Tão logo as urnas anunciaram os vencedores das eleições deste ano em Macaíba, celebramos nesta Revista Coité a ascensão da advogada Raquel Barbosa a 1ª vice-prefeita da História de Macaíba, uma terra cheia de pioneiros em todas as áreas. Muitos com destaque nacional e internacional.
Inclinada às questões sociais, talvez a vice-prefeita eleita nem tenha se lançado simplesmente com a pretensão de figurar nos livros de história como tal, mas para cumprir com a força que prometeu a defesa de todas as causas que lhe enchem os olhos.
Tudo isso para lançar mão de notas escritas recentemente pelo notável Ney Lopes, tratando exatamente do destaque que as mulheres conterrâneas de Clara Filipa Camarão sempre preservaram na política, ocupando espaços de onde possam se defender, posicionar e, como já disse, ascenderem.
Anotou o professor Ney:
Voto da mulher
Mulheres só tiveram o direito de votar e de serem votadas com o Código Eleitoral de 1932. Esse direito era restrito para viúvas e solteiras, que trabalhassem.
Mulheres casadas precisavam da autorização do marido para votar. O voto secreto foi assegurado, com “isolamento do eleitor em gabinete indevassável”, no momento da votação.
Primeira prefeita eleita
A primeira prefeita do país foi Alzira Soriano, eleita em 1928 para comandar o município de Lajes, no RN, com 60% dos votos. Durante sua administração, ela promoveu a construção de estradas, mercados públicos municipais e a melhoria da iluminação pública.
O jornal norte-americano The New York Times inclusive a citou, à época, como a primeira prefeita eleita em toda a América Latina. Com a Revolução de 1930, perdeu o mandato, por não concordar com o governo de Getúlio Vargas.