Homenagem

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Macaíba sente saudade de Seu Antônio de Almeida

Há pouco mais de um ano encantou-se o mais antigo bodegueiro de Macaíba, Seu Antônio de Almeida.

Mais uma vez o Gato Preto recorre aos textos do amigo memorialista Marcelo Augusto para contar um pouco da história deste homem que figurou por gerações no cotidiano de nossa cidade.

Vamos à leitura:

“Aos poucos vamos perdendo os grandes baluartes, que são aquelas pessoas significativas para a história e para a memória de um povo.

Antônio de Almeida mantinha sua mercearia no alto da Rua Major Antônio Delmiro, a antiga Rua da Usina. Desde o apogeu econômico, quando a usina Nóbrega & Dantas era o maior centro aglutinador do emprego e da renda macaibense, isso nos anos 70, 80 e até meados dos anos 90 do século passado, cujo alpendre da mercearia era o palco dos boêmios, conversadores e amantes da cerveja gelada, pois era lá que se encontrava a cerveja mais gelada da minha Macaíba, além de uma conversa boa e sadia, sem falar do delicioso “tira-gosto” de carne de sol.

Sua mercearia era completa, de tudo tinha, além do fiel e desinteressado atendimento. Foi um homem de sabedoria ímpar, principalmente no trato humano, sereno, alicerçado na honradez e grande cultivador de boas amizades.

‘Marcelo de Seu Romão’, era assim que ele me chamava, e agora podemos até chamar de Rua da Usina Antônio de Almeida, pois será impossível desvincular aquela rua do seu modesto, simpático e saudoso morador.

(…) mestre Antônio de Almeida, Macaíba saberá cultuar sua memória.”

📸 Débora Tavares
📝 Marcelo Augusto

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27 anos sem Paulo Freire

É época de saudarmos a memória do Pai da Pedagogia, que nos ensinou coisas fundamentais como a indissociabilidade entre a educação e o amor, a transformação social.

Há pouco tentaram desmoralizar seu legado, mas jamais conseguiram nada que caírem no ridículo.

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

Nordestino valente como nós, salve Paulo Freire!

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Parabéns, professor Márcio Santos!

É tempo de parabenizar o amigo Márcio Santos, que celebra seu meio século neste 02 de maio.

Hoje Márcio constrói sua História como professor da rede estadual de Pernambuco. Em Macaíba, militou em várias frentes, por diversas causas sociais, fez política e muitos amigos. De reforma agrária à democratização da radiodifusão, nunca fugiu das lutas.

Parabéns, Márcio!

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Mestre Augusto e Paulino Marceneiro: de pai para filho, gerações de trabalhadores que orgulham Macaíba

O Gato Preto pediu licença ao amigo Marcelo Augusto para contar, baseado em um dos seus textos, um pouco da História de uma típica família de trabalhadores macaibenses. Típica, mas única, como todas as outras são, construída em torno do nobre ofício da marcenaria.

Vamos à leitura:

“Augusto Cabral da Silva, um homem simples que marcou época na terrinha, um cidadão honrado que hoje é o nosso destaque.

Quem não lembra de Seu Augusto Marceneiro, que foi por muitas décadas um grande profissional na cidade de Macaíba, com sua marcenaria estabelecida no final da Rua Dona Emília.

Homem sábio, profundamente correto, kardecista, excelente amigo, pai, esposo e cidadão.

Ao lado de Dona Francisca, sua saudosa esposa, constituiu família exemplar, homens e mulheres de caráter ilibado, duma educação traçada no esquadro e no compasso do velho mestre.

Também foi músico, mas eternizou-se na missão sublime da marcenaria, a mesma missão de José, o Pai adotivo de Jesus.

Seu ofício foi seguido pelo filho Paulino”, que caminha orgulhoso e disposto em honrar o que seu pai lhe legou. Aliás, Paulino contou ao Gato Preto que, na verdade, tudo começou com seu avô, 150 anos atrás.

Saudoso do Mestre Augusto, Paulino faz questão de lembrar que praticamente nasceu dentro da oficina. Logo cedo começou a construir carrinhos de madeira para a garotada e evoluiu na arte com todo apoio e orientação de seu pai, que sempre é lembrado por ele como um espírito nobre, que criou sua família cercada por bons exemplos e generosidade.

Parabéns, Paulino, e obrigado por ser um macaibense dos melhores.

📸 Wedson Nunes / Acervo da família

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Silvan Freitas de idade nova!

O Gato Preto já ouviu que “Deus está nas coincidências”. Então está explicado que não foi por acaso que o amigo Silvan Freitas nasceu justamente no Dia do Trabalhador.

Este contador de histórias acompanha sua carreira política desde o início e testemunha com honestidade que todo dia é dia de muito trabalho para o ex-vereador.

Atencioso às causas sociais, fez dessa a sua bandeira de luta e tem o reconhecimento popular pela coragem e por seu empenho.

Parabéns, Silvan! Continue firme e forte em sua caminhada.

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Parabéns, Araceli Gomes!

Este 1º de maio é dia de celebrar mais um aniversário do amigo Araceli Gomes. Na foto da postagem ele recebe o abraço da filha Larissa…

E a data também marca uma nova fase em sua carreira profissional. Araceli recebeu o convite e topou compor a equipe de Comunicação da Prefeitura de Macaíba. Vai agregar muito e reforçar o time, que já é nota 10.

O Gato Preto lhe deseja vida longa e saúde!

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Que abril de tantas perdas!

Gênios: Gonzaguinha e Gonzagão, seu pai

Num 29 como este, há 33 anos, morreu Gonzaguinha, um dos maiores da nossa música, de letras tão atuais quanto as que ninguém hoje consegue compor. Ele estaria com 79 anos.

Tantos outros gigantes nos deixaram fisicamente em abril… Chico Anysio, Chateaubriand, Lygia Fagundes Telles, Ziraldo, Nelson Gonçalves e Tancredo Neves.

No último final de semana partiram Anderson do Grupo Molejo, o comediante e dublador José Santa Cruz e a cantora sergipana Maria Feliciana, considerada a mulher mais alta do mundo.

Homenagens às suas memórias. Que tenhamos dias de menos despedidas.

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As histórias de Biló!

Milson Teixeira é só um nome próprio de quem talvez seja despercebido pela maioria. Biló, não! Este tem figura marcante pelas esquinas, sempre atento à cena cotidiana. Como um cronista do povo, não raramente afia sua língua nos bares da cidade e refina suas opiniões em aperitivos.

Biló nasceu em 1966, quando o Brasil vivia subjugado às baionetas da ditadura e o general Costa e Silva foi escolhido presidente.

Filho dos saudosos ex-vereador Manoel Pixilinga e da professora Lourdes Campina, o menino foi criado correndo pela rua da cruz, pertinho do Bar Gato Preto, escorrendo sua infância pela rua do cartório. Do Gato Preto guarda lembranças das mais variadas sortes. Dos movimentados torneios de sinuca às confabulações de onde saiam até importantes decisões políticas. Numa época sem internet, o bar mantinha uma rede social com muito mais verdade que esta.

Aprendeu as letras na Escola Estadual Auta de Souza, de onde saiu para cursar o ensino médio no Alfredo Mesquita.

Mas Biló considera que o jovem Milson foi mesmo forjado no esporte. Entre passes, dribles, gols, vitórias e derrotas, na infância frequentava os campinhos de pelada ao lado dos amigos de sempre… Júnior Coquinho, João Meliu, Marcelo Augusto, Márcio e Sandro Bezerra; Gilson, Gilberto e Gilmar Nogueira, além de tantos treinados por Augusto Neto.

Sonhando em seguir carreira, começou na Escolinha do Flamenguinho. De lá, passou pelo Santa Cruz e pelo Cruzeiro, que lhe abriu portas para o ABC aos 19 anos. Orientado pelos professores Wallace Costa e Cacau, ajudou o clube a conquistar seu tricampeonato em 1985 pela categoria juniores.

Mas o sonho deu lugar às necessidades. Homem, era hora de driblar os problemas, não mais os adversários nas partidas. A bola virou lembrança e Biló passou a se dedicar ao mundo político, assessorando lideranças. A primeira delas foi Chico Cobra, ex vice-prefeito e vereador.

Combativo, persuasivo, posicionado e presente em todas as campanhas da história recente, é soldado importante em qualquer front.

Já foi boêmio inveterado. Hoje navega por mares menos dionisíacos.

Orgulhoso, faz um bom trabalho na Policlínica Municipal.

Abraço ao amigo competente e irreverente!

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Macaíba: Nivaldo e seu ofício de consertar

Mais uma personalidade que dignifica nossa Macaíba… Nivaldo é gente do povo, como a gente!

A ele toda a cidade recorre na hora do sufoco, na hora da pressão, na hora do calor.

Faz 31 anos que seu trabalho é resolver nossa vida reparando liquidificadores, ferros de passar, ventiladores e panelas, utensílios essenciais para qualquer um.

Começou como ajudante de seu Manoel Dantas na oficina que funcionava na rua Dinarte Mariz, mas hoje seu próprio negócio é um dos endereços mais frequentados das Cinco Bocas.

Com 53 anos, Nivaldo é filho de Dona Maria do Carmo e do saudoso Seu Estevam da Laranja, tido por seus contemporâneos como o mais habilidoso descascador de laranjas do Brasil. Era uma atração! Muita gente se reunia para vê-lo em sua rapidez e perfeição. Às vezes o que menos interessava à freguesia era a própria fruta, mas o show.

Parabéns, Nivaldo! Neste mundo cada vez mais descartável e cheio de problemas, consertar as coisas nunca foi tão importante e necessário.

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De sindicalista a jesuíta, Janilson Cabeleireiro

Com todo respeito à nova e talentosa geração de barbeiros, antiguidade é posto quando tratamos de Manoel Janilson Brito Silva, que há 34 anos se orgulha por ser “Janilson Cabeleireiro”.

Ele tem uma trajetória interessante, com desafios e experiências intensas em várias áreas. Aos 15 anos ingressou no seu primeiro emprego, na Famosa, em 1980. Depois de quatro anos, foi integrar as fileiras do Exército, de onde saiu um ano depois como Cabo e experiente na operação de máquinas de construção. Mas o Janilson que sentou praça, não foi o mesmo que saiu do quartel. Despertou para a política! Voltando à vida civil, foi readmitido na fábrica. Daí, passou à militância sindical, liderando o movimento inclusive como dirigente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias Têxteis do RN. Protagonista, Janilson participou ativamente de ações ligadas à Igreja, como de comissões da CNBB, Pastoral Operária… chegando até a se recluir por um período como jesuíta no Mosteiro de São Bento, em João Pessoa.

Por sua forte atuação sindical, diz ter sido perseguido. Os tempos eram outros! Foi demitido e não conseguiu outro emprego. Nesta fase difícil, uma revelação divina, segundo Janilson, traçou seu destino, mostrou que deveria dedicar-se aos serviços de beleza. E assim foi! Escutou os sinais e investiu na sua formação com forte influência e orientação do tio Osemildo Brito. Em são Paulo, matriculou-se em cursos para cabeleireiros especializados em cortes masculinos e femininos. Durante mais de um ano, de segunda a sábado, em dedicação integral, estudou e praticou muito sob a supervisão de experientes profissionais. Aprovado com destaque em toda a sua formação, Janilson voltou à Macaíba em 1990 decidido a ser o grande profissional que conhecemos. No dia 26 de outubro daquele ano inaugurou seu salão num primeiro endereço. Hoje na Rua Dona Emília, o estabelecimento é ponto de referência, lugar de bom papo, de um serviço de excelência, de fama que vai muito além da nossa freguesia. A agenda está sempre cheia.

Macaíba orgulha-se por ser terra de homens como Janilson Cabeleireiro. Forte em opiniões, talentoso na tesoura e amigo dos amigos.

Um forte abraço do Gato Preto, Janilson!

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Na cigarreira de Luiz Virgínio

A cigarreira de seu Luiz Virgínio é um ponto cardeal bem no centro de Macaíba. Fica no caminho de todo mundo. Mais central impossível!

Há anos é ponto de encontro e, apesar do pouco espaço, é gigante em acolhida e histórias. O macaibense que nunca passou por lá para contar ou ouvir histórias e tomar um cafezinho, pode rasgar a certidão de nascimento.

Seu Luiz Virgínio nasceu em São Gonçalo do Amarante há 76 anos, quando o Brasil era governado pelo General Eurico Gaspar Dutra. Com Dona Ivonete teve dois fihos. Na Utinga, comunidade são-gonçalense das mais antigas, abençoada por Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Seu Luiz viveu 45 anos… mas em 1993 pegou o rumo de Macaíba, abriu sua cigarreira e nunca mais arredou o pé.

No início dos anos 2000 a fumaça de sua churrasqueira era vista de longe. Uma dose de qualquer coisa, um pedaço de carne e um bom papo eram pretextos perfeitos para todo mundo passar por ali. Hoje, o churrasquinho não faz mais parte do cardápio, a churrasqueira apagou, mas a simpatia do anfitrião continua acesa, sempre esperando velhos, novos e futuros amigos para conversar sobre qualquer assunto; sobre o passado, sobre o que se passa na rua, sobre o futuro, sobre a política daqui ou da Ucrânia… é permitido até mentir, mas com talento!

Como o Gato Preto começou o texto, em Macaíba tem norte, sul, leste, oeste e a cigarreira de Luiz Virgínio.

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Perdemos a amiga Jussielly

É com muita tristeza que lamentamos a passagem da amiga Jussielly.

Pessoa das melhores! Divertida, jovem, de sorriso farto, mãe…

Atualmente residia em Cachoeira do Sapo, comunidade que pertence a Caiçara do Rio do Vento. No município de Riachuelo era servidora pública com importante serviço prestado em favor da Assistência Social.

Jussielly era irmã de Jota Júnior, liderança política de Macaíba, pré-candidato a vereador.

Ao amigo Jota, família e amigos de Tielly, nosso abraço solidário.

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