5 de outubro de 2025

Cultura

I Festival de Bandas Marciais movimenta Pista Nova com clássicos e hits das redes sociais

Na tarde deste sábado (04/10), o I Festival de Bandas Marciais, Percussivas e Fanfarras movimentou a tradicional Avenida Mônica Dantas – Pista Nova –, reunindo centenas de estudantes que tocaram um repertório variado indo de clássicos da música até os atuais hits que embalam as redes sociais como Tik Tok e Instagram. O evento abriu oficialmente a ampla programação alusiva aos 148 anos de emancipação política da cidade que prossegue até o dia 27 do corrente mês, podendo ser conferida na íntegra nos canais oficias da Prefeitura Municipal.

O I Festival de Bandas Marciais, Percussivas e Fanfarras de Macaíba, realizado pela Prefeitura, em parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, é uma oportunidade ímpar para valorizar o trabalho desenvolvido nas escolas. Além do tradicional desfile cívico, esse momento permite que os estudantes possam mostrar, com orgulho e dedicação, todo o esforço e talento que cultivam ao longo do ano, informou o titular da Secretaria de Educação, Ademar Silva Júnior. Os jurados atuaram de forma bastante rigorosa, tendo dois verificando os competidores diretamente da pista, analisando cada detalhe.

“O festival reforça o papel da escola como espaço de cultura, integração e protagonismo estudantil, fortalecendo a identidade macaibense e a participação da comunidade. É extremamente positivo vermos nos jovens a alegria de representar suas escolas, nos professores instrutores o entusiasmo de orientar e, no público, o reconhecimento desse trabalho que une arte, disciplina e cidadania.”, pontuou.

O prefeito Emídio Júnior prestigiou o evento atentamente e interagiu com os participantes e o público em geral e afirmou: “Estamos muito felizes em poder realizar o primeiro Festival de Bandas Marciais e Fanfarras, abrindo a programação do aniversário da cidade. Também tive a oportunidade de tocar em bandas marciais e sei o quanto isso significa para cada um de vocês. Estão todos de parabéns e próximo ano tem mais, se Deus quiser.”

Marcaram presença a vereadora Ismarleide Duarte, propositora do festival no âmbito da Câmara Municipal, e a presidente do Legislativo, vereadora Érika Emídio, além dos secretários municipais Ademar Júnior, Sérgio Nascimento, Sâmara Figueiredo e Flávia Urbano, dos adjuntos Ionillo Ribeiro e Lindenilson Moura.

Ranking final:

1. Banda Marcial Henrique Castriciano – 229,7
2. Banda Marcial Dr. Severiano – 229,6
3. Banda Marcial José Arinaldo – 227,7
4. Banda Fanfarra Fênix – 223,5
5. Banda Marcial Arcelina Fernandes – 199,0
6. Banda Marcial Auta de Sousa – 196,9
7. Banda Venera Dantas – 193,4
8. Banda Percussiva Scorpions Independentes – 191,6
9. Banda Marcial José Mesquita – 189,8
10. Banda de Música da EAJ – 180,6
11. Banda Marcial Mestre Ciron de Oliveira – 155,5

Imagem: Flávia Urbano

Cidadania

37 anos da Constituição Cidadã

O dia 5 de outubro de 1988 entrou para a história como o marco da transição definitiva do Brasil da ditadura para a democracia. Naquele dia, em uma sessão solene e emocionante no Congresso Nacional, era promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil, carinhosamente batizada de Constituição Cidadã. Este não foi apenas um ato formal; foi o ponto de virada que selou o fim de um período de exceção e inaugurou um novo tempo histórico, repleto de direitos e garantias essenciais para a sociedade brasileira.

A solenidade foi carregada de simbolismo, começando em um dia atípico, de chuva após meses de estiagem em Brasília. Enquanto a chuva reduzia a participação popular, o Congresso se enchia para testemunhar o nascimento de um novo pacto social. O momento da promulgação, pouco antes das 16 horas, marcou uma situação inusitada: o país foi regido por uma constituição e, instantes depois, por outra. Conquistas sociais, como o direito à licença-paternidade, e a proteção individual, com a exigência de autorização judicial para buscas e apreensões, entraram em vigor de imediato, simbolizando a profundidade das mudanças.

O ápice da emoção ocorreu com o discurso de Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte. Após assinar os exemplares originais, ele ergueu a Constituição e proferiu a frase que ecoaria na história: “Declaro promulgada. O documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude para que isso se cumpra!”. O Plenário aplaudiu em fervor, consolidando o compromisso de todos os presentes, que, em seguida, juraram defender o novo texto, promovendo o bem-estar e a união do povo brasileiro. A emoção era visível, inclusive no então presidente da República, José Sarney, com a mão trêmula ao jurar o novo texto.

A Constituição de 1988 se estabelecia, assim, como um farol de progresso. Ulysses Guimarães sintetizou a relevância do documento ao afirmar que a Nação havia mudado, restaurando a Federação, redefinindo os poderes e, principalmente, buscando transformar o homem em cidadão. O texto constitucional colocou os direitos e garantias individuais antes da organização do Estado, reafirmando a supremacia do indivíduo e da sociedade civil. Passados 37 anos, o dia 5 de outubro continua a ser um lembrete vivo do poder do diálogo e do consenso na construção de um país mais justo e equânime para todos.

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