29 de julho de 2024

Homenagem

44 anos sem Paulo Sérgio

Filho do alfaiate Carlos Beath de Macedo e de Hilda Paula, Paulo Sérgio Macedo nasceu no município de Alegre, no Espírito Santo, em 10 de março de 1944. Ainda criança, participou de um concurso de calouros e fazia pequenas apresentações na cidade. 

1968

Em 1968, o cantor Paulo Sérgio lançou seu primeiro grande sucesso — Última Canção. O disco foi um sucesso de vendas em todo o país.

Durante toda a sua carreira, muito curta, por sinal, gravou 13 discos e algumas coletâneas, chegando ao impressionante número de 10 milhões de cópias vendidas em todo o Brasil.

Teve uma carreira meteórica, apesar de ser considerado um imitador de Roberto Carlos. Este fato aborrecia Paulo Sérgio. O rei Roberto Carlos chegou a lançar um disco com o título — O inimitável. 

1972

Em 1972, o cantor se casou em segredo com Raquel Telles Eugênio, filha de ricos fazendeiros da pequena cidade de Castilho, interior de São Paulo. 

1974

Em 1974, nasceu seu filho Rodrigo. Um ano depois, Paulo Sérgio gravou um dos seus mais conhecidos sucessos — Quero Ver Você Feliz. A princípio, a música foi uma homenagem ao filho recém-nascido. Foi pai de Rodrigo Telles Eugenio Macedo, Jaqueline Lira de Macedo, Paula Mara de Macedo.

1977

Em 1977, a música — Eu Te Amo Eu Te Venero— consolidou o artista, que chegou, por conseguinte, a ser cogitado como sucessor de Roberto Carlos.

1980

Em 27 de julho de 1980, o cantor se apresentou no programa Clube do Bolinha, na Tv Bandeirantes. Logo após a apresentação, já na saída, foi xingado e hostilizado por uma mulher que se dizia fã. O cantor, que tinha outras duas apresentações no mesmo dia, tentou ignorar a mulher, no entanto, ela atirou uma pedra em seu Camaro de cor branca. Paulo Sérgio, por conseguinte, ficou irritado e chegou a correr atrás da mulher. Neste mesmo dia, posteriormente, queixou-se de dores fortes na cabeça, mas não foi ao médico e seguiu para suas apresentações. 

No segundo show, após cantar a quinta canção, inegavelmente abatido, o cantor Paulo Sérgio pediu desculpas ao público, e retirou-se do palco. Antes, prometeu terminar a apresentação em uma outra ocasião — promessa que nunca seria cumprida.

O cantor Paulo Sérgio teve uma morte prematura, aos 36 anos, em decorrência de um derrame cerebral às 20h30 do dia 29 de julho de 1980. Seu corpo foi sepultado no cemitério do Caju no Rio de Janeiro a pedido de seus pais.

Roberto Carlos não pôde comparecer, mas enviou uma enorme coroa de flores com os seguintes dizeres: “Meu coração está em luto pois morreu meu grande ídolo”.

Paulo Sérgio nunca conheceu o fracasso

Paulo Sérgio foi um artista que nunca conheceu o fracasso. É assim que o jornalista, historiador e autor de Eu não sou cachorro, não e Roberto Carlos em detalhes, Paulo César de Araújo, define seu xará.

Paulo Sérgio de Macedo foi um dos precursores de um estilo de balada romântica, mais tarde chamado de brega, que influenciou toda uma geração de cantores e compositores populares surgidos a partir de 1968, como Odair José, Fernando Mendes e Fredson, entre outros.

O pesquisador lembra que, embora se credite diretamente ao trabalho de Roberto Carlos a existência dos artistas chamados de cafonas, houve forte influência de Paulo Sérgio nesse processo.

“Dessa geração dos anos 1970, a geração AI-5, ele é um dos mais representativos. Foi ele quem retrabalhou a fórmula da balada romântica e abriu as portas do mercado discográfico para uma nova geração de cantores populares, que começava a carreira num momento em que o ciclo da Jovem Guarda chegava ao fim, os tropicalistas estavam no exílio e o próprio Roberto estava num processo de transição. Paulo facilitou o sucesso de toda uma turma que surgia”, constata.

A disputa com o rei

Outro ponto destacado pelo historiados eram as comparações entre Paulo Sérgio e seu conterrâneo capixaba Roberto Carlos — como já destacamos. Com timbres parecidos e, para alguns, fisicamente semelhantes, a mídia da época fez questão de apimentar a disputa.

O historiador, relembra, que quando surgiu, Paulo imitava seu grande ídolo, Altemar Dutra, entretanto, quando gravou o primeiro disco, em 1968, já foi no estilo do Rei.

“O Roberto era a grande referência da música jovem na época. E era meio natural que quem despontasse fosse influenciado. O primeiro disco do Paulo foi na linha do Roberto e muitos o apontavam como o novo Rei. Até o Chacrinha afirmou isso”, lembra. E a própria gravadora de RC explorou a polêmica quando lançou, no mesmo ano, o LP O inimitável. “Paulo sempre disse que essa ‘imitação’ era algo natural, que não era forçada. Eles tinham vozes parecidas. Mas ele ganhou autonomia, seguiu fazendo sucesso, mas não superou o Roberto”, opina.

Homenagens ao cantor Paulo Sérgio

No final da década de 80, Paulo Sérgio foi homenageado através do histórico LP: Paulo Sérgio & Amigos, um lançamento especial da gravadora Copacabana em parceria com o SBT. No disco póstumo, foram feitas junções das vozes de Paulo Sérgio com os maiores expoentes da MPB na época, como: Antônio Marcos, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Perla, Chitãozinho & Xororó, Ângelo Máximo, Jair Rodrigues, entre outros a emocionante participação do próprio filho de Paulo Sérgio então com 12 anos, cantando a música: Quero ver você feliz (Meu filho). Foram feitas modificações na letra original pelo compositor Carlos Roberto para que pai e filho pudessem cantar juntos.

O disco foi um projeto audacioso e inédito no mundo inteiro, vendendo mais de dois milhões de cópias e ganhou vários discos de ouro e de platina. Na época, o LP foi feito exclusivamente para ajudar Rodrigo que passava por problemas financeiros e todos os artistas participantes cederam seus direitos a criança.

O filho Rodrigo, que era mágico profissional, morreu em 2016, aos 42 anos, vítima de esclerose múltipla.

Paulo Sérgio foi um artista que encantou multidões e tem fãs até os dias atuais. Esta é mais uma história que merece ser contada pelo Tudo Em Dia.

TV Tudo em Dia

Economia

Pesquisa aponta praticidade no pagamento como prioridade para clientes

Levantamento realizado pela Abrasel aponta que consumidores priorizam opções como pagamento via Pix em detrimento até mesmo dos preços praticados

As formas de pagamento em bares e restaurantes (e nos comércios em geral) têm se alterado no Brasil. Com a criação do Pix em 2020, a popularização dos QR Codes e pagamentos por aproximação durante a pandemia de Covid-19, o uso de cédulas parece algo ultrapassado.

Hoje, o cliente do setor de alimentação busca maior praticidade na execução das operações, tanto para efetuar pagamentos no estabelecimento quanto na entrega de comida em casa. Uma pesquisa da Abrasel, realizada em outubro de 2023, trouxe alguns dados sobre essas mudanças no comportamento do consumidor.

Segundo os dados, cerca de 15% dos estabelecimentos disseram que o método preferencial de pagamentos pelos clientes já é o Pix, enquanto o uso do cartão de débito apresenta um índice de 12%. Mesmo com essa alteração significativa, o cartão de crédito ainda é a opção para a maior parte dos clientes, com 73% de preferência.

Em relação aos pagamentos no balcão, os números são um pouco diferentes. Cerca de 6% dos clientes optam por pagamento pelo Pix como meio preferencial – em pesquisa feita em março de 2023, eram 3%.

Diferente do delivery, nos balcões o cartão de débito ganha do Pix, chegando a 24%, enquanto os cartões de crédito têm a preferência de 66%. Essa mudança de realidade, quando comparada com anos atrás, fica ainda mais evidente quando o uso do dinheiro em espécie é observado. Nos pagamentos em balcão, apenas 1% dos clientes utilizaram esta modalidade como preferencial, enquanto no delivery a opção não chegou a 1%.

Para José Eduardo Camargo, líder de Conteúdo e Inteligência da Abrasel, a adesão às novas tecnologias de pagamento não é apenas uma opção, mas uma necessidade:

“A implementação destes métodos não apenas oferece conveniência aos clientes, mas também proporciona uma gestão financeira mais eficiente para os empreendedores. Diminuindo a dependência de cédulas e facilitando o rastreamento de transações, essas tecnologias não apenas modernizam os negócios, mas também os tornam mais seguros e ágeis”, diz.

Fica evidente que o caminho para os empreendedores é facilitar pagamentos virtuais e pelo cartão. A adaptação também traz uma série de vantagens:

• Redução no uso de dinheiro vivo: Com a diminuição do uso de dinheiro em espécie, as chances de perdas por furtos, roubos ou fraudes se reduzem drasticamente. A diminuição da necessidade de lidar com grandes quantias em espécie significa menos exposição a situações de risco para funcionários e proprietários.
• Transações rastreadas e protegidas: Cada pagamento digital ou por cartão deixa um rastro, o que facilita a investigação de qualquer irregularidade e garante maior segurança tanto para o empreendedor quanto para o cliente.
• Agilidade no atendimento: Pagamentos rápidos e sem complicação diminuem as filas e otimizam o tempo tanto dos clientes quanto dos colaboradores, proporcionando um atendimento mais ágil e eficiente.
• Praticidade para o cliente: A variedade de opções de pagamento, como Pix, QR Codes, cartões de débito e crédito, permite que os clientes escolham o método que melhor se adequa à sua necessidade naquele momento, sem precisar se preocupar em carregar quantias em espécie.
• Experiência positiva do cliente: A praticidade e a segurança destes métodos de pagamento favorecem com que o consumidor tenha uma experiência geral positiva, o que facilita que ele retorne ao bar ou restaurante.
• Maior controle financeiro: Com as transações digitais, é possível ter um acompanhamento mais preciso das vendas e do fluxo de caixa, facilitando a gestão financeira do negócio.

Para José Eduardo Camargo, rastrear as transações é uma grande vantagem para os empresários. “É importante mapear os pagamentos para entender as preferências do cliente e estar preparado para oferecer a melhor experiência para o consumidor”, diz.

Em outro levantamento realizado pela Abrasel em junho de 2023, a associação tentou entender melhor o comportamento do consumidor em bares e restaurantes. Foram analisadas questões como a frequência de consumo em estabelecimentos, os pontos que fazem diferença na hora de escolher onde comer, entre outros.

Um dos pontos analisados foi justamente o comportamento e as preferências do consumidor em relação aos pagamentos. De acordo com o levantamento, para pagamento, o ponto principal é a aceitação de cartões tanto no modelo crédito quanto débito, com 88,4% dos entrevistados dizendo ser muito importante.

O Pix vem como a segunda prioridade para os clientes, com 86,5% das pessoas ressaltando como muito importante essa opção de pagamento instantâneo. E o que surpreende é que esses dois modelos de pagamento estão à frente de situações como “ter a descrição clara das despesas na conta” e “preços praticados adequados à oferta”.

No entanto, existe um detalhe: enquanto numa escala de 0 a 10 a importância do Pix para jovens é de 9,7, para o público sênior a média cai para 9,0 e fica atrás de pontos como a descrição das despesas e os preços.

Benefícios utilizados por muitas empresas para efetuar o pagamento dos salários dos funcionários, a aceitação de vouchers e cartões refeição/alimentação fica para trás na prioridade dos consumidores de bares e restaurantes. “Apenas” 73,8% dos entrevistados relataram ser um fator importante na hora da escolha de um estabelecimento.

“Esta pesquisa mostra o impacto dos mais jovens na adesão das novas formas de pagamentos. Se comprova que existe um pequeno atraso na adesão destas novas tecnologias por parte do público mais velho. Por isso, é importante que os empreendedores tenham o máximo de possibilidades para receber o pagamento”, analisa José Eduardo Camargo.

Alerta: golpe do Pix agendado

Nada é perfeito, e por isso, é importante destacar um risco crescente no uso do Pix: o golpe do Pix agendado. Tendo como principal alvo comerciantes e lojistas, essa fraude acontece quando um golpista faz um agendamento do Pix, recebe o produto ou serviço e cancela a transação em seguida. Assim, a empresa afetada fica sem receber o pagamento devido.

Para que as vítimas não identifiquem que estão caindo em um golpe, os criminosos desenvolveram algumas técnicas que ajudam a mascará-lo. Portanto, para evitar ser vítima deste tipo de golpe, é crucial estar atento a algumas estratégias comuns utilizadas pelos golpistas:

• Envio do comprovante de transferência sem as informações de data: Golpistas cortam a imagem do comprovante para ocultar a data da transação.
• Edição da imagem: Alteração dos escritos do comprovante, como a data e o status da operação.
• Enganação em vendas presenciais: O golpista faz um agendamento do Pix e apenas mostra a tela do celular para o vendedor, que não consegue conferir os dados, e em seguida cancela o pagamento.
• Afirmação de que o sistema está lento: Golpistas tentam enganar os vendedores alegando que o dinheiro ainda não caiu na conta por uma instabilidade do Pix.

Portanto, é essencial adotar medidas preventivas para evitar cair no golpe do Pix agendado. Acompanhe de perto todas as transações, verifique imediatamente se o dinheiro realmente foi depositado, confirme todas as informações do comprovante e redobre a atenção em épocas com alto volume de compras. Além disso, para transações futuras, agendadas ou parceladas, é recomendável preferir o cartão de crédito, que oferece mais garantias contra fraudes.

*Adaptado da publicação original na edição 157 da revista Bares&Restaurantes

Homenagem

Cacilds: 30 anos sem o gênio do humor, Mussum

Nascido no dia 7 de abril de 1941, Mussum cresceu no Morro da Cachoeirinha, em Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro. Filho de família humilde, não foi o humor que prevaleceu entre suas primeiras escolhas profissionais. Serviu por vários anos na Aeronáutica e, paralelamente, começou uma carreira musical. No início dos anos 1960, criou, junto com amigos, o grupo Os Sete Morenos – que, anos mais tarde, mudaria o nome para Originais do Samba. Os músicos gravaram mais de dez LPs e ganharam três discos de ouro: ‘Tragédia no Fundo do Mar’, ‘Esperanças Perdidas’ e ‘Do Lado Direito da Rua Direita’.

Estreia na Globo

O ator estreou na Globo, em 1966, no programa humorístico ‘Bairro Feliz’ (no ar desde o ano anterior), com os colegas do Originais do Samba. Consta que, nesta época, o comediante Grande Otelo apelidou Antônio Carlos Bernardes Gomes de Muçum, que viraria seu nome artístico com a mudança na grafia: Mussum.

No ano seguinte, foi convidado pelo comediante Chico Anysio para trabalhar na TV Tupi, onde participou do programa ‘Escolinha do Professor Raimundo’. Nesta época, criou o jeito de falar que se tornaria sua marca registrada, ao pronunciar as palavras com a última sílaba terminando em “is” – como em “portuguesis” ou “aritimetiquis”. Em 2008, por ocasião da eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos, essa pronúncia serviu de mote para a galhofa que foi a criação de uma imagem em que Mussum aparecia travestido de presidente americano – inspirada no cartaz do político criado pelo artista gráfico Shepard Fairey. Abaixo da paródia, lia-se: “Obamis”. A estampa, criada por um designer carioca, virou febre e começou a aparecer em várias camisetas.

Ainda no fim dos anos 1960, Mussum participou de programas na TV Excelsior e na TV Record. Nesta última, no início dos anos 1970, contracenou com os humoristas Renato Aragão, o Didi, e Manfried Santana, o Dedé, no programa ‘Os Insociáveis’, que seria um embrião do grupo ‘Os Trapalhões’. Em 1974, o trio foi para a TV Tupi para estrelar um programa com três horas de duração, desta vez com o nome com o qual passariam a se apresentar: ‘Os Trapalhões’. Enquanto grupo, porém, os ‘Trapalhões’ já existiam desde 1966, na TV Excelsior, no programa ‘Adoráveis Trapalhões’ – que contava, além de Renato Aragão e Dedé Santana, com Wanderley Cardoso, Ivon Curi e Ted Boy Marino. Na TV Tupi, o trio passou a contar com o comediante mineiro Mauro Gonçalves, o Zacarias, formando o quarteto que consagraria o grupo: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.

‘Os Trapalhões’ na Globo

‘Os Trapalhões’ foram contratados pela Globo, em 1976, tendo estreado em dois programas especiais, exibidos em janeiro e fevereiro de 1977. Logo em seguida, em março, os comediantes estrearam um programa próprio, ‘Os Trapalhões’, que ficou no ar até 1994. Durante este tempo, o humorístico passou por algumas alterações – tendo sido as mais significativas a presença do público assistindo aos esquetes (1982), as gravações externas (1983), a transmissão ao vivo (1988) e a inserção de quadros de personagens fixos, como ‘Trapa Hotel’ (1990), ‘Vila Vintém’ (1992), ‘Agência Trapa Tudo’ (1992) e ‘Nos Cafundós do Brejo’ (1993) –, mas manteve como base os esquetes isolados protagonizados pelo quarteto.

O programa ficou no ar com edições inéditas até 1994, ano em que Mussum morreu – o quarteto já tinha perdido Zacarias, que havia morrido em 1990. De 1994 a 1995, foram exibidos os melhores momentos desde 1977.

Comédia e samba

Durante os primeiros anos dos ‘Trapalhões’, Mussum conciliou suas atividades na televisão com sua carreira nos Originais do Samba. Em 1981, no entanto, ele decidiu deixar o grupo para se dedicar integralmente à carreira de humorista. Segundo ele próprio contou em entrevistas, o público dos Originais do Samba começava a ir aos shows mais para ouvir suas piadas do que para ouvir música. Em um show no interior de São Paulo, chegou a ser anunciado como “o trapalhão Mussum e os Originais do Samba”, e o comediante se deu conta de que era a hora de largar a carreira musical.

Entre 1983 e 1984, eles passaram por uma crise que quase os levou à separação. Renato Aragão chegou a fazer um filme sozinho, ‘O Trapalhão na Arca de Noé’ (1983), de Del Rangel, enquanto os três colegas fizeram, sem ele, o filme ‘Atrapalhando a Suate’ (1983), de Victor Lustosa e Dedé Santana. Seis meses após terem anunciado a separação, eles se reconciliaram e voltaram a gravar juntos. No carnaval de 1988, foram homenageados no tema do samba-enredo da escola Unidos do Cabuçu que desfilou no Rio de Janeiro.

Durante sua passagem pela Globo, Mussum também participou dos programas especiais da campanha ‘Criança Esperança’, promovida pela emissora e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em prol dos direitos da infância e da adolescência. A campanha foi lançada no programa em homenagem aos 20 anos de carreira dos ‘Trapalhões’, exibido em 28 de dezembro de 1986.

Cinema

A carreira de Mussum no cinema foi ligada aos ‘Trapalhões’, desde o primeiro filme, ‘O Trapalhão no Planalto dos Macacos’ (1976), de J.B. Tanko. Daí em diante, foram mais de 20 filmes com o grupo, até ‘Os Trapalhões e a Árvore de Juventude’ (1991), de José Alvarenga Jr. Trabalhou também como compositor no já citado ‘Atrapalhando a Suate’ e em ‘Os Trapalhões no Rabo do Cometa’ (1986), dirigido pelo amigo Dedé Santana.

Em julho de 1994, Mussum submeteu-se a um transplante de coração. Ele sofria de miocardiopatia, doença que provoca o inchaço do coração a ponto de comprometer seu funcionamento. Uma infecção hospitalar, no entanto, provocou sua morte, aos 52 anos, no dia 30 daquele mês. Ele deixou mulher e quatro filhos, entre eles Mussunzinho, que, embora não seja comediante, seguiu a carreira do pai e hoje está na televisão.

O GLOBO

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