anos.
Na ocasião, disse à Folha que o trabalho era um propósito para se manter ativo. “Se as pessoas não têm um motivo para se levantar da cama, elas não vivem”, disse ele.
A morte foi confirmada pela empresa em comunicado nas redes sociais. “Que o exemplo, as lembranças e as valiosas contribuições de Walter permaneçam vivas em nossas memórias e sirvam como inspiração para as gerações futuras”, diz o texto.
“A partida de Walter deixa um grande vazio em nosso cotidiano, sendo profundamente sentida por todos que tiveram o privilégio de compartilhar momentos e experiências com ele”, lamenta a empresa. O velório ocorreu nesta sexta e continua no sábado, dia em que será sepultado, em sua cidade-natal.
Por Helena Schuster

Faz tempo que a jovem Ceiça Ribeiro é amiga deste repórter Gato Preto e faz tempo que conheço sua competência, seu talento para a comunicação. Para citar só alguns dos seus predicados, pessoa de fino trato, sempre gentil, educada, de voz doce e bem colocada.
Ela já atuou em emissoras de rádio de Macaíba e durante muito tempo foi a voz feminina do Midway Mall. Certamente, quase todos os leitores desta revistacoite já a ouviram por lá. Desde as saudações nas cancelas dos estacionamentos, aos informes no serviço de sonorização do shopping.
Agora, a menina da Rua José Coelho alça outros voos. Foi aprovada com destaque no recente concurso público da Câmara Municipal de Natal, o primeiro que aquela Casa realizou para a área de eventos, e já está atuando no Cerimonial de lá, lidando com atos protocolares, zelando pelas formalidades, atuando na produção de eventos oficiais, atos solenes…
Parabéns, Ceiça!
Seu sucesso representa muito bem a força das mulheres conterrâneas de Auta de Sousa.
Continue seguindo! Vá longe!

Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912, na cidade baiana de Itabuna. O escritor fez faculdade de Direito, no Rio de Janeiro, mas não exerceu a profissão de advogado. Durante alguns anos, viveu no exterior, por questões políticas. E fez sucesso mundial com seus romances.
O romancista faz parte da Geração de 1930 do modernismo brasileiro. Suas obras, portanto, valorizam a cultura regional e apresentam crítica sociopolítica. O romance Gabriela, cravo e canela é um dos livros mais famosos desse autor, que faleceu em 6 de agosto de 2001, em Salvador.
Seu pai era fazendeiro, produtor de cacau. Com um ano de idade, o escritor foi morar em Ilhéus. Mais tarde, estudou no colégio Antônio Vieira e no ginásio Ipiranga, na cidade de Salvador, onde trabalhou no Diário da Bahia.
No ano de 1923, seu professor, o padre Luiz Gonzaga Cabral (1866-1939), descobriu que o menino tinha talento como escritor, ao ler uma de suas redações. A partir daí, passou a estimular o pequeno Jorge a ler clássicos da literatura mundial. Dois anos depois, o rapaz fugiu do colégio interno e viajou até Sergipe, onde estava a casa de seu avô paterno.
Em 1931, publicou seu primeiro livro, o romance O país do carnaval. Era o início de uma carreira literária de grande sucesso. Dois anos depois, se casou com Matilde Garcia Rosa (1913-1986). Desse relacionamento, nasceu sua filha Lila. No Rio de Janeiro, em 1935, o autor se formou em Direito.
Era comunista e, por isso, foi preso e teve seus livros queimados em praça pública. Assim, fugindo da perseguição do Estado Novo, viveu na Argentina e no Uruguai durante os anos de 1941 e 1942, quando voltou ao Brasil e foi novamente preso. Solto, foi mantido sob vigilância.
Então, escreveu para a Folha da Manhã, de São Paulo, além de atuar como secretário do Instituto Cultural Brasil-União Soviética. Em 1943, voltou a publicar romances no Brasil, após seis anos de proibição de suas obras. Já em 1944, o casamento com Matilde chegou ao fim.
No ano seguinte, foi eleito deputado federal por São Paulo, como membro do Partido Comunista Brasileiro. Ainda no ano de 1945, ele se casou com a escritora Zélia Gattai (1916-2008). Como deputado, Jorge Amado criou a lei que protege a liberdade de culto religioso.
“Mas, com a volta à ilegalidade do PCB, em 1947, o escritor, a esposa e o filho foram viver na França. Assim, quando a primeira filha do autor faleceu, em 1949, ele não pôde comparecer ao enterro. No ano seguinte, foi expulso da França, por ser comunista. Era o início da Guerra Fria.
Então, se mudaram para Praga, onde nasceu sua segunda filha. Voltaram ao Brasil em 1952 para viver no Rio de Janeiro. Nos Estados Unidos, durante o macarthismo, a entrada do autor e de suas obras foi proibida naquele país. Em 1955, o romancista decidiu se afastar da política e se dedicar apenas à literatura.
Com a venda dos direitos, para o cinema, do romance Gabriela, cravo e canela, em 1961, o escritor mandou construir sua casa em Salvador, onde residiu de 1963 até a sua morte, em 6 de agosto de 2001. Era o fim de uma vida marcada pela atuação política e pelo sucesso mundial como romancista.
Jorge Amado foi o quinto ocupante da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é o escritor José de Alencar (1829-1877). Eleito em 6 de abril de 1961, o autor tomou posse em 17 de julho do mesmo ano.
Principais características da obra de Jorge Amado:
O escritor Jorge Amado faz parte da Geração de 1930 do modernismo brasileiro. As obras de autores dessa geração apresentam as seguintes características:
Neorregionalismo: elementos da cultura regional; no caso de Jorge Amado, da cultura baiana.
Ausência de idealizações: ao contrário do regionalismo romântico, as obras da Geração de 30 não apresentam caráter idealizador.
Neorrealismo: as narrativas são realistas, mas, ao contrário do realismo do século XIX, apresentam parcialidade por parte do narrador.
Crítica sociopolítica: a obra mostra os problemas sociais e a negligência das autoridades políticas.
Determinismo: o destino de alguns personagens é determinado pelo meio em que vivem, mas, ao contrário do determinismo naturalista, no modernismo, o narrador vê solução para o problema, caso haja uma transformação do meio.
Valorização do espaço: o meio se torna imprescindível para a construção do personagem.
Linguagem objetiva: o texto é claro e direto, visando ao entendimento imediato do(a) leitor(a).
Narrativa envolvente: por possuir uma intenção política, o narrador busca envolver os leitores no enredo, para que eles não abandonem a leitura.
Obras de Jorge Amado:
O país do carnaval (1931) — romance.
Cacau (1933) — romance.
Suor (1934) — romance.
Jubiabá (1935) — romance.
Mar morto (1936) — romance.
Capitães da areia (1937) — romance.
A estrada do mar (1938) — poesia.
ABC de Castro Alves (1941) — biografia.
O Cavaleiro da Esperança (1942) — biografia.
Terras do sem fim (1943) — romance.
São Jorge dos Ilhéus (1944) — romance.
Bahia de Todos os Santos (1945) — guia.
Seara vermelha (1946) — romance.
O amor do soldado (1947) — peça de teatro.
O mundo da paz (1951) — relato de viagem.
Os subterrâneos da liberdade (1954) — romance.
Gabriela, cravo e canela (1958) — romance.
A morte e a morte de Quincas Berro d’Água (1961) — romance.
Os velhos marinheiros ou O capitão de longo curso (1961) — romance.
Os pastores da noite (1964) — romance.
Dona Flor e seus dois maridos (1966) — romance.
Tenda dos milagres (1969) — romance.
Teresa Batista cansada de guerra (1972) — romance.
O gato Malhado e a andorinha Sinhá (1976) — infantojuvenil.
Tieta do Agreste (1977) — romance.
Farda, fardão, camisola de dormir (1979) — romance.
Do recente milagre dos pássaros (1979) — contos.
O menino grapiúna (1982) — memórias.
A bola e o goleiro (1984) — infantil.
Tocaia grande (1984) — romance.
O sumiço da santa (1988) — romance.
Navegação de cabotagem (1992) — memórias.
A descoberta da América pelos turcos (1994) — romance.
O milagre dos pássaros (1997) — fábula.
Hora da guerra (2008) — crônicas.
Por Warley Souza
Professor de Literatura
Veja mais sobre “Jorge Amado” em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/jorge-amado.htm
Josivaldo era amigo deste repórter Gato Preto. Merece a menção que o fazemos neste domingo de lembranças.
Em sua memória, Marcelo Augusto, memorialista e colunista compulsório desta Revista, escreveu:
“A arte teatral macaibense sempre foi muito forte, rica, robusta, cujos personagens de ontem e de hoje sobem elegantemente nos palcos que a vida propicia.
Hoje me lembro de JOSIVALDO TAVARES DE SOUZA, que foi ator, produtor, dramaturgo e funcionário público municipal de Macaíba. Um menino esforçado, organizado e boa gente.
Era muito talentoso, sabia encenar, gostava muito disso. Macaíba lhe deve este reconhecimento, pois nasceu, viveu e morreu aqui, pisando nos palcos que lhe facultavam.
Sempre trazia em sua pasta uma peça escrita, pronta para ser mostrada ao público, principalmente o da sua terra.
Dias antes do seu falecimento conversamos muito sobre teatro.
Não pôde estrear sua última peça, foi embora.
O palco de Josivaldo será sempre o coração do seu público que permanece aqui (…)
Até breve!”
Foto: Cedida

Com a campanha política quase ganhando as ruas e as datas se entrelaçando, as redes sociais do amigo Josian Florêncio, conhecido por todos como Jó, fizeram questão de lhe lembrar esta passagem que ainda faz seu peito apertar. Prontamente ele reenviou a este Gato Preto. Na foto, três dos que empunharam microfones na campanha política de 2020. Este repórter se fez ladear por Jó e pelo inesquecível César, uma das vozes mais fortes e competentes que já ouvimos por aqui. Ele nos deixaria um ano depois deste registro, em 28 de setembro de 2021.
“Hoje me bateu saudade do meu grande amigo e irmão César (Fofão)! No início da campanha de 2020 ele me confidenciou que só entraria naquele projeto profissional por nossa amizade, já que não pretendia mais se envolver em campanhas. Mas a paixão pela adrenalina da política falou mais alto e fizemos aquela campanha com gás total, num entrosamento único, foi memorável. Mal sabíamos que seria a derradeira. Saudades, meu amigo!” – Texto enviado ao blog por Jó, comunicador.

Sobre Luiz Gonzaga não precisamos dizer nada! Basta sentir o legado que ele deixou para a nossa identidade como nordestino. Acreditem! O nordeste seria muito menos colorido sem os versos de Gonzaga, muito mais árido e esquecido; se o nosso São João já está tão descaracterizado, imaginem sem as influências gonzagueanas?!
Definitivamente, Luiz Gonzaga vive na alma de cada nordestino que sente orgulho de sua terra. Foi e continuará sendo o brasileiro do século, dos séculos.
Ele nos deixou aos 76 anos, num 02 de agosto como este, em 1989. Olhando para a lua, celebremos seus quase 112 anos.
Sua bênção, Mestre Gonzaga!
Nota do Gato Preto: O mês de agosto é cruel. Assim como Luiz Gonzaga, foi data de morte de pilares da nossa cultura, como Jorge Amado, Dorival Caymmi, Drummond, Raul Seixas, Agepê, Dalva de Oliveira, além de dois grandes estadistas: JK e Getúlio Vargas.

Um dos mais respeitados pesquisadores do folclore e da etnografia no Brasil, Luís da Câmara Cascudo viveu quase toda a sua vida no Rio Grande do Norte. Lia, recebia visitas e escrevia muito. Em suas viagens, fazia amigos e ouvia histórias. Trocava correspondências com bastante frequência.
Por ser um homem muito querido, Cascudo era constantemente abordado por pessoas, seja por escrito ou ao pé do ouvido, e acabava sendo um constante receptor de informações de toda a sorte, incluindo relatos de causos que embalaram o sono ou provocaram sustos em gerações e gerações. Como historiador, enriqueceu a sua obra com pesquisas sobre o homem no Brasil, deixando um precioso legado repleto de referências da sabedoria popular e da cultura brasileira.
Em 1954, foi lançado o seu trabalho mais importante como folclorista, o Dicionário do Folclore Brasileiro, reconhecido no mundo inteiro. No campo da etnografia, publicou vários títulos importantes, como Rede de Dormir, em 1959, e História da Alimentação no Brasil, em 1967. Mais tarde, veio Geografia dos Mitos Brasileiros, com o qual recebeu o Prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Cascudo trabalhou até os seus últimos anos de vida, tendo sido agraciado com dezenas de honrarias e prêmios. Morreu aos 87 anos. Até hoje, a sua obra é preservada e divulgada através do Instituto Câmara Cascudo (Ludovicus), que mantém o acervo do autor na mesma casa em que ele residiu por cerca de 40 anos na cidade de Natal.
Grupo Editorial Global

Filho do alfaiate Carlos Beath de Macedo e de Hilda Paula, Paulo Sérgio Macedo nasceu no município de Alegre, no Espírito Santo, em 10 de março de 1944. Ainda criança, participou de um concurso de calouros e fazia pequenas apresentações na cidade.
Em 1968, o cantor Paulo Sérgio lançou seu primeiro grande sucesso — Última Canção. O disco foi um sucesso de vendas em todo o país.
Durante toda a sua carreira, muito curta, por sinal, gravou 13 discos e algumas coletâneas, chegando ao impressionante número de 10 milhões de cópias vendidas em todo o Brasil.
Teve uma carreira meteórica, apesar de ser considerado um imitador de Roberto Carlos. Este fato aborrecia Paulo Sérgio. O rei Roberto Carlos chegou a lançar um disco com o título — O inimitável.
Em 1972, o cantor se casou em segredo com Raquel Telles Eugênio, filha de ricos fazendeiros da pequena cidade de Castilho, interior de São Paulo.
Em 1974, nasceu seu filho Rodrigo. Um ano depois, Paulo Sérgio gravou um dos seus mais conhecidos sucessos — Quero Ver Você Feliz. A princípio, a música foi uma homenagem ao filho recém-nascido. Foi pai de Rodrigo Telles Eugenio Macedo, Jaqueline Lira de Macedo, Paula Mara de Macedo.
Em 1977, a música — Eu Te Amo Eu Te Venero— consolidou o artista, que chegou, por conseguinte, a ser cogitado como sucessor de Roberto Carlos.
Em 27 de julho de 1980, o cantor se apresentou no programa Clube do Bolinha, na Tv Bandeirantes. Logo após a apresentação, já na saída, foi xingado e hostilizado por uma mulher que se dizia fã. O cantor, que tinha outras duas apresentações no mesmo dia, tentou ignorar a mulher, no entanto, ela atirou uma pedra em seu Camaro de cor branca. Paulo Sérgio, por conseguinte, ficou irritado e chegou a correr atrás da mulher. Neste mesmo dia, posteriormente, queixou-se de dores fortes na cabeça, mas não foi ao médico e seguiu para suas apresentações.
No segundo show, após cantar a quinta canção, inegavelmente abatido, o cantor Paulo Sérgio pediu desculpas ao público, e retirou-se do palco. Antes, prometeu terminar a apresentação em uma outra ocasião — promessa que nunca seria cumprida.
O cantor Paulo Sérgio teve uma morte prematura, aos 36 anos, em decorrência de um derrame cerebral às 20h30 do dia 29 de julho de 1980. Seu corpo foi sepultado no cemitério do Caju no Rio de Janeiro a pedido de seus pais.
Roberto Carlos não pôde comparecer, mas enviou uma enorme coroa de flores com os seguintes dizeres: “Meu coração está em luto pois morreu meu grande ídolo”.
Paulo Sérgio foi um artista que nunca conheceu o fracasso. É assim que o jornalista, historiador e autor de Eu não sou cachorro, não e Roberto Carlos em detalhes, Paulo César de Araújo, define seu xará.
Paulo Sérgio de Macedo foi um dos precursores de um estilo de balada romântica, mais tarde chamado de brega, que influenciou toda uma geração de cantores e compositores populares surgidos a partir de 1968, como Odair José, Fernando Mendes e Fredson, entre outros.
O pesquisador lembra que, embora se credite diretamente ao trabalho de Roberto Carlos a existência dos artistas chamados de cafonas, houve forte influência de Paulo Sérgio nesse processo.
“Dessa geração dos anos 1970, a geração AI-5, ele é um dos mais representativos. Foi ele quem retrabalhou a fórmula da balada romântica e abriu as portas do mercado discográfico para uma nova geração de cantores populares, que começava a carreira num momento em que o ciclo da Jovem Guarda chegava ao fim, os tropicalistas estavam no exílio e o próprio Roberto estava num processo de transição. Paulo facilitou o sucesso de toda uma turma que surgia”, constata.
Outro ponto destacado pelo historiados eram as comparações entre Paulo Sérgio e seu conterrâneo capixaba Roberto Carlos — como já destacamos. Com timbres parecidos e, para alguns, fisicamente semelhantes, a mídia da época fez questão de apimentar a disputa.
O historiador, relembra, que quando surgiu, Paulo imitava seu grande ídolo, Altemar Dutra, entretanto, quando gravou o primeiro disco, em 1968, já foi no estilo do Rei.
“O Roberto era a grande referência da música jovem na época. E era meio natural que quem despontasse fosse influenciado. O primeiro disco do Paulo foi na linha do Roberto e muitos o apontavam como o novo Rei. Até o Chacrinha afirmou isso”, lembra. E a própria gravadora de RC explorou a polêmica quando lançou, no mesmo ano, o LP O inimitável. “Paulo sempre disse que essa ‘imitação’ era algo natural, que não era forçada. Eles tinham vozes parecidas. Mas ele ganhou autonomia, seguiu fazendo sucesso, mas não superou o Roberto”, opina.
No final da década de 80, Paulo Sérgio foi homenageado através do histórico LP: Paulo Sérgio & Amigos, um lançamento especial da gravadora Copacabana em parceria com o SBT. No disco póstumo, foram feitas junções das vozes de Paulo Sérgio com os maiores expoentes da MPB na época, como: Antônio Marcos, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Perla, Chitãozinho & Xororó, Ângelo Máximo, Jair Rodrigues, entre outros a emocionante participação do próprio filho de Paulo Sérgio então com 12 anos, cantando a música: Quero ver você feliz (Meu filho). Foram feitas modificações na letra original pelo compositor Carlos Roberto para que pai e filho pudessem cantar juntos.
O disco foi um projeto audacioso e inédito no mundo inteiro, vendendo mais de dois milhões de cópias e ganhou vários discos de ouro e de platina. Na época, o LP foi feito exclusivamente para ajudar Rodrigo que passava por problemas financeiros e todos os artistas participantes cederam seus direitos a criança.
O filho Rodrigo, que era mágico profissional, morreu em 2016, aos 42 anos, vítima de esclerose múltipla.
Paulo Sérgio foi um artista que encantou multidões e tem fãs até os dias atuais. Esta é mais uma história que merece ser contada pelo Tudo Em Dia.
TV Tudo em Dia

Nascido no dia 7 de abril de 1941, Mussum cresceu no Morro da Cachoeirinha, em Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro. Filho de família humilde, não foi o humor que prevaleceu entre suas primeiras escolhas profissionais. Serviu por vários anos na Aeronáutica e, paralelamente, começou uma carreira musical. No início dos anos 1960, criou, junto com amigos, o grupo Os Sete Morenos – que, anos mais tarde, mudaria o nome para Originais do Samba. Os músicos gravaram mais de dez LPs e ganharam três discos de ouro: ‘Tragédia no Fundo do Mar’, ‘Esperanças Perdidas’ e ‘Do Lado Direito da Rua Direita’.
O ator estreou na Globo, em 1966, no programa humorístico ‘Bairro Feliz’ (no ar desde o ano anterior), com os colegas do Originais do Samba. Consta que, nesta época, o comediante Grande Otelo apelidou Antônio Carlos Bernardes Gomes de Muçum, que viraria seu nome artístico com a mudança na grafia: Mussum.
No ano seguinte, foi convidado pelo comediante Chico Anysio para trabalhar na TV Tupi, onde participou do programa ‘Escolinha do Professor Raimundo’. Nesta época, criou o jeito de falar que se tornaria sua marca registrada, ao pronunciar as palavras com a última sílaba terminando em “is” – como em “portuguesis” ou “aritimetiquis”. Em 2008, por ocasião da eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos, essa pronúncia serviu de mote para a galhofa que foi a criação de uma imagem em que Mussum aparecia travestido de presidente americano – inspirada no cartaz do político criado pelo artista gráfico Shepard Fairey. Abaixo da paródia, lia-se: “Obamis”. A estampa, criada por um designer carioca, virou febre e começou a aparecer em várias camisetas.
Ainda no fim dos anos 1960, Mussum participou de programas na TV Excelsior e na TV Record. Nesta última, no início dos anos 1970, contracenou com os humoristas Renato Aragão, o Didi, e Manfried Santana, o Dedé, no programa ‘Os Insociáveis’, que seria um embrião do grupo ‘Os Trapalhões’. Em 1974, o trio foi para a TV Tupi para estrelar um programa com três horas de duração, desta vez com o nome com o qual passariam a se apresentar: ‘Os Trapalhões’. Enquanto grupo, porém, os ‘Trapalhões’ já existiam desde 1966, na TV Excelsior, no programa ‘Adoráveis Trapalhões’ – que contava, além de Renato Aragão e Dedé Santana, com Wanderley Cardoso, Ivon Curi e Ted Boy Marino. Na TV Tupi, o trio passou a contar com o comediante mineiro Mauro Gonçalves, o Zacarias, formando o quarteto que consagraria o grupo: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.
‘Os Trapalhões’ foram contratados pela Globo, em 1976, tendo estreado em dois programas especiais, exibidos em janeiro e fevereiro de 1977. Logo em seguida, em março, os comediantes estrearam um programa próprio, ‘Os Trapalhões’, que ficou no ar até 1994. Durante este tempo, o humorístico passou por algumas alterações – tendo sido as mais significativas a presença do público assistindo aos esquetes (1982), as gravações externas (1983), a transmissão ao vivo (1988) e a inserção de quadros de personagens fixos, como ‘Trapa Hotel’ (1990), ‘Vila Vintém’ (1992), ‘Agência Trapa Tudo’ (1992) e ‘Nos Cafundós do Brejo’ (1993) –, mas manteve como base os esquetes isolados protagonizados pelo quarteto.
O programa ficou no ar com edições inéditas até 1994, ano em que Mussum morreu – o quarteto já tinha perdido Zacarias, que havia morrido em 1990. De 1994 a 1995, foram exibidos os melhores momentos desde 1977.

Durante os primeiros anos dos ‘Trapalhões’, Mussum conciliou suas atividades na televisão com sua carreira nos Originais do Samba. Em 1981, no entanto, ele decidiu deixar o grupo para se dedicar integralmente à carreira de humorista. Segundo ele próprio contou em entrevistas, o público dos Originais do Samba começava a ir aos shows mais para ouvir suas piadas do que para ouvir música. Em um show no interior de São Paulo, chegou a ser anunciado como “o trapalhão Mussum e os Originais do Samba”, e o comediante se deu conta de que era a hora de largar a carreira musical.
Entre 1983 e 1984, eles passaram por uma crise que quase os levou à separação. Renato Aragão chegou a fazer um filme sozinho, ‘O Trapalhão na Arca de Noé’ (1983), de Del Rangel, enquanto os três colegas fizeram, sem ele, o filme ‘Atrapalhando a Suate’ (1983), de Victor Lustosa e Dedé Santana. Seis meses após terem anunciado a separação, eles se reconciliaram e voltaram a gravar juntos. No carnaval de 1988, foram homenageados no tema do samba-enredo da escola Unidos do Cabuçu que desfilou no Rio de Janeiro.
Durante sua passagem pela Globo, Mussum também participou dos programas especiais da campanha ‘Criança Esperança’, promovida pela emissora e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em prol dos direitos da infância e da adolescência. A campanha foi lançada no programa em homenagem aos 20 anos de carreira dos ‘Trapalhões’, exibido em 28 de dezembro de 1986.
A carreira de Mussum no cinema foi ligada aos ‘Trapalhões’, desde o primeiro filme, ‘O Trapalhão no Planalto dos Macacos’ (1976), de J.B. Tanko. Daí em diante, foram mais de 20 filmes com o grupo, até ‘Os Trapalhões e a Árvore de Juventude’ (1991), de José Alvarenga Jr. Trabalhou também como compositor no já citado ‘Atrapalhando a Suate’ e em ‘Os Trapalhões no Rabo do Cometa’ (1986), dirigido pelo amigo Dedé Santana.
Em julho de 1994, Mussum submeteu-se a um transplante de coração. Ele sofria de miocardiopatia, doença que provoca o inchaço do coração a ponto de comprometer seu funcionamento. Uma infecção hospitalar, no entanto, provocou sua morte, aos 52 anos, no dia 30 daquele mês. Ele deixou mulher e quatro filhos, entre eles Mussunzinho, que, embora não seja comediante, seguiu a carreira do pai e hoje está na televisão.
O GLOBO
