O Dia Internacional de Luta contra a Corrupção, celebrado em 9 de dezembro desde a assinatura da Convenção das Nações Unidas em Mérida, destaca o compromisso global de mais de cem países com a integridade pública. No Brasil, a data ganha relevância especial por marcar a ratificação do acordo internacional por meio do Decreto Legislativo 348 de 2005 e sua promulgação em 2006, o que consolidou a adesão do país a mecanismos de prevenção e investigação. A efeméride promove reflexão sobre os avanços institucionais obtidos nas últimas duas décadas e a necessidade de mantê-los diante de desafios persistentes.
Dados recentes de órgãos de controle mostram que o Brasil registra anualmente prejuízos bilionários decorrentes de fraudes e desvios em contratos públicos. Segundo balanços divulgados por tribunais de contas e pelo Ministério Público Federal, somente investigações de grande porte nos últimos anos apontaram irregularidades que superam dezenas de bilhões de reais. Esse cenário demonstra que, apesar de instrumentos mais robustos de fiscalização, a corrupção ainda impacta áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura, comprometendo a qualidade de serviços e a confiança da população.
A data se torna importante por lembrar que o combate à corrupção não depende apenas de legislações, mas também de cultura de transparência, controle social e participação cidadã. O fortalecimento de políticas de prevenção, o investimento em tecnologia e a valorização de órgãos fiscalizadores são passos decisivos para que o país reduza perdas econômicas e avance na credibilidade institucional. Em um momento em que a sociedade exige mais eficiência e responsabilidade no uso dos recursos públicos, o 9 de dezembro funciona como marco simbólico e incentivo para que o Brasil continue aprimorando seus mecanismos de integridade.
