O Rio Grande do Norte começa o ano de 2025 comemorando um crescimento notável na atividade econômica internacional, especialmente quando comparado aos últimos dez anos. A Balança Comercial do estado registrou um aumento impressionante de 638,89% entre 2015 e 2024, conforme análise realizada pelo Sebrae-RN com base nos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O estudo detalha o histórico de exportações e importações da última década, revelando que o saldo comercial saltou de US$ 70,24 milhões em 2015 para US$ 518,99 milhões em 2024.
“De maneira consistente, as exportações mantiveram uma trajetória de crescimento entre 2015 e 2024, com algumas flutuações. Destaco o crescimento expressivo entre 2023 e 2024, quando houve um aumento de 42,55%, passando de US$ 781 milhões para US$ 1,113 bilhão. Esse avanço foi impulsionado principalmente pela alta de 118% nas exportações de fuel oil, que vêm crescendo desde 2018, quando o valor exportado era de US$ 9 milhões, alcançando US$ 558 milhões em 2024”, destaca Alinne Dantas, gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae/RN.
A análise também revela que os três principais destinos das exportações potiguares entre 2015 e 2024 foram os Países Baixos (US$ 904,51 milhões), Singapura (US$ 851,28 milhões) e os Estados Unidos (US$ 823,78 milhões). Os produtos que mais contribuíram para o saldo comercial do estado durante esse período foram os óleos de petróleo (US$ 1,48 bilhão – 29%), melões frescos (US$ 969,15 milhões – 19%), melancia fresca (US$ 320,48 milhões – 6%) e sal marinho (US$ 232,45 milhões – 5%), totalizando 58% das exportações do estado.
“Uma análise específica sobre os óleos de petróleo revela que o RN tem um papel predominante como intermediário. As exportações deste produto mostram uma diferença significativa, com US$ 38,7 milhões e 67,9 milhões de quilogramas líquidos a mais no valor atribuído ao estado em relação aos municípios. Isso sugere que empresas estabelecidas no RN estão intermediando exportações de produtos que podem ter origem em outras regiões”, explica Alinne.