16 de outubro – Dia Mundial da Alimentação: ONU aponta queda de 85% da fome no Brasil

Dados apresentados no Rio de Janeiro no último mês de julho demonstram melhora dos índices da insegurança alimentar severa no Brasil, levando o governo a prever a saída do país do Mapa da Fome no triênio de 2023 a 2025. Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o senador licenciado Wellington Dias comemorou a redução da fome no Brasil, mas lamentou a manutenção das taxas de pobreza e fome no mundo revelada no relatório da Organização das Nações Unidas.

A edição de 2024 do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial revela queda de 85% na insegurança alimentar severa no Brasil. O índice corresponde à redução ocorrida no ano passado em relação a 2022, quando o número de pessoas afligidas pela fome era de 17 milhões e 200 mil e passou para 2 milhões e meio de brasileiros.

O relatório da ONU que atualiza anualmente o Mapa da Fome foi lançado pela primeira vez no Brasil, na reunião do G20 para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza com a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o senador licenciado Wellington Dias, que mencionou os esforços do governo federal para a redução da fome.

Wellington Dias – Lançamos o Plano Brasil sem Fome e os Pobres no Orçamento. Foram 70 bilhões de dólares para alcançar os resultados que começamos a alcançar. Acabar com a fome é a principal bandeira do nosso governo. Isso mostra a importância do relatório para nós e o enorme significado deste momento para mim especialmente.

O Brasil havia saído do Mapa da Fome em 2014, mas voltou em 2019 e permaneceu até 2022. Segundo Wellington Dias, os dados do relatório da ONU trazem a confiança de que o país sairá do Mapa da Fome no triênio de 2023 a 2025. Os bons índices brasileiros apresentados influíram na redução da insegurança alimentar na América Latina. No entanto, os dados globais da fome continuam altos: em 2023 a redução do índice foi de apenas 0,28% em relação ao ano anterior. O ministro lamentou a situação.

Wellington Dias – O relatório traz uma mensagem de desalento: o mundo no geral não está conseguindo retomar os trilhos do combate à fome e à pobreza. Além de estarmos já há três anos sem nenhum sinal de reversão do grande crescimento da fome verificado durante a pandemia, as projeções indicam que, a serem mantidas as tendências atuais, 582 milhões de pessoas ainda estarão cronicamente desnutridas em 2030.

O relatório produzido por agências da ONU informa que a África continua a ser a região com a maior proporção da população que enfrenta a fome: 20,4%. Na Ásia o índice é de 8,1%, na América Latina e Caribe, 6,2% e, na Oceania, 7,3%. Mas os asiáticos ainda representam mais da metade de todas as pessoas afligidas pela fome no mundo.

Da Rádio Senado, Janaína Araújo

 

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