
O blog Macaíba em Foco publicou nesta quarta-feira, 16, uma postagem que chamou a atenção deste repórter Gato Preto. A nota trata da postura incoerente que o vereador Reginaldo dos Ônibus estaria assumindo em meio a aprovação, pela Câmara Municipal, do projeto de construção de uma sede própria para o Legislativo Municipal.
Eis o texto na íntegra:
“O vereador Reginaldo tem caído em contradição no que diz respeito ao projeto de construção da sede própria da Câmara Municipal de Macaíba. Durante a sessão extraordinária, convocada para a votação do projeto que autoriza a Prefeitura a firmar convênio com o legislativo, inclusive com a destinação de recursos, para a construção da primeira sede própria da história da Câmara, o vereador estava presente e votou favorável ao projeto.
No vídeo da votação, é possível ver o posicionamento de todos os vereadores membros das comissões e, depois, de todos o plenário. A aprovação se deu de forma unânime, sem a manifestação contrária de nenhum dos vereadores. A presidente Érika Emídio coloca o projeto em votação e afirma: “os vereadores que aprovam permaneçam como estão“. Diante do silêncio dos presentes, incluindo o vereador Reginaldo, a matéria foi aprovada por todos.
Ainda durante a sessão, o líder do governo, vereador Igor Targino, lembra que na última década e meia , ao final de cada ano, os presidentes do legislativo devolveram aos cofres da Prefeitura sobras do duodécimo (repasse constitucional feito mensalmente pelo Executivo para manutenção da estrutura e pessoal).
Foi o vereador Igor que confrontou o vereador Reginaldo ao expor o voto do parlamentar que, no plenário, votou a favor, e agora joga para a plateia. É importante destacar que, aquele que cobra coerência, precisa dar o exemplo e mostrar a coerência.”

Opinião da Revista Coité:
A recente polêmica envolvendo o vereador Reginaldo em relação ao projeto de construção da sede própria da Câmara Municipal de Macaíba levanta questionamentos sobre a coerência no exercício da atividade legislativa. Ao votar favoravelmente ao projeto durante a sessão extraordinária, sem qualquer manifestação contrária, e posteriormente adotar discurso de oposição fora do plenário, o vereador acaba transmitindo uma imagem de instabilidade em sua conduta parlamentar. A política requer responsabilidade com o que se diz e, principalmente, com o que se faz, especialmente em momentos decisivos para o futuro da cidade. É natural que se tenha divergências, mas elas precisam estar alinhadas com os atos praticados, sobretudo quando registrados em vídeo e diante da população.
A construção de uma sede própria para o legislativo municipal não é apenas uma questão simbólica, mas uma necessidade prática. A dependência de imóveis alugados e de espaços improvisados compromete não apenas a eficiência do trabalho legislativo, como também o atendimento digno à população. Ao centralizar os serviços em um espaço planejado, moderno e definitivo, a Câmara ganha autonomia, proporciona mais conforto aos cidadãos e ainda contribui com a economia de recursos públicos a médio e longo prazo. É tempo de pensar com visão de futuro e de se posicionar com firmeza — e não conforme a conveniência do momento.

