Natal: Servidor público é exonerado por assédio

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) de Natal confirmou, na tarde de sexta-feira (8), o recebimento de denúncias de assédio envolvendo um servidor da pasta. Segundo nota oficial, o funcionário foi imediatamente afastado durante a apuração preliminar, que culminou em sua exoneração, já publicada no Diário Oficial do Município.
Ainda conforme a STTU, as vítimas estão recebendo atendimento e acompanhamento especializado, sendo encaminhadas ao Centro de Referência Elizabeth Nasser, unidade voltada ao acolhimento de mulheres em situação de violência, oferecendo suporte psicológico, médico e jurídico. O objetivo é garantir que a proteção e o apoio ocorram de forma humanizada e imediata.
A gestão municipal informou que um relatório circunstanciado está sendo finalizado e será encaminhado às autoridades competentes para prosseguimento das investigações. A apuração seguirá o rito legal, assegurando-se o devido processo previsto na Constituição Federal, mas sem permitir que tais condutas fiquem impunes. O caso reforça a necessidade de ambientes institucionais seguros e de políticas efetivas de prevenção e combate ao assédio.
O enfrentamento ao assédio, sexual ou moral, seja em espaços públicos, profissionais ou privados, não será tolerado nem naturalizado. No Rio Grande do Norte, cresce uma rede de denúncias e ações articuladas entre delegacias especializadas, conselhos de direitos, canais internos de empresas e coletivos de comunicação comprometidos com a apuração ética e a divulgação responsável. A mensagem é clara: independentemente de posição hierárquica, aparência, sexo ou status econômico, agressores enfrentarão o rigor da lei, que já é dura e específica contra tais práticas, inclusive para punir aqueles que prevaricam diante desses casos absurdos.
Sobre Elizabeth Nasser: Este Repórter Gato Preto conheceu a professora “Betinha”. Talvez, por isso, influenciado por sua coragem, seja um veemente indignado com a covardia do assédio. Antropóloga, intelectual dos quadros da UFRN e pioneira na luta pelos direitos das mulheres no Estado, fundou o Coletivo Leila Diniz e o Fórum de Mulheres do RN. Elizabeth marcou gerações com campanhas educativas, estudos sobre políticas públicas e a defesa da participação feminina na Constituinte de 1988. Seu legado, interrompido pela Covid-19 em 2020, permanece vivo, inspirando a resistência contra a violência de gênero e a construção de uma sociedade mais justa.





