
Como em todos os anos, neste Dia de Finados, dezenas de admiradores se reúnem no Cemitério Bom Pastor I, em Natal, para prestar homenagens ao cantor potiguar Carlos Alexandre. Entre flores, velas e orações, o clima é de saudade e reconhecimento por uma das vozes mais marcantes da música popular do Brasil. Fãs vindos de várias partes do Rio Grande do Norte relembraram os sucessos que marcaram uma geração e mantêm viva a memória do artista, falecido há mais de quatro décadas, mas ainda presente no coração do público.
Nascido em 1º de junho de 1957, em Nova Cruz, Carlos Alexandre iniciou sua carreira musical em meados dos anos 1970 e rapidamente conquistou espaço nas rádios do país. Canções como “Feiticeira”, “A Ciganinha” e, principalmente, “Cartas de Amor”, tornaram-se clássicos românticos e levaram seu nome além das fronteiras do estado. Com uma voz marcante e letras simples, o cantor se destacou por interpretar histórias de amor e dor que dialogavam com o cotidiano de muita gente, alcançando milhões de cópias vendidas e consolidando seu sucesso nacional.

O trágico acidente automobilístico ocorrido em 30 de janeiro de 1989, na BR-304, interrompeu precocemente a trajetória de Carlos Alexandre, que tinha apenas 32 anos. Mesmo após sua morte, sua obra continua a emocionar gerações, sendo regravada por novos artistas e lembrada em eventos culturais e religiosos. No Dia de Finados, a comoção se renova, e o legado do cantor segue vivo nas vozes e memórias daqueles que encontram em suas músicas um retrato sensível do amor e da vida.
Foto jazigo: Repórter Gato Preto

