8 de novembro de 2025

Economia

Rio Grande do Norte cria mais de 3,2 mil empregos formais em setembro e mantém saldo positivo em 2025

O Rio Grande do Norte encerrou o mês de setembro com a criação de 3.231 novos postos formais de trabalho, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Com esse resultado, o estado acumula 18.395 novas vagas com carteira assinada entre janeiro e setembro de 2025, mantendo trajetória de crescimento constante no mercado formal. O desempenho reflete o movimento nacional, que registrou saldo positivo de 213.002 empregos no mês e um total de 1,7 milhão de vagas criadas no acumulado do ano.

Entre os setores da economia potiguar, os Serviços lideraram a geração de empregos em setembro, com 984 novas contratações, seguidos por Comércio (814), Agropecuária (718), Indústria (412) e Construção (303). O levantamento aponta que os homens ocuparam 2.323 das novas vagas abertas, enquanto as mulheres ficaram com 908. O perfil predominante entre os admitidos é o de trabalhadores com ensino médio completo, totalizando 1.752 contratações, com destaque para a faixa etária de 18 a 24 anos, responsável por 1.420 dos novos vínculos.

Natal foi o município com melhor desempenho no mês, contabilizando 1.395 novos empregos e elevando seu estoque para 241 mil vínculos formais ativos. Parnamirim (282), Mossoró (231) e Lajes (158) também se destacaram positivamente no cenário estadual. A expansão do emprego no estado acompanha o movimento nacional, que registrou saldo positivo em todas as 27 unidades da Federação. O salário médio real de admissão no país foi de R$ 2.286,34, segundo o Ministério do Trabalho, evidenciando recuperação gradual da renda e fortalecimento do mercado de trabalho formal.

Além dos resultados oficiais do Novo Caged, a Região Nordeste apresenta outro sinal favorável: a plataforma Catho contabiliza mais de 50 mil vagas de emprego disponíveis em nove estados da região. As oportunidades abrangem funções operacionais, técnicas e de gestão em setores como vendas, logística, saúde, tecnologia e administração. Para os trabalhadores nordestinos, especialmente no Rio Grande do Norte, o cenário reforça perspectivas positivas para inserção e mobilidade no mercado de trabalho até o fim de 2025.

Foto: Portal GovBR

Política

Professores poderão acumular dois cargos públicos após aprovação de PEC na Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 169/19) que autoriza professores de escolas e universidades públicas a exercerem outro cargo público, desde que não haja conflito de horários. Até agora, a Constituição permitia apenas o acúmulo de dois cargos de professor ou um de professor e outro de natureza técnica ou científica. Além dos docentes, apenas militares e médicos tinham esse direito.

A proposta, apresentada pelo deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), foi debatida por uma comissão especial da Câmara em 2024 e recebeu críticas de entidades do setor educacional. O Ministério da Educação e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação se manifestaram contra a mudança, alegando que a medida pode precarizar a profissão ao estimular a busca por um segundo emprego em vez de melhorar os salários. Representantes do MEC defenderam a dedicação exclusiva e uma remuneração mais justa para os professores.

Durante as discussões, a relatora da proposta, deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), argumentou que a nova redação evita insegurança jurídica sobre o que seria considerado cargo técnico ou científico e garante liberdade de escolha aos profissionais. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o governo passou a apoiar a proposta após acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana.

No plenário, o deputado Allan Garcês (PP-MA) destacou que a medida representa uma antiga reivindicação da categoria e uma forma de reconhecimento. Segundo ele, muitos professores enfrentam dificuldades financeiras e veem no segundo cargo uma oportunidade de estabilidade e valorização. A PEC foi aprovada em dois turnos e seguirá agora para análise no Senado Federal.

Rolar para cima