Efemérides

Homenagem

27 anos sem Frei Damião!

Frei Damião faleceu em 1997. Italiano, nasceu em Bozzano, em 1898, mas foi no mais árido nordeste brasileiro que praticou sua fé. Peregrinou 66 anos por cidades, levando a evangelização. O pedido de canonização do frei foi aberto em 2013.

Com 10 anos começou a externar sua vocação ao sacerdócio. Com 13 anos ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Aos 17 anos recebeu os votos religiosos, passando a ser chamado de Frei Damião de Bozzano.

Iniciou o estudo da Filosofia, que foi interrompido com sua convocação para a Primeira Guerra Mundial.

Em 1920 foi enviado para a Universidade Georgiana de Roma, onde estudou Direito Canônico e Teologia Dogmática. Em 1923 foi ordenado sacerdote em Roma.

Em 1931 foi enviado ao Brasil com a missão de evangelizar. Ao chegar em Recife, foi eleito assistente da Custódia Geral dos Capuchinhos, onde se dedicou às Santas Missões.

Iniciou suas peregrinações no sítio Riacho do Mel, em Gravatá.

Durante a Segunda Guerra Mundial, permaneceu recluso em um convento de Maceió até 1945.

Peregrinação:

Quando chegava a uma cidade era recebido com festa, pois todos queriam ouvir suas palavras, mas afirmava que era apenas um mensageiro de Deus.

Com o passar dos anos, adquiriu uma deformação na coluna que o deixou encurvado, provocando dificuldades na fala e na respiração. Sofreu de erisipela devido à má circulação sanguínea. Em 1990 sofreu uma embolia pulmonar e reduziu o ritmo de suas caminhadas.

Morte:

Depois de ser acometido por um AVC, Frei Damião faleceu no Recife, após permanecer 19 dias em coma. Seu corpo foi embalsamado e velado na Basílica da Penha durante três dias.

Foi sepultado no Convento de São Félix de Cantalice, no Recife. O local é um ponto de peregrinação, principalmente no mês de maio.

Processo de canonização:

Frei Damião de Bozzano é cultuado como santo durante décadas, mas a Igreja analisa o processo de canonização do frei, que foi aberto em 2013.

No dia 8 de abril de 2019 foi reconhecido como venerável pelo Papa Francisco, ficando mais perto da beatificação. O processo seguinte é a análise dos milagres do frei ocorridos após a sua morte.

Homenagem

Professora Maria de Rui deu uma lição de vida a todos nós

A professora Maria de Rui foi ensinar e aprender no céu no dia 26 de outubro de 2022. Era amiga desta repórter Gato Preto. Sua delicadeza e sorriso fácil são inesquecíveis.

À época de seu encantamento, o memorialista Marcelo Augusto lhe prestou esta homenagem em palavras: 

Tocou a sineta e a aula acabou. Maria de Rui, minha professora, foi embora.

Ela nos deixou o exemplo de grande educadora, de mãe, de amiga, de esposa, de devota à Virgem Maria, de cidadã respeitada e de profissional do mais alto gabarito.

Foi gestora de várias escolas públicas da minha Macaíba, além de ter lecionado em diversos outros estabelecimentos de ensino, todos daqui da terrinha.

Construiu uma legião de amigos, galgou respeito e admiração de todos, foi gigante na arte de formar cidadãos e cidadãs, pois sua maior técnica era o seu exemplo de vida.

Fui seu aluno, e isso muito me honra.

Ensinar é uma arte, e a professora Maria de Rui foi uma mestra simples e muito dedicada à educação dos macaibenses.

Segue em paz, professora. Por aqui tentaremos reproduzir, pelo menos um pouco, do muito que aprendemos contigo.

Até breve!

Texto publicado originalmente em 1º de novembro de 2022 por Marcelo Augusto, colunista compulsório desta Revista Coité.
Foto: Cedida pela família

Homenagem

18 anos sem Elino Julião

Potiguar de Timbaúba dos Batistas, Elino foi um dos maiores nomes nacionais do forró

Elino é raiz, forró de verdade, orgulho para quem tem os dois pés na cultura popular. Seridoense dos bons, sabia contar histórias por meio da sua música, que passeou também pelo brega, mas jamais arredou nem negou o arrasta-pé.

Elino vive na sua música. Jamais partirá!

Salve, Elino Julião!

Homenagem

Lembranças do Mestre Marrom

JOSÉ SEBASTIÃO PEREIRA, ou simplesmente MARROM, como era conhecido e como gostava de ser chamado, nos deixou há quase dois anos, em 2 de julho de 2022.

Marrom viveu para o esporte amador macaibense, foi atleta e quando pendurou as chuteiras passou a ser dirigente, técnico e amante eterno dos grandes campos.

Fundou e dirigia o Bandeirantes Esporte Clu,b, equipe que coleciona diversos títulos no futebol amador da terrinha.

Era vibrador, austero e não levava desaforo para casa, ao mesmo tempo que era gentil, de boa conversa e apaziguador.

Marrom era um cidadão dos bons, homem simples e que soube escrever seu nome com letras garrafais na história do futebol amador da cidade que ele tanto representou e quis bem.

Descansa em paz o mestre Marrom.

Foto e texto: Marcelo Augusto, colunista compulsório da Revista Coité

Homenagem

Édijos, um bom brasileiro!

Em setembro de 2022, pouco depois de celebrar 54 anos, encantou-se o menino do Acari que amava Macaíba.

Brasil foi gigante, nos ensinou muito, foi um crítico artístico e sabedor da sétima arte. Por tradição familiar gostava de música, entendia das letras e das melodias, seus comentários eram altivos, alicerçados, bem produzidos.

Nossa última conversa foi sobre o filme “os canhões de Navarone”, com o ator Anthony Quinn, um clássico do cinema mundial.

Brasil se foi e levou um conhecimento invejável, comentários perfeitos e um gosto apurado por coisas boas.

Macaíba se entristeceu com o encantamento de Brasil, mais um acariense do Acauã que fez história nas terras de Severo, do Jundiaí.

Texto: Marcelo Augusto

Post scriptum: Um lamento deste repórter, Gato Preto. Antes de sua partida, combinávamos produzir um programa totalmente dedicado ao forró raiz. Afinal, Brasil também era apaixonado por rádio. Não tivemos tempo de tirar tudo do mundo das ideias.

Salve, Édijos Brasil Souza de Medeiros!

Abraço solidário à família.

Foto: Arquivo

Homenagem

Há 17 anos Marinês foi cantar forró no céu

Quem entende de verdade de forró, sabe da importância de Inês Caetano de Oliveira, Marinês.

Pernambucana de São Vicente Férrer, nasceu em 15 de novembro de 1934 e nos deixou num 14 de maio como este, em Recife. Artista versátil, além de cantora, foi atriz, apresentadora e bacharel em Direito.

Mas não precisa ser especialista no ritmo para entender a relevância de Marinês para a nossa música. Basta sentir a força de suas interpretações e incluir seus sucessos na playlist deste São João.

Viva a Marinês!

Homenagem

Severo: 122 anos de encantamento


Neste dia das mães lembramos também a data de morte de Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, o menino macaibense que sonhava e voou, ainda que a realização deste sonho tenha lhe custado a vida.

A Rua Du Maine, em Paris, na França, suportou o seu corpo, que caíra de uma altura de 400 metros. Dele e o de Sachet, o mecânico francês que foi consumido pelas chamas do acidente.

Celebrar Severo é lembrar bravura, pioneirismo, honra, determinação humana!

Naquele 12 de maio de 1902 era Macaíba que estava lá, era o Brasil que estava lá. Portanto, celebremos a memória de Augusto Severo BRASILEIRO!

Viva Severo!

Texto: Marcelo Augusto, memorialista e colunista compulsório desta Revista
Imagem: Arquivo

Homenagem

27 anos sem Paulo Freire

É época de saudarmos a memória do Pai da Pedagogia, que nos ensinou coisas fundamentais como a indissociabilidade entre a educação e o amor, a transformação social.

Há pouco tentaram desmoralizar seu legado, mas jamais conseguiram nada que caírem no ridículo.

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

Nordestino valente como nós, salve Paulo Freire!

Homenagem

Que abril de tantas perdas!

Gênios: Gonzaguinha e Gonzagão, seu pai

Num 29 como este, há 33 anos, morreu Gonzaguinha, um dos maiores da nossa música, de letras tão atuais quanto as que ninguém hoje consegue compor. Ele estaria com 79 anos.

Tantos outros gigantes nos deixaram fisicamente em abril… Chico Anysio, Chateaubriand, Lygia Fagundes Telles, Ziraldo, Nelson Gonçalves e Tancredo Neves.

No último final de semana partiram Anderson do Grupo Molejo, o comediante e dublador José Santa Cruz e a cantora sergipana Maria Feliciana, considerada a mulher mais alta do mundo.

Homenagens às suas memórias. Que tenhamos dias de menos despedidas.

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Perder Gal e Boldrin de uma vez foi demais!

Perder Gal e Boldrin no mesmo dia foi demais para um brasileiro que ama sua música, sua cultura.

Ele era o Sr. Brasil; ela fez o mundo ouvir “Brasil, mostra a tua cara!”

Definitivamente insubstituíveis!

Nas fotos, além de Boldrin, imagem de Gal Costa en Natal, sendo entrevistada pelo amigo Antônio Sales antes de uma de suas apresentações no Projeto Pinxinguinha, ainda nos anos 70.

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Paulo Diniz vai nos fazer falta!

Sua interpretação de José foi referência até para Drummond…

Compositor dos melhores, maluco do bem, partiu hoje aos 82 anos.

Quem ainda não conhece sua genialidade, sempre é tempo de dar um Google.

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O RN sempre fez História na música

Oséas Lopes, o Carlos André

Acostumados a lamentar a assombrosa ausência de potiguares na música brasileira, somos surpreendidos por este conjunto de informações reunidas por Zé Dias, conhecido produtor musical de Natal, e hoje uma das maiores autoridades em história da música potiguar.

Você sabia…

– Que o cara que teve a ideia de juntar eletricidade com violão, criando assim o violão elétrico, era um norte riograndense chamado Henrique Brito, parceiro de Noel Rosa, que passou uma temporada nos Estados Unidos nos anos 1930?

– Que a Bossa Nova teve um precursor potiguar, Hianto de Almeida, com música gravada por João Gilberto em 1952?

– Que Expedito Baracho, um dos intérpretes mais importantes do frevo pernambucano, ao lado de Claudionor Germano, é de Jucurutu?

– Que Ademilde Fonseca, a Rainha do Choro, foi de fato a primeira cantora moderna do Brasil?

– Que o chorinho, o ritmo mais genuinamente brasileiro, teve no norte-riograndense K-Ximbinho um de seus compositores mais revolucionários?

– Que um dos nomes mais representativos do coco de embolada nordestino se chama Chico Antônio, era de Pedro Velho e foi revelado ao Brasil no final da década de 1920 por ninguém menos que Mario de Andrade?

– Que entre as músicas de carnaval mais famosas e mais cantadas em todos os tempos estão algumas de Dozinho, potiguar de Campo Grande?

– Que o responsável pela retomada da carreira de Luiz Gonzaga, eclipsada pela Jovem Guarda e o yê-yê-yê, foi um mossoroense, produtor musical, chamado Oséas Lopes?

– Que outro potiguar, Severino Ramos, caicoense, é autor de Ovo de Codorna, música que no início da década de 1970 recolocou Luiz Gonzaga nas paradas de sucesso?

– Que Elino Julião, autor de dezenas de obras-primas do forró, é de Timbaúba dos Batistas?

– Que o potiguar Aldo Parisot é considerado o violoncelista mais importante nos Estados Unidos, reconhecido no mundo, parceiro de Villa-Lobos e com biografia publicada na Inglaterra?

– Extraído de Papo Cultura
– Foto: Oséas Lopes, o Carlos André

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