Homenagem

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42 anos sem o Rei do Ritmo, Jackson do Pandeiro

Como tem Zé na Paraíba! A constatação foi feita por José Gomes Filho (31 de agosto de 1919 – 10 de julho de 1982) no lúdico tom forrozeiro da gravação original da música dos compositores Manezinho Araújo e Catulo de Paula.

Quando lançou a composição Como tem Zé na Paraíba em disco de 1962, esse José de Alagoa Grande (PB) já nem era mais Zé. Era Jackson do Pandeiro, o fabuloso cantor, compositor e ritmista paraibano que galgara os degraus da fama com a velocidade de um rojão em 1953 ao convidar a comadre Sebastiana para cantar e xaxar na Paraíba.

Naquela altura, Jackson já estava na cidade do Rio de Janeiro (RJ), plataforma para o salto nacional deste artista único nascido há 104 anos. Em 31 de agosto de 2024, o Brasil faz festa para um rei negro do ritmo pelos seus 105.

Talvez o maior tributo que se possa prestar a Jackson do Pandeiro seja reverenciá-lo sempre, em qualquer ano e época, pela maestria com que cantou cocos, xaxados, sambas, rojões, emboladas, baiões e frevos com divisão esperta, inimitável. E também pela destreza no toque do pandeiro, instrumento incorporado ao nome artístico após incursões juvenis pela zabumba e pela bateria.

Jackson do Pandeiro foi grande! Concentrada nos anos 1950 e 1960, a obra do Rei do ritmo talvez não tenha a dimensão sociológica do cancioneiro de outro monarca da nação nordestina, Luiz Gonzaga (1912 – 1989), mas também é fundamental para o Brasil.

De todo modo, o canto e a musicalidade serelepe de Jackson do Pandeiro quase sempre sobressaíram em relação ao (bom) repertório do artista. Esse Zé da Paraíba tinha no canto, e no toque do pandeiro, a dança diferente que ele próprio notara, surpreso, na comadre Sebastiana ao convidá-la para xaxar.

Com essa dança diferente, Jackson do Pandeiro domava o ritmo e caía em um suingue que era somente dele. Jackson quebrava tudo, adiantando e atrasando o tempo, mas sempre chegando junto. Foi como se ele fosse um João Gilberto (1931 – 2019) do universo nordestino, embora a bossa apresentada pelo baiano em 1958 tenha sido realmente nova e, a rigor, nada influenciada pela bossa de Jackson.

Rei do ritmo cantou e gravou muito samba, embora seja primordialmente associado ao universo rítmico do forró. Sem fronteiras, Jackson do Pandeiro deixou influências que ressoam em todo o Brasil, podendo ser detectadas nas discografias de Gilberto Gil e do discípulo Lenine, para citar somente dois exemplos de artistas de gerações distintas que celebram esse colega nobre que somente foi aprender a ler após os 35 anos, muito tempo depois de ter aprendido a cantar coco com a mãe cantadora.

Pode ter muito Zé na Paraiba, mas teve somente um Jackson do Pandeiro, centenário e imortal Rei do ritmo.

Mauro Ferreira

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02 de julho, Dia do Bombeiro Brasileiro

São verdadeiros heróis e heroínas, guerreiros e guerreiras!

Pela vida e com muita técnica, enfrentam chamas, mar aberto, efeitos de catástrofes climáticas.

Merecem todas as homenagens. Parabéns ao Bombeiro Brasileiro!

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36 anos sem as buzinadas do Chacrinha

Abelardo Barbosa, o Chacrinha, nasceu em Surubim, Pernambuco em 30 de setembro de 1917. O “Velho Guerreiro” foi um gênio da comunicação. Começou a carreira no rádio, mas fez história na televisão. Estreou na Globo em 1967, onde comandou programas de auditório de sucesso. Morreu em 1988, aos 70 anos.

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Salve, Coló!

Há pouco fez 13 anos da passagem do amigo Coló. Foi em 12 de junho de 2011, quando contava 64 de idade.

Segundo o blog História e Genealogia, do professor Anderson Tavares, Coló nasceu em 5 de outubro de 1946. Era natural de São José de Campestre, mas veio para Macaíba muito jovem, aos 12 anos.

“Foi fundador do Grêmio Estudantil Tavares de Lyra, do Colégio Comercial, juntamente com Neto Soares, outro importante comerciante da cidade, militando na política estudantil e que o levou a se candidatar para um cargo na câmara municipal na década de 80. Não logrou êxito nesse intento devido ter sido impresso na cédula de votação o nome Flaudiano Geraldo, de maneira que as pessoas chegavam buscando “Coló” e não encontravam.

(…) Memorialista de nossa terra, gostava de recordar figuras que elevaram o nome de Macaíba na história.

Querido por todos, Coló já está inserido na memória popular que lhe outorgou, sinceramente, o nome de um conjunto e de uma praça. Oficialmente conjunto São Geraldo e praça Cel. Joca Soares. Porém, para o povo de Macaíba é conjunto de Coló e praça de Coló, devido as terras do primeiro pertencerem à sua família e, relativamente ao segundo, era a praça onde se localizava sua padaria.” (históriaegenealogia.com.br)

No Facebook, Marcelo Augusto escreveu:

“Flaudiano Geraldo era o nome do nosso Coló, que foi por várias décadas panificador e desportista em Macaíba. Homem justo, simples e muito trabalhador.

O menino se fez homem muito cedo, iniciando sua labuta no ramo da panificação lá pelos idos dos anos 60 do século passado, tendo sido um dos mais respeitados e prestigiados empresários da terrinha com sua Padaria União, na esquina da Rua Professor Caetano.

Gostava e sabia conversar. Era jeitoso no trato humano, educado e de temperamento calmo. De tudo ele sabia, conversava e discutia sem jamais deixar de respeitar a opinião alheia.

Outra paixão, além da panificação e da família, era o esporte. Fundou o União Esportes Clube, time de futsal que por muito figurou entre os melhores de Macaíba. Depois que desistiu do time, continuou sendo incentivador e frequentador assíduo dos eventos esportivos da nossa cidade. 

União sempre foi o seu lema e continuará sendo para aqueles que jamais o esquecerão.”

Homenagens a Coló!

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Parabéns à nossa UFRN

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte completa neste 25 de junho 66 anos de fundação. A reitoria da instituição celebrou por meio da seguinte declaração:

Neste dia 25 de junho, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) celebra 66 anos de história. Ao longo desse período, a Instituição mantém firme o compromisso com o desenvolvimento socioeconômico sustentável do nosso estado e do nosso país, por meio de iniciativas de ensino, pesquisa e extensão.

Toda essa dedicação coletiva vem sendo reconhecida nacional e internacionalmente. Neste ano, por exemplo, alcançamos o conceito máximo no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Com essa conquista inédita, a UFRN passou a integrar o seleto grupo das 25 universidades brasileiras com IGC 5 (nota máxima).

Essas conquistas nos orgulham e estimulam a seguir na jornada dos próximos anos de história, visando à construção de Universidade cada vez mais inovadora, inclusiva, socialmente referenciada e reconhecida por sua excelência acadêmica e de gestão. Portanto, a todas as pessoas que fizeram e fazem parte desses 66 anos de UFRN, dirigimos nossos efusivos agradecimentos. 

José Daniel Diniz Melo
Reitor

Henio Ferreira de Miranda
Vice-reitor

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Viva São João Batista!

Segundo a Igreja Católica São João Batista nasceu milagrosamente em Aim Karim, cidade de Israel que fica a 6 quilômetros do centro de Jerusalém. A mãe de João Batista, Santa Isabel, era idosa e nunca tinha engravidado. Todos a tinham como estéril. Mas, então, o anjo Gabriel apareceu a Zacarias quando este prestava seu serviço de sacerdote no templo e anunciou que Isabel teria um filho e que este deveria se chamar João. Zacarias não acreditou e ficou mudo. Pouco tempo depois, Isabel engravidou como o Anjo havia dito.

Nesse mesmo tempo, o anjo apareceu também a Maria e anunciou que ela seria a mãe do Salvador. Então, Maria foi visitar Isabel, pois o anjo lhe havia dito que Isabel estava grávida. Quando Maria chegou e saudou Isabel, João mexeu no ventre da mãe e Isabel fez aquela maravilhosa saudação a Maria santíssima: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! De onde me vem que a mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1-41-43) Esta saudação de Isabel, inclusive, se tornou parte da oração da Ave Maria.

Quando São João Batista ficou adulto, percebeu que chegara sua hora. Então, foi morar no deserto para rezar, fazer sacrifícios e pregar para que as pessoas se arrependessem. Vivendo uma vida extremamente difícil e com muita oração, passou a ser conhecido como profeta, homem enviado por Deus. Ele sempre anunciava a vinda do Messias. Batizava a todos que se arrependiam e multidões sempre iam ver suas pregações no rio Jordão. Por causa de seu carisma, algumas vezes o povo pensava que São João Batista era o Messias. Mas ele sempre dizia: Eu não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias. (Jo. 1-27).

Em outra passagem, ele disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo.1-29) Quando o próprio Jesus, o verdadeiro Salvador, foi ao encontro de João Batista para ser batizado, São João disse: Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim? (Mt3-14). Mas Jesus confirmou e São João Batista batizou Jesus.

Nas pregações de São João ele não poupava o rei local, Herodes Antipas, Rei fantoche de Roma na Peréia e na Galileia. João denunciava a vida adultera do rei. Herodes tinha se unido a Herodíades, sua cunhada. São João Batista denunciava também a vida desregrada de Herodes em seu governo.

São Marcos em seu evangelho narra que Salomé, filha de Herodíades, dançou para Herodes. O rei ficou deslumbrado com ela e disse que daria tudo o que lhe pedisse. Então Salomé fala com sua mãe e pede a cabeça de São João Batista numa bandeja. Herodes, triste, fez como havia prometido diante dos convivas. (Mar 6.14-29)

São João Batista é sinônimo de bondade e gratidão. Sempre muito lembrado por essas virtudes, João foi um homem humilde que aceitou a sua missão com fé e devoção Cristã até o fim. E é esse exemplo que temos que levar adiante e nos lembrar no dia de hoje. “O maior dos profetas” nos ensinou a confiar e a acreditar no maior, ao pregar e anunciar a vinda do Messias. Não é a toa que celebramos o seu nascimento (24 de Junho) e não a sua morte. João foi o escolhido para dar testemunho da luz da Verdade, aquela que veio para nos mostrar quem é Jesus Cristo.

Fonte: Diocese de Barreiras

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O Anjo de Natal: 176 anos do Padre João Maria

Padre João Maria nasceu em 23 de junho de 1848, na fazenda Logradouro do Barro, zona rural de Caico, Rio Grande do Norte, onde desde cedo, acompanhou o drama das vítimas da estiagem que ainda hoje assola a região. Hoje a região pertence ao município de Jardim de Piranhas.

Seu pai Amaro Soares Cavalcanti de Brito era professor primário e lhe ensinou as primeiras letras. Sua mãe, Ana de Barros Cavalcanti, teve mais quatro filhos.

Cresceu em ambiente católico o que contribuiu para lhe despertar a vocação religiosa. Oriundo de família pobre, mas respeitada na vizinhança, contou com a ajuda financeira de fazendeiros amigos para custear seus estudos no Seminário de Olinda em 1861.

Ordenou-se aos 23 anos, rezando sua primeira missa no domingo dia 10 de agosto de 1871, em Caicó, onde ficou trabalhando como auxiliar do vigário.

Sacerdote, médico e assistente social. Sua fama já era conhecida de todos quando chegou a Natal, principalmente pelo trabalho que realizou em Papari, na época de grande seca de 1877 que matou mais de 400.000 sertanejos. O padre Improvisou palhoças para abrigar os flagelados, a quem dava de comer, ministrava medicação natural para os enfermos e cuidava das crianças. Tinha uma preocupação especial com a higiene destas pessoas, orientando sobre os modos de como prevenir as doenças. Seu prestígio levou o governo a enviar roupa, dinheiro e comida para suprir as necessidades de que ajudava. Contou com a ajuda de seu irmão mais novo Amaro Cavalcanti Soares de Brito, Influente jurista, para arrecadar fundos com o Gabinete Caxias para ajudar no socorro aos flagelados.

Abolicionista, em 1883 foi eleito presidente da Sociedade Libertadora Norte-Riograndense, objetivando a libertação dos escravos do Estado. Com essa finalidade, também publicou o Boletim da Libertadora Norte-riograndense, o que lhe rendeu o apelido de Pai dos Negros Forros. Criou em Natal a Escola São Vicente, para crianças pobres e fundou a imprensa católica, editando o jornal “Oito de Setembro”. Batizou, entre milhares de outros natalenses, o historiador Luís da Câmara Cascudo, no dia 9 de maio de 1901.

No dia 16 de outubro de 1905, acabou falecendo, vítima da mesma doença que tanto combateu, a varíola. Sua morte abalou a cidade e, desde então, é considerado como o Santo de Natal. Um busto, em sua homenagem, foi colocado na praça, que hoje recebe seu nome, localizada por trás da Catedral Antiga. O busto foi esculpido por Hostílo Dantas com pedestal em granito trabalhado por Miguel Micussi. Ainda hoje, fiéis costumam fazer promessas, se benzem com água benta e agradecem ao “santo” com pequeno objetos que fazem alusão às graças obtidas.

Com sua grande popularidade, por onde passava, Padre João Maria era carinhosamente chamado por apelidos como: “Benzinho do Seridó”, “O Santo”, “Pe. João de Deus”, “O Apóstolo da Caridade”, “O Anjo da Cidade”, “O Santo do Seridó”, “O Santo de Natal”, entre outros

Em 22 de fevereiro de 2002, foi aberto o processo de Beatificação do Padre João Maria. No momento esse processo encontra-se na fase diocesana em que realizada a investigação histórica.”

Fonte: CASCUDO, L. da C. História do Rio Grande do Norte, pág. 505, MEC/ Serviço de Documentação, Rio de Janeiro, 1995.

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A arte e a vida de Ionilo

Ionilo Ribeiro é um homem cheio de orgulho por sua trajetória, um grande ser humano. E motivos não faltam para adjetivá-lo sempre de forma positiva. Todos destacam a lealdade de sua amizade, a força do seu astral e competência do seu trabalho.

É o terceiro filho dos servidores públicos Francisco Ribeiro Sobrinho, da Fundação José Augusto, e da professora Ivanete Ferreira Ribeiro, saudosa há dez anos.

Sobre ela, Ionilo escreve em muitas e fundamentais páginas de sua biografia. Educadora da rede estadual e municipal, foi gestora escolar, coordenadora da secretaria municipal de Educação de Macaíba e a primeira presidente do Conselho Tutelar.

Ionilo foi acolhido pela nobre generosidade deste casal, adotado logo nos primeiros anos de vida, o que, segundo ele, fortalece infinitamente seu vínculo afetivo e de gratidão com Seu Francisco e com a professora Ivanete.

Coreógrafo, ator, professor, cantor, Ionilo Ribeiro é um artista de multifacetas que também milita pela valorização da cultura em Macaíba e fora de suas fronteiras. Seu destaque por essa causa e tantas outras já lhe rendeu diversas homenagens, inclusive da Assembleia Legislativa do RN.

Ele cresceu numa familia que sempre incentivou e promoveu a cultura popular macaibense. Seu avô e tios fundaram escolas de samba. Brincar em meio à bateria da agremiação, adereços, carros alegóricos e passistas é uma forte e presente memória de infância de Ionilo, que já achava fascinante todas aquelas cores e energia, mas ainda era muito menino para integrar uma de suas alas. Quando alcançou dez anos de idade, uma das maiores emoções que guarda foi ser admitido na agremiação. Considera que ali inaugurou sua carreira artística, apesar de sempre ter convivido de forma íntima com a arte.

Sua avó também foi pilar na sua formação. Coreógrafa leiga (como os profissionais classificam àqueles que elaboram coreografias sem fundamentos técnicos), fundou muitos anos atrás o Arraiá da João Lourenço, que tempos depois passou a ser promovido por Nerivaldo Monteiro. A festa era a melhor e maior da cidade. Ionilo lembra da rua toda decorada, da alegria do povo e da vibração do cortejo junino que vinha da Areia Branca.

Além da convivência no barracão da escola de samba, toda aquela atmosfera do Arraiá da João Lourenço foi basilar para que Ionillo Ribeiro se tornasse o coreógrafo premiado e reconhecido em todo o estado por seu trabalho junto a quadrilhas juninas. Sem falar na paixão pelo teatro! Como coordenadora da secretaria de Educação, a professora Ivanete, sua mãe, foi uma das idealizadoras e responsáveis pela realização do Festival de Teatro Infantil de Macaíba, que atraía grupos de todo o RN. Como o FESTIM, Ionilo recorda-se de ver inúmeras ações culturais serem planejadas na sala de sua casa, por onde transitavam artistas da cena, de todos os gêneros.

Em 2004 resolveu fazer política eleitoral, quando foi candidato a uma vaga de conselheiro tutelar, depois buscando um mandato no Legislativo municipal. Apesar de ainda não ter sido eleito, sempre obteve votações expressivas e traz consigo uma lição que desconsidera qualquer interpretação de derrota. Para ele, cada passo foi de aprendizado e conquistas.

Hoje sente-se totalmente preparado e experiente para exercer um mandato defensor de todas as áreas fundamentais à comunidade, não somente a cultura.

Parabéns ao amigo Ionilo Ribeiro por toda a estrada que já trilhou e pelos caminhos que planeja seguir em defesa de causas que jamais são próprias, mas sempre coletivas, respeitosas ao nosso povo.

Macaíba lhe abraça e agradece!

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Câmara de Natal homenageia a Fecomércio RN pelos seus 75 anos

Empresário macaibense Luiz Antônio Lacerda é vice-presidente da Fecomércio RN. Na foto está ladeado pelo vereador Kléber Fernandes e pelo presidente da entidade, Marcelo Queiroz

Por propositura do vereador Kleber Fernandes, sessão solene reconheceu contribuição da entidade por seu papel no desenvolvimento econômico do estado ao longo de 75 anos

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN) foi homenageada pelos seus 75 anos em uma sessão solene na Câmara Municipal de Natal, que reconheceu os líderes que já passaram pela presidência da entidade. O evento foi realizado quinta-feira (20).

O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, expressou sua gratidão durante a cerimônia: “Estou trilhando o mesmo caminho de homens notáveis. Com esmero, tenho buscado liderar pelo exemplo e dar as condições necessárias para que possamos fortalecer e multiplicar nossas ações em cada canto deste estado. Mas esse é um trabalho feito a muitas mãos. Por isso, quero destacar aqui o apoio incondicional dos membros da nossa diretoria, que nos dão suporte e potencializam todos os nossos projetos, nos seus respectivos segmentos e municípios”.

Propositor da homenagem, o vereador Kleber Fernandes, também discursou durante a cerimônia. “A atuação da Fecomércio tem gerado empregos, fomentado o empreendedorismo e fortalecido nossa economia. Celebrar esta trajetória é reconhecer o impacto positivo que a Fecomércio tem em nossas vidas e em nosso futuro. Por isso, esta homenagem é uma forma de expressar nossa gratidão e reconhecimento pelo trabalho incansável e pelos resultados positivos que a Fecomércio tem alcançado em benefício de Natal e de todo o Rio Grande do Norte”.

Os homenageados na cerimônia foram:
• Militão Chaves (in memoriam)
• Jessé Pinto Freire (in memoriam)
• Luiz Gonzaga Barros (in memoriam)
• Reginaldo Teófilo Da Silva (in memoriam)
• Antônio Fernandes Filho (in memoriam)
• João Dinarte Patriota (in memoriam)
• Marcantoni Gadelha
• Marcelo Fernandes de Queiroz

Ao final da cerimônia, a Fecomércio RN reuniu convidados em um jantar oferecido no Hotel Escola Barreira Roxa. Prestigiaram as festividades da noite: os vereadores Ana Paula Araújo, Anderson Lopes, Dickson Júnior, Eriko Jácome, Felipe Alves, Herberth Senna, Júlia Arruda, Kleber Fernandes, Milklei Leite, Nina Souza, Nivaldo Bacurau, Raniere Barbosa, e Robson Carvalho; além dos deputados federais Paulinho Freire e Natália Bonavides.

Sobre a Fecomércio RN
A Fecomércio RN, criada em 1949, atua em defesa dos interesses do setor produtivo e lidera um dos maiores sistemas de desenvolvimento social do mundo. Com o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), a entidade promove ações de qualidade de vida e capacitação profissional em todo estado.

Ao todo, o Sistema Fecomércio conta com mais de 20 unidades físicas espalhadas pelo Rio Grande do Norte; além de unidades móveis, que levam serviços de saúde, educação e qualificação profissional para diversos municípios. Em 2023, as entidades que formam o Sistema realizaram mais de 1,6 milhão de atendimentos.

Assessoria da Fecomércio RN

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20 anos sem Brizola: político segue referência para luta democrática

O momento era de tensão total. Naquele 28 de agosto de 1961, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, foi correndo para o porão do Palácio Piratini e fez um pronunciamento para uma rádio que a equipe montou de improviso. “Hoje, nesta minha alocução, tenho os fatos mais graves a revelar. O Palácio Piratini, meus patrícios, está aqui transformado em uma cidadela que há de ser heroica (…)”. Ele pedia resistência até o fim.  Aquele seria um dos momentos que faria com que Brizola (1922 – 2004), que morreu há 20 anos, entrasse para a história brasileira. Segundo pesquisadores, ele foi responsável por evitar, via uma rede de rádios, que o golpe militar ocorresse naquele ano. 
Momentos como esse terão destaque em um documentário de Sílvio Tendler, que deve ser lançado no segundo semestre deste ano. Aquele episódio ocorreu depois da renúncia de Jânio Quadros. Como João Goulart, o vice-presidente, estava em missão diplomática fora do País, a cúpula militar posicionou-se para impedir a transmissão de posse para o vice. Houve um impasse e quem assumiu o país foi o presidente da Câmara, Paschoal Ranieri Mazzilli.

Leitura de País

De acordo com o neto de Brizola, Leonel Brizola Neto, que cedeu as imagens para o filme e que busca divulgar o legado do avô com uma associação cultural, o então governador tinha a noção da ameaça de uma ruptura democrática. 

“Ele tinha uma leitura do que estava acontecendo. Naquela época, não havia a facilidade das informações que nós temos hoje. Ele entendeu e começou a organizar (a resistência). Todos os atos do Brizola foram sempre dentro da legalidade democrática”, argumenta o neto. 

Em nome dessa legalidade, Brizola passou a utilizar a Rádio Guaíba, através de um ato governamental, para defender a posse do vice. Para o professor de história Adriano de Freixo, da Universidade Federal Fluminense, Brizola foi a figura central da resistência. 

Freixo ressalta que houve de fato uma tentativa de golpe em 1961, orquestrada pelos que executaram o golpe de 1964. 

“Quando Brizola montou a rede da legalidade, com seus discursos sendo transmitidos para todo o Brasil, ele também consegue apoio militar, do Exército no Rio Grande do Sul e da Brigada Militar gaúcha, dispostos a ir para o confronto. Isso faz, inclusive, com que outras lideranças civis se animassem a resistir”, afirmou o professor. 

A “rede da legalidade”, como ficou conhecida, congregou mais de 100 rádios pelo Brasil, que passaram a retransmitir discursos pela manutenção da democracia e da legalidade.

Brizola passou a denunciar que aviões militares brasileiros teriam ordem para atirar contra o palácio do governo gaúcho. Segundo os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, como conseguiu adesão de praças da própria Força Aérea boicotaram as aeronaves para que não decolassem.

 Frustração

O professor Adriano de Freixo avalia que Brizola estava disposto, inclusive, a partir para o confronto, se fosse necessário. “Como ele mesmo disse em alguns depoimentos, a ideia dele era marchar para o Rio de Janeiro e dissolver o Congresso, já que parlamentares tinham sido coniventes com tentativa de golpe e garantir a posse do Jango”, afirma o professor. Foi uma decepção para Brizola ter conhecimento de que Jango concordou com uma solução conciliatória e assumiu um regime parlamentarista provisoriamente. 

A frustração de Brizola com o presidente deu-se diante de um contexto político. Pesquisadores do período entendem que havia expressivo apoio popular à posse de Jango em 1961. De acordo com o sociólogo Yago Junho, que também pesquisa a trajetória de Brizola, o então governador do Rio Grande do Sul ganhou a opinião pública porque compreendeu a importância do processo de comunicação. 

“A batalha política é a batalha das comunicações. Mais de 70% da população apoiava a posse do Jango e o Brizola, em relação a esse apoio popular, queria efetivamente promover mudanças. Acabou prevalecendo a conciliação e a conciliação só serviu para adiar o golpe por três anos”, analisa o sociólogo. Os pesquisadores avaliam que Brizola foi hábil, mas não contava que Jango iria curvar-se às condições dos militares. 

Legados

Brasília (DF) 20/06/2024 - 20 anos da morte de Leonel Brisola. Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal

Os pesquisadores da trajetória de Leonel Brizola entendem que a infância pobre no Rio Grande do Sul foi fator decisivo para as escolhas políticas do homem que foi governador de dois estados, o que ele nasceu, e o Rio de Janeiro.  Yago Junho analisa que Brizola defendeu o trabalhismo e os direitos da Consolidação das Leis do Trabalho. 

O historiador Adriano de Freixo vê Brizola como uma das figuras públicas mais importantes da segunda metade do século passado. 

“Ele construiu uma carreira política muito profícua. Ele defendeu melhor distribuição de riquezas, com propostas como a realização da reforma agrária, educação integral nas escolas e defesa do país diante de pressões estrangeiras”, diz 

Os pesquisadores assinalam que Brizola acreditava que a educação seria a forma de gerar uma construção de uma sociedade menos desigual, tanto na gestão do Rio Grande do Sul (1959 – 1963) como do Rio de Janeiro (1983 – 1987 e 1991 – 1994).

“Essa preocupação do Brizola com uma educação de qualidade, com uma escola de tempo integral, é algo que hoje continua no âmbito de investigadores educacionais do Brasil”, afirma o historiador Adriano de Freixo. Sobre a escola em tempo integral, defendida pelo político gaúcho, o pesquisador avalia que foi uma ideia que acabou sendo combatida por diferentes setores. “Essa é uma questão central no pensamento do Brizola”.

O resultado foi que houve redução do analfabetismo com a construção de mais de seis mil escolas. “O pai dele foi assassinado. A mãe alfabetizou os filhos. Ele foi depois, com 14 anos, estudar sozinho numa escola técnica em Viamão, que é perto de Porto Alegre. “Conseguiu entrar na universidade como engenheiro”, afirma Leonel Brizola Neto.  No Rio de Janeiro, ele implementou a ideia do antropólogo Darcy Ribeiro e criou os Centros Integrados de Educação Pública (Ciep) para fazer valer a educação integral.

Contra o “atraso”

Além da educação, outra marca de Brizola foi a defesa enfática da reforma agrária. “Entendo que essa é uma questão central para aquela esquerda trabalhista do início dos anos 60: o latifúndio tinha que ser combatido. Você não consegue combater e superar o subdesenvolvimento se não superar a questão agrária”, sublinha o historiador Adriano de Freixo. O pesquisador explica que, além da necessidade de se combater as pressões internacionais, seria necessário modernizar o capitalismo brasileiro, numa defesa de uma sociedade menos desigual. “O latifúndio seria uma das causas do atraso nacional”.

O sociólogo Yago Junho crê que Brizola “pagou um preço muito alto” pelas ideias que defendia. “O final da vida dele num ostracismo tem a ver com uma incompreensão sobre o legado político dele”. Uma das acusações dos opositores é que teria havido uma política ineficaz de segurança pública e que a criminalidade aumentou. O resultado foi, segundo avalia, um final de vida no ostracismo. 

Brasília (DF) 20/06/2024 - 20 anos da morte de Leonel Brisola. Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal

Visibilidade

Na defesa do legado do avô, Leonel, além do documentário, quer dar mais visibilidade às histórias do político. “A gente está agora em um outro processo para tentar digitalizar todos eles e jogar na internet para as pessoas olharem e pesquisarem”. 

Leonel lembra não só do político, mas também do homem disciplinador que cobrava pontualidade, e que se divertia contando suas histórias nas festas de família. “Lembro dele me ensinando a fazer orçamento doméstico. E também plantando bananeira (ponta-cabeça no chão) em casa. Ele era um homem muito forte”, recorda o neto.

Agência Brasil

Edição: Aline Leal

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17 anos sem a maior cantora do Rio Grande do Norte

Idenilde Alves da Costa é o que está no seu batistério, mas o Brasil o consagrou como Núbia Lafayette.

Nasceu em Assú (o Gato Preto prefere Acú) em 21 de janeiro de 1937. Há quem reivindique que seu nascimento tenha sido em Ipanguaçu. Faleceu em Niterói (RJ) em 2007.

Núbia empunhou microfones nos principais e mais gloriosos palcos do Brasil. Foi uma das maiores intérpretes deste país e está no mesmo panteão de Dalva de Oliveira, Angela Maria, Glorinha de Oliveira e tantas outras instituições da música brasileira.

Salve, Núbia!

O Rio Grande do Norte lhe deve muitas reverências, mas a Revista Coité não lhe esquece.

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