Tim Maia, nascido Sebastião Rodrigues Maia em 28 de setembro de 1942, foi um dos maiores nomes da música brasileira. Criado no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, desde cedo demonstrou interesse pela música. Na adolescência, fundou o grupo “Os Sputniks”, que contou com a participação de Roberto Carlos. No final dos anos 1950, mudou-se para os Estados Unidos, onde teve contato com a soul music e o rhythm and blues, gêneros que influenciariam profundamente sua obra.
Ao retornar ao Brasil nos anos 1960, Tim Maia começou a construir sua carreira solo. Seu primeiro álbum, lançado em 1970, foi um marco na música nacional, misturando soul, funk e samba de maneira inovadora. Canções como “Azul da Cor do Mar”, “Primavera” e “Não Quero Dinheiro” tornaram-se clássicos instantâneos. Durante sua trajetória, lançou diversos discos de sucesso, consolidando-se como o principal nome do soul brasileiro. No entanto, sua personalidade irreverente e seu comportamento imprevisível causaram conflitos com gravadoras e colegas de trabalho.
Nos anos 1970, Tim Maia envolveu-se com a cultura racional, um movimento místico que influenciou sua música e sua vida. Durante esse período, lançou os álbuns “Tim Maia Racional” volumes 1 e 2, que são considerados obras-primas. Contudo, após romper com o movimento, renegou essas músicas e retomou sua carreira com temas mais variados. Nos anos seguintes, manteve sua popularidade, lançando discos e fazendo shows, sempre com sua energia contagiante e sua voz marcante.
Infelizmente, o estilo de vida desregrado de Tim Maia, marcado por excessos, afetou sua saúde. Em março de 1998, durante a gravação de um especial de televisão, passou mal no palco e foi internado. Dias depois, em 15 de março, faleceu devido a complicações de uma infecção generalizada. Sua morte deixou um grande vazio na música brasileira, mas seu legado permanece vivo. Até hoje, suas canções continuam a embalar gerações, garantindo-lhe um lugar definitivo na história da música nacional.