A produtividade do trabalhador brasileiro é significativamente mais baixa do que a de seus colegas norte-americanos, alcançando menos de 25% do nível registrado nos Estados Unidos, conforme dados do Conference Board. Em 2023, o Brasil ocupava a 78ª posição em um ranking de 131 países, ficando atrás de economias sul-americanas como Uruguai (48º), Argentina (56º) e Chile (59º).
Em 2024, a produtividade por hora do trabalhador brasileiro foi de aproximadamente US$ 21,44 PPC (Paridade do Poder de Compra), muito abaixo dos US$ 94,80 PPC por hora dos Estados Unidos. A carga horária média no Brasil é de 39 horas semanais, uma a mais do que nos EUA.
No âmbito do G20, o Canadá apresenta a menor carga de trabalho, com uma média de 32,1 horas semanais. No entanto, a produtividade canadense é quase três vezes maior do que a brasileira, alcançando US$ 56 PPC por hora. Também superando o Brasil, estão Austrália, Alemanha e França, com cargas de trabalho semanais de 32,3, 34,2 e 35,9 horas, respectivamente.
A baixa produtividade é considerada um dos principais obstáculos para a redução da jornada de trabalho no Brasil, um tema que ganhou destaque no ano passado com a proposta de extinção da jornada 6×1 (seis dias de trabalho e um de descanso).