É Dia de São Padre Pio: o frade que fez da oração sua única arma

Nascido em uma família simples de camponeses na Itália, Padre Pio demonstrou desde cedo o desejo de seguir a vida religiosa. Aos 16 anos ingressou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, adotando o nome de Frei Pio. Em 1910, recebeu a ordenação sacerdotal e, seis anos depois, foi destinado ao Convento de Santa Maria das Graças, em San Giovanni Rotondo, onde passou a dedicar suas jornadas ao sacramento da confissão e à celebração da Santa Missa. Definia-se como “um pobre frade que reza”, e via na oração a chave que abria o coração de Deus.

Entre os episódios marcantes de sua vida, está o encontro com o jovem sacerdote polonês Karol Wojtyła, em 1948, a quem confessou e que anos mais tarde se tornaria o Papa João Paulo II. O pontífice destacou a profunda ligação de Padre Pio com Cristo, refletida nos estigmas que carregava no corpo. Apesar das provações e incompreensões que enfrentou, sempre afirmou que o sofrimento vivido em comunhão com Jesus era motivo de força e alegria espiritual, tornando-se exemplo de fé e perseverança.

Padre Pio também deixou um legado concreto de solidariedade. Em 1956, fundou a “Casa Alívio do Sofrimento”, hospital de referência voltado ao cuidado dos mais necessitados, que ele chamava de “pupila dos meus olhos”. Faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos 81 anos, e em 2002 foi canonizado por João Paulo II. No dia 23 de setembro, data dedicada a sua memória litúrgica, fiéis de todo o mundo recordam não apenas o sacerdote marcado pelos estigmas, mas o homem que transformou a oração em missão e o amor ao próximo em obra duradoura.

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