
A morte de uma paciente de 34 anos, ocorrida em 26 de maio após atendimento odontológico na Unidade Básica de Saúde (UBS) Cidade Campestre, em Macaíba, não teve relação com o procedimento realizado. A conclusão é do inquérito policial conduzido pela 20ª Delegacia de Polícia de Macaíba, sob responsabilidade do delegado Tiago Praxedes. O relatório final, já encaminhado ao Poder Judiciário, descartou qualquer vínculo entre o atendimento prestado e o óbito.
Com base em laudo necroscópico do Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP-RN) e nos depoimentos do esposo da paciente e dos profissionais envolvidos, a investigação apontou que a causa da morte foi uma hemorragia cerebral espontânea decorrente da ruptura de um aneurisma. Segundo o delegado, não foram encontrados indícios de imperícia, imprudência ou negligência por parte da equipe de saúde da UBS.
O laudo técnico detalha que a paciente sofreu uma hemorragia subaracnoide maciça, causada pela ruptura de um aneurisma localizado na região do polígono de Willis. Também foram observados hematomas compatíveis com as manobras de reanimação realizadas na tentativa de salvamento. O exame toxicológico detectou a presença de lidocaína, anestésico comum em procedimentos odontológicos, sem indicar overdose ou qualquer relação com o quadro que levou à morte.
A autoridade policial requisitou um laudo complementar para esclarecer se haveria algum vínculo entre o atendimento odontológico e a hemorragia cerebral. O parecer técnico afastou essa hipótese, reiterando que não há elementos que sustentem relação causal direta entre o procedimento e o óbito.
A paciente passou mal por volta das 8h30, durante o atendimento na UBS localizada no bairro Bela Macaíba. Após os primeiros socorros prestados na unidade, incluindo massagem cardíaca, foi transferida para a UPA de Parnamirim, onde morreu por volta das 18h do mesmo dia.
Foto: Edeilson Morais

