Este 25 de maio é dia dos industriais, costureiras, massagistas e é o Dia do Seresteiro.
Por este gênero musical, muitos trovadores brasileiros levantaram bandeira e o defenderam muito bem! Além de Altemar Dutra e tantos outros, Carlos Alberto (foto), que registrou interpretações antológicas, mas nos deixou em 07 de julho de 2020 aos 86 anos, vítima de um infarto fulminante.
25 de maio também é Dia Nacional da Adoção, dia Internacional da Tireóide e dia da África.
Potiguar de Timbaúba dos Batistas, Elino foi um dos maiores nomes nacionais do forró
Elino é raiz, forró de verdade, orgulho para quem tem os dois pés na cultura popular. Seridoense dos bons, sabia contar histórias por meio da sua música, que passeou também pelo brega, mas jamais arredou nem negou o arrasta-pé.
Quem entende de verdade de forró, sabe da importância de Inês Caetano de Oliveira, Marinês.
Pernambucana de São Vicente Férrer, nasceu em 15 de novembro de 1934 e nos deixou num 14 de maio como este, em Recife. Artista versátil, além de cantora, foi atriz, apresentadora e bacharel em Direito.
Mas não precisa ser especialista no ritmo para entender a relevância de Marinês para a nossa música. Basta sentir a força de suas interpretações e incluir seus sucessos na playlist deste São João.
Mas estátuas não necessariamente têm a ver com merecimento.
Quase todas as gravações de Carlos Alexandre viraram hits com estrondoso sucesso. Foi escolhido pelas gravadoras do Rio-São Paulo para suprir a lacuna na música popular deixada com a morte de Paulo Sérgio. Humilde, de Nova Cruz-RN, ex-padeiro, radicou-se em Natal, de onde nunca saiu, mesmo viajando o Brasil inteiro para shows e a consagração nos principais programas de TV. Faleceu tragicamente jovem (aos 31 anos) em 1989 no município de São José de Campestre, mas sua música ainda é tocada por todo o país em emissoras populares.
Fernando Luiz é um natalense de 1952. Filho único, sua primeira experiência como profissional foi como crooner do conjunto Apaches em 1969.
Foi disc-jóquei na rádio Nordeste AM no ano de 1972 a 1973, quando resolveu tentar a sorte no Rio de Janeiro.
Na Cidade Maravilhosa, em fevereiro de 1974 conquistou o primeiro lugar na Buzina do Chacrinha, na extinta TV Tupi, ganhando o título de “Calouro Exportação” do programa do Velho Guerreiro.
No ano seguinte, gravou seu primeiro disco, um compacto simples pela gravadora Tapecar.
No ano de 1979 Fernando ganhou o primeiro lugar no concurso promovido por Chacrinha na TV Bandeirantes que escolheu o melhor intérprete de Roberto Carlos. Em 1982 levado pelo radialista Assis de Paula para a rádio Trairy AM, onde apresentou, por mais de três anos, o programa Geração Colorida.
Ainda em 1981 decidiu retomar suas atividades artísticas e gravou seu segundo compacto simples. Apesar do relativo sucesso do disco nos estados do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco, Fernando só ficaria conhecido no ano de 1984, ao gravar seu primeiro LP. O disco alcançou grande sucesso de vendas e a música Garotinha foi um dos maiores sucessos do norte e nordeste, o que tornou Fernando Luiz um dos artistas mais populares da região.
Perder Gal e Boldrin no mesmo dia foi demais para um brasileiro que ama sua música, sua cultura.
Ele era o Sr. Brasil; ela fez o mundo ouvir “Brasil, mostra a tua cara!”
Definitivamente insubstituíveis!
Nas fotos, além de Boldrin, imagem de Gal Costa en Natal, sendo entrevistada pelo amigo Antônio Sales antes de uma de suas apresentações no Projeto Pinxinguinha, ainda nos anos 70.
Acostumados a lamentar a assombrosa ausência de potiguares na música brasileira, somos surpreendidos por este conjunto de informações reunidas por Zé Dias, conhecido produtor musical de Natal, e hoje uma das maiores autoridades em história da música potiguar.
Você sabia…
– Que o cara que teve a ideia de juntar eletricidade com violão, criando assim o violão elétrico, era um norte riograndense chamado Henrique Brito, parceiro de Noel Rosa, que passou uma temporada nos Estados Unidos nos anos 1930?
– Que a Bossa Nova teve um precursor potiguar, Hianto de Almeida, com música gravada por João Gilberto em 1952?
– Que Expedito Baracho, um dos intérpretes mais importantes do frevo pernambucano, ao lado de Claudionor Germano, é de Jucurutu?
– Que Ademilde Fonseca, a Rainha do Choro, foi de fato a primeira cantora moderna do Brasil?
– Que o chorinho, o ritmo mais genuinamente brasileiro, teve no norte-riograndense K-Ximbinho um de seus compositores mais revolucionários?
– Que um dos nomes mais representativos do coco de embolada nordestino se chama Chico Antônio, era de Pedro Velho e foi revelado ao Brasil no final da década de 1920 por ninguém menos que Mario de Andrade?
– Que entre as músicas de carnaval mais famosas e mais cantadas em todos os tempos estão algumas de Dozinho, potiguar de Campo Grande?
– Que o responsável pela retomada da carreira de Luiz Gonzaga, eclipsada pela Jovem Guarda e o yê-yê-yê, foi um mossoroense, produtor musical, chamado Oséas Lopes?
– Que outro potiguar, Severino Ramos, caicoense, é autor de Ovo de Codorna, música que no início da década de 1970 recolocou Luiz Gonzaga nas paradas de sucesso?
– Que Elino Julião, autor de dezenas de obras-primas do forró, é de Timbaúba dos Batistas?
– Que o potiguar Aldo Parisot é considerado o violoncelista mais importante nos Estados Unidos, reconhecido no mundo, parceiro de Villa-Lobos e com biografia publicada na Inglaterra?
– Extraído de Papo Cultura – Foto: Oséas Lopes, o Carlos André