UERN inaugura museu virtual que celebra a cultura afro-religiosa

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) inaugurou, nessa terça-feira (21), o museu virtual “Arquivo Afro Religioso”, um marco significativo nas ações contra a intolerância religiosa. A cerimônia de lançamento aconteceu no complexo cultural da Universidade, situado na zona norte de Natal. O objetivo principal do site é dar visibilidade à rica memória e ao patrimônio cultural das comunidades de terreiro do estado.

O evento, que coincidiu com o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, contou com uma exposição fotográfica que retratou o cotidiano e a relevância dessas comunidades. Na sequência, aconteceram apresentações culturais dos grupos Egbe Logun e Estrela da Manhã com manifestações artísticas que celebraram as tradições afro-brasileiras.

Durante o evento, foram homenageados aos guardiões da memória dessas tradições. A programação teve uma celebração ecumênica em defesa da liberdade religiosa, com a participação de representantes das tradições da Jurema, Umbanda e Candomblé.

O “Arquivo Afro Religioso” é um museu virtual que reúne um extenso acervo, composto por documentos, imagens e artefatos que narram a história e a cultura das religiões de matriz africana e indígena no Rio Grande do Norte. A professora Irene Van Den Berg, pesquisadora e curadora da exposição, destacou que a escolha da zona norte para o lançamento foi estratégica, devido à forte presença de casas de culto tradicional na região e ao desejo de fortalecer a conexão da UERN com essas comunidades. Ela também ressaltou que a iniciativa reforça a importância do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, promovendo o respeito e a visibilidade das tradições de matriz africana e ameríndia.

O projeto é fruto de uma colaboração entre o Grupo de Estudos Culturas Populares e Religiosidades, do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e o Grupo de Articulação de Matriz Africana e Ameríndia (Gama). A parceria visa expandir o debate sobre o respeito à diversidade religiosa e criar um espaço para o reconhecimento e valorização das religiões afro-brasileiras e ameríndias.

 

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