
Na semana em que o Belch Bar cerrou suas portas e o Forró com Turista findou sua história de décadas no Centro de Turismo, ultimando mais dois espaços culturais de Natal, um acalento para os que gostam da boa música e respeitam a trajetória dos que vivem por ela.
Na terça-feira, dia 10, o Projeto Seis e Meia promoveu em Natal um show especial. Talvez, a derradeira apresentação, juntos, dos Golden Boys e Trio Esperança. Irmãos na vida e na música.
Repertório impecável, banda perfeita, arranjos fiéis à memória de quem viveu os tempos áureos de sucesso de todas aquelas páginas musicais.
O Projeto dedicou o show a Eliete Regina, que talvez os mais jovens nem conheçam. Radialista por décadas, fez parte do casting da Globo, dubladora da lendária produtora Hebert Richers; produtora cultural e proprietária do Violão de Ouro, bar e casa de shows que nos anos 80 recebeu centenas de artistas populares, como Núbia Lafayette e Nelson Gonçalves.
No camarim do Teatro Riachuelo, a Revista Coité acompanhou o encontro de Eliete com Evinha (foto), da formação original do Trio Esperança.
Radicada há alguns anos na Europa, Evinha é das melhores e há muito não visitava Natal. Poucas cantoras brasileiras se arvoram a cantar seu repertório com a devida qualidade e dignidade.
Em 1968 a cantora deixou o Trio Esperança e gravou Cantiga Por Luciana, alcançando um sucesso gigante, vencendo o 4º Festival Internacional da Canção. Por isso, é mais que provável que alguma “Luciana” conhecida pelo caro leitor, nascida nos anos 70, tenha seu nome por inspiração de Evinha.
Aos que não a conhecem, o Gato Preto prescreve o Google. Verão que o mundo a respeita!
Todos os aplausos para a cultura Brasileira!