Macaíba sente saudade de Seu Antônio de Almeida
Há pouco mais de um ano encantou-se o mais antigo bodegueiro de Macaíba, Seu Antônio de Almeida.
Mais uma vez o Gato Preto recorre aos textos do amigo memorialista Marcelo Augusto para contar um pouco da história deste homem que figurou por gerações no cotidiano de nossa cidade.
Vamos à leitura:
“Aos poucos vamos perdendo os grandes baluartes, que são aquelas pessoas significativas para a história e para a memória de um povo.
Antônio de Almeida mantinha sua mercearia no alto da Rua Major Antônio Delmiro, a antiga Rua da Usina. Desde o apogeu econômico, quando a usina Nóbrega & Dantas era o maior centro aglutinador do emprego e da renda macaibense, isso nos anos 70, 80 e até meados dos anos 90 do século passado, cujo alpendre da mercearia era o palco dos boêmios, conversadores e amantes da cerveja gelada, pois era lá que se encontrava a cerveja mais gelada da minha Macaíba, além de uma conversa boa e sadia, sem falar do delicioso “tira-gosto” de carne de sol.
Sua mercearia era completa, de tudo tinha, além do fiel e desinteressado atendimento. Foi um homem de sabedoria ímpar, principalmente no trato humano, sereno, alicerçado na honradez e grande cultivador de boas amizades.
‘Marcelo de Seu Romão’, era assim que ele me chamava, e agora podemos até chamar de Rua da Usina Antônio de Almeida, pois será impossível desvincular aquela rua do seu modesto, simpático e saudoso morador.
(…) mestre Antônio de Almeida, Macaíba saberá cultuar sua memória.”
📸 Débora Tavares
📝 Marcelo Augusto