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Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha são declarados patronos da MPB

Os criadores de “Nervos de Aço” e “Carinhoso” foram declarados patronos da música popular brasileira pelo presidente Lula a homenagem a Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha teve origem no senado

Quem é que nunca chorou um amor perdido ao som de “Nervos de Aço”?  

As canções de Lupicínio Rodrigues fazem parte da memória afetiva de gerações de brasileiros e brasileiras, não é? Pois, desde a semana passada, essa marca existe também na legislação nacional. O presidente Lula sancionou a lei que declara o criador do estilo “dor de cotovelo” patrono da música popular brasileira.

E Lupicínio não está sozinho: a lei também concedeu o título a Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha.

O projeto que deu origem a homenagem foi apresentado pelo então senador pelo Rio Grande do Sul Lasier Martins em 2019. Nascido em Porto Alegre em 1914, Lupicínio Rodrigues alcançou o sucesso na década de 30 do século XX no Rio de Janeiro. Seus sambas-canção foram imortalizados na voz de grandes intérpretes como Francisco Alves, Dalva de Oliveira e, mais tarde, Elza Soares, João Gilberto e Paulinho da Viola.

Certamente, Lupicínio é um dos compositores mais originais da nossa música popular. Ele se destacou como o criador da chamada “dor-de-cotovelo”. A expressão, graças a ele, passou a designar um estilo de canção, que trata das desventuras amorosas, um tema no qual Lupicínio foi um criador imbatível. Poucos foram capazes de tanta imprevisibilidade no âmbito da poesia da nossa música popular. 

O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul foi o relator do projeto na Comissão de Educação do Senado e acolheu a sugestão do senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, para que a homenagem incluísse também aquele que deu ao choro a sua identidade. Pixinguinha nasceu em 1897 no Rio de Janeiro. Suas composições e arranjos são considerados sofisticados até os dias de hoje.

Temos uma constelação de músicos da maior diversidade, mas é emblemático também porque o Pixinguinha traz uma questão histórico-cultural e social da maior importância. Foi o precursor do choro, e o choro inspirou a música popular brasileira. A gente tá falando de um negro que fez sucesso nos idos de nossa longeva história. 

A lei brasileira diz que para que alguém seja declarado patrono ou patrona em um determinado campo, é preciso que essa pessoa tenha se destacado pela sua “contribuição excepcional ao segmento pelo qual a sua atuação servirá de paradigma”, ou seja, um padrão.

Da Rádio Senado, Raíssa Abreu.

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Hoje também é o Dia Nacional do Frevo, uma celebração à origem e identidade cultural brasileira

O dia 14 de setembro marca o Dia Nacional do Frevo, uma data que homenageia o jornalista pernambucano Osvaldo da Silva Almeida, responsável por criar o termo em 1907. Nascido em 1882, exatamente nesta data, Almeida registrou pela primeira vez a palavra em uma publicação da imprensa, dando nome a um dos maiores símbolos da cultura popular do Brasil. Desde então, o frevo se consolidou como expressão artística única, marcada pela força da música, pela criatividade da dança e pela energia contagiante que caracteriza o Carnaval pernambucano.

Embora nacionalmente celebrado em setembro, em Pernambuco o frevo também é lembrado em 9 de fevereiro, quando se comemora a primeira aparição da palavra nos jornais. Essa tradição reforça a ligação profunda entre o frevo e o povo pernambucano, que vê no ritmo uma síntese de identidade e resistência cultural. Não por acaso, a manifestação foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, ampliando seu alcance e reafirmando seu valor para a memória coletiva brasileira.

Celebrar o Dia Nacional do Frevo é exaltar não apenas uma forma de arte, mas também a história e a vitalidade de um povo que transformou música e movimento em linguagem de vida. Cada sombrinha colorida, cada passo ritmado e cada acorde das orquestras de metais revelam a criatividade e a paixão de uma cultura que continua a emocionar gerações. Mais do que tradição, o frevo é a expressão de um Brasil plural, festivo e profundamente ligado às suas raízes.

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O forró pode se tornar Patrimônio da Humanidade

Até o dia 14 de setembro acontece o 1º Festival Internacional do Forró de Raiz, na cidade de Lille, integrando a Temporada Brasil-França 2025, em celebração aos 200 anos das relações bilaterais entre os dois países. Além da programação artística, o festival marca um passo importante para a candidatura do forró como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, com a entrega simbólica do dossiê elaborada pelo Iphan.

O Rio Grande do Norte está representado no festival pelos artistas Deusa do Forró, Cláudio Araújo e Jarbas do Acordeon, que se apresentam no domingo (14), às 20h. Os dois últimos, que também são coordenadores do Fórum Estadual de Forró de Raiz, reforçam a presença potiguar na defesa das tradições do gênero. Ainda no mesmo dia, das 12h às 13h30, Cláudio Araújo conduzirá a palestra “Ensino Coletivo e o Universo do Forró: A prática das Orquestras Sanfônicas no Rio Grande do Norte”, destacando a experiência das sanfônicas criadas no estado entre 2008 e 2010.

Os três artistas já haviam subido juntos ao palco em Natal, no último dia 31 de julho, durante o projeto “Pôr do Sol na Rampa”, realizado pela Fundação José Augusto e a Secretaria de Estado da Cultura. A apresentação gratuita foi uma prévia para o público potiguar conhecer os representantes locais que levarão o forró de raiz para a França. Com carreiras consolidadas e atuação destacada na preservação da cultura nordestina, eles simbolizam a força da tradição musical do RN no cenário internacional.

O Festival Internacional do Forró de Raiz conta com a parceria do Consórcio Nordeste, da Secretaria de Cultura da Paraíba, da Associação Cultural Balaio Nordeste e da associação francesa Lille3000. A programação inclui shows, oficinas, palestras e debates, reunindo pesquisadores, artistas e instituições culturais. Para além da música, o encontro promove o intercâmbio cultural e fortalece a luta pelo reconhecimento do forró como patrimônio mundial, ampliando sua visibilidade e reafirmando sua importância como expressão da identidade brasileira.

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Aniversário de Auta de Souza tem programação especial da Prefeitura de Macaíba

A Prefeitura de Macaíba realiza, por meio das secretarias municipais de Educação e de Cultura, uma programação especial alusiva aos 149 anos de nascimento da maior poetisa mística do Brasil, a macaibense Auta de Souza. O Sarau “Macaíba em AUTA poesia” acontece amanhã e sexta-feira, dias 11 e 12 de setembro, com apresentações de teatro, recital, música, exposição e palestra.

Nesta quinta-feira, dia 11, a Biblioteca Municipal Auta de Souza recebe a partir das 14h uma programação que terá: apresentação Cultural “Nossas Raízes ” com alunos do C.E.M. Vereador Pedro Gomes de Souza, voz e violão com Chico Bass e Ana Leide, recital Poético com Lucivaldo Feitosa, e lançamento do livro “Tesouros Ocultos do Quilombo de Capoeiras”, de Maria Luzinete Dantas Lima.

Já no dia 12 de setembro, acontece na Casa da Cultura Popular Nair de Andrade Mesquita, a partir das 14h, a palestra: O intenso lirismo de Auta (Marcelo Augusto e Tiago Tadeu), apresentação do sarau poético teatral da escola Ativa, música com o Acústico em Dois (Luan e Fran) e recital com participações de Fabiane Marques, Angélica dos Santos, Zete Gomes e Ester Havenna.

“Auta de Souza deve ser celebrada os 365 dias do ano. Uma mulher que viveu muito além do seu tempo. Sua obra é atemporal, rompeu barreiras inspirando gerações de escritores e poetas. É justamente essa grandeza literária que vamos celebrar no dia 12. A mulher livre, profunda, corajosa e sincera que colocou Macaíba no patamar mais alto da literatura brasileira”, afirmou o secretário de Cultura, Sérgio Nascimento.

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Museu Solar Ferreiro Torto sedia I Feira Tradição e Inovação de Macaíba nesta segunda-feira (08/09)

Nesta segunda-feira (08/09), o pátio do Museu Solar Ferreiro Torto será palco da I Feira Tradição e Inovação, um evento que conecta indústrias, agricultura familiar e economia de impacto, celebrando nossas raízes e nossa capacidade de inovar. Uma oportunidade que mescla negócios e cultura, além de promover novas conexões sociais.

Além de conhecer iniciativas que estão transformando a cidade de Macaíba e a região, com destaque para o artesanato local, o público vai poder aproveitar a programação musical que terá como atração o cantor Robertinho do Acordeon. Tudo começará a partir das 16h, e o acesso será gratuito. Esse evento é idealizado pelo Ecossistema Local de Inovação (ELI), onde as instituições que estão organizando são a Prefeitura Municipal de Macaíba e a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN), explicou Aristela Tatiany, agente local de Desenvolvimento Econômico.

“A intenção é criar conexões com as instituições que estão visitando a cidade, fomentar parcerias e apresentar o que Macaíba pode dispor nas áreas de desenvolvimento técnico e científico para o setor produtivo e setores afins.”, declarou Aristela.

Imagem: Edeilson Morais

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“Contando histórias e botando boneco” tem apresentações gratuitas em Macaíba nesta sexta (05/09)

O projeto “Contando histórias e botando boneco”, da Trotamundos Cia de Artes, tem duas apresentações gratuitas em Macaíba nesta sexta (05/09), às 9h e às 14h, no auditório da Casa de Cultura Popular Nair Mesquita. O espetáculo é uma realização do Ministério da Cultura, Governo Federal e tem o apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria de Cultura e Fundação José Augusto, por intermédio do Programa Aldir Blanc de Incentivo e Fomento à Cultura. A iniciativa oferece ao público estudantil uma justa homenagem ao Mestre do Teatro de João Redondo, Chico Daniel.

Como bem sugere o título, o projeto mistura linguagens tradicionais do nosso rico patrimônio cultural, ambas originárias da tradição oral. “Botar bonecos era o que fazia com maestria o saudoso Chico Daniel. Nesta semana, na qual de comemora o seu aniversário, a Trotamundos une seu ofício maior de preservar e divulgar a oralidade através das contações de histórias, trazendo ao público um momento de afetividade e memória”, explica a atriz, autora e contadora de histórias, Anna Celina.

Serão apresentadas as histórias de autoria de Anna Celina: “O encantador de Bonecos” e “A flor do mamulengo”, com a participação de Beto Vieira, seguidas pela brincadeira de João Redondo de Josivan de Chico Daniel, filho herdeiro do velho mestre, com “As presepadas de Baltazar”. O projeto integra ainda as comemorações de 25 anos de fundação da Trotamundos Cia de Artes.

O projeto começou a semana, nesta segunda (01/09), com apresentações no Núcleo de Educação Infantil da UFRN, amanhã estará na Escola Estadual Roberto Rodrigues Krause (Parnamirim), na quarta-feira no Lar Fabiano de Cristo (Felipe Camarão, Natal) , quinta-feira em São Gonçalo do Amarante, encerrando a programação em Macaíba, onde Chico Daniel fincou raízes e passou longos anos de sua vida.

Imagem: Érica Marte

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Agosto da Cultura movimenta Macaíba com programação diversificada a partir desta quarta (20)

Através da iniciativa Agosto da Cultura, com recursos do Ministério da Cultura, via Lei Paulo Gustavo, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Macaíba promove uma programação incluindo diversos segmentos artísticos e que promete movimentar a Praça Paulo Holanda Paz durante três dias consecutivos nesta semana.

Tudo começa amanhã, quarta-feira (20), a partir das 9h. No local, haverá apresentações envolvendo danças tradicionais como Boi de Reis e Carimbó, além de exposição de artesanato e encenação teatral. As apresentações com danças típicas também ocorrerão à tarde, a partir das 14h, na mesma praça. Na data seguinte, quinta-feira (21), acontece a exposição “Novo Antigo”, com abertura no horário das 9h, na Casa de Cultura Popular Nair de Andrade Mesquita.

Já na sexta-feira (22), a programação retorna à Praça Paulo Holanda Paz, a partir das 14h, onde o público vai poder conferir uma mostra cultural e audiovisual dos artistas contemplados pela Lei Paulo Gustavo, exposição de artes plásticas, apresentações de povos de terreiro, dança, teatro e música. O encerramento será por conta do quarteto de forró “Kabas da Peste”, no horário das 17h.

Tudo isso terá acesso gratuito para a população em geral. Todos os detalhes da programação podem ser checados nas redes sociais da Prefeitura. Conforme informou Sérgio Nascimento, secretário municipal de Cultura e Turismo: “Vamos celebrar a cultura popular, os saberes e as tradições de nosso povo. Para isso, criamos uma programação especial, começando no dia 20 e indo até o dia 22. No dia 22, que é o Dia do Folclore, teremos uma grande manifestação cultural em praça pública, reunindo todos os fazedores de cultura que foram contemplados com os editais da LPG – Lei Paulo Gustavo. Então, teremos artistas dos mais setores”.

Foto: Edeilson Morais

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Música em Festa: 13 de Julho Celebra o Rock, o Sertanejo e a Voz do Brasil

Neste 13 de julho, o Brasil acorda ao som de acordes potentes e letras que tocam a alma. A data é especial por reunir três homenagens marcantes no universo da música: o Dia Mundial do Rock, o Dia Nacional do Cantor — também celebrado em 27 de setembro — e o Dia Nacional dos Cantores e Compositores Sertanejos.

Cada celebração carrega consigo uma história, uma sonoridade e um público apaixonado. O Dia Mundial do Rock surgiu como um tributo ao icônico festival Live Aid, realizado em 1985, com apresentações simultâneas em Londres e na Filadélfia. O evento, idealizado por Bob Geldof, reuniu gigantes do rock como Queen, U2 e Led Zeppelin para arrecadar fundos em prol do combate à fome na Etiópia. Desde então, a data virou símbolo de resistência, atitude e liberdade musical, adotada com entusiasmo especialmente pelos brasileiros.

Mas o 13 de julho também é dia de celebrar as vozes que embalam a vida cotidiana com emoção e identidade. O cantor — seja ele de barzinhos, palcos ou rádios — tem seu merecido reconhecimento neste dia. É a voz que transforma versos em sentimentos, que dá vida às composições e constrói pontes entre quem canta e quem ouve.

E, falando em voz do povo, o sertanejo tem lugar garantido no coração e na trilha sonora do país. O Dia Nacional dos Cantores e Compositores Sertanejos homenageia aqueles que contam, com simplicidade e poesia, histórias de amor, saudade, fé e esperança. Das modas de viola às baladas universitárias, o sertanejo traduz a alma brasileira e conecta gerações.

Comemorando estilos tão distintos e, ao mesmo tempo, tão complementares, o 13 de julho nos lembra da riqueza e diversidade da música. Do solo distorcido da guitarra ao dedilhar da viola caipira, da rebeldia do rock à doçura da canção sertaneja, hoje é dia de celebrar quem faz da música um ofício, uma paixão e uma forma de tocar vidas.

Porque, no fim das contas, seja qual for o ritmo, o importante é que a música siga ecoando — forte, autêntica e viva.

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O legado de Manxa ainda é a identidade de Natal

Talha esculpida por Manxa, instalada na agência Centro do Banco do Brasil, em Natal

Este repórter Gato Preto cresceu frequentando a agência central do Banco do Brasil, quando ainda estávamos distantes de tanta tecnologia e a presença fisica nestes lugares era necessária. Nada sobre bancos, mas sobre arte e lembranças de infância. Impossível para mim, até hoje, não me impressionar com a beleza da instalação depositada por Manxa naquele banco. Talvez, seu ativo mais valioso.

Pois, silenciosamente, o Rio Grande do Norte perdeu um de seus maiores nomes das artes visuais numa noite de março de 2012, em Currais Novos. O escultor e entalhador Ziltamir Soares, conhecido como Manxa, faleceu aos 63 anos, deixando um legado que atravessa décadas e paisagens do estado. Reservado e de talento incomum, Manxa foi o autor de obras icônicas como o painel da Reitoria da UFRN e magníficos entalhes artísticos. Ele estava internado devido a complicações renais e não resistiu ao agravamento do quadro clínico. O enterro aconteceu em São Vicente, sua cidade natal, onde vivia com a esposa.

Obra na fachada do prédio da Reitoria da UFRN

Desde cedo, o apelido o acompanhava. Foi ele mesmo quem se batizou de “Manxa”, por conta de uma mecha branca que destoava do cabelo escuro — sinal de nascença que carregava com orgulho.

Durante mais de 40 anos de dedicação à arte, Manxa assinou obras de grande impacto no Rio Grande do Norte e além. Estão entre seus trabalhos a imagem de Santana, na entrada da Ilha em Caicó, o monumento dos Três Reis Magos em Natal, o pórtico em homenagem aos Mártires de Uruaçu e Cunhaú e o painel na capela do campus da UFRN. Também produziu esculturas para repartições públicas, agências bancárias, empresas privadas dentro e fora do Brasil e teve obras incorporadas ao acervo da Pinacoteca do Estado, que herdou peças do extinto Bandern.

Escultura dos Reis Magos, na entrada de Natal

Entre as criações que marcaram época está o Monumento ao Atleta, feito em metal e instalado na área externa do antigo estádio Machadão. A escultura foi removida em 2001 por deterioração — à época, coberta de ferrugem e sem manutenção adequada.

Manxa e o Monumento ao Atleta, que existia na entrada do estádio Castelão, depois batizado de Machadão

Mesmo doente, próximo ao fim, ele continuava trabalhando, principalmente com esculturas em pedra, na oficina do sítio onde morava. Partiu como tantos gênios: sem dinheiro, sem fama e sem o reconhecimento que merecia.

Manxa era neto da artista popular Maria do Santíssimo (1890–1974), pai do publicitário Renato Quaresma e primo da artista Madé Wainer e do pintor Iaperi Araújo. Desde o início, seguiu a trilha familiar das artes. Foi um dos primeiros artistas potiguares a dominar o entalhe, técnica que se popularizou no Ceará e ele ajudou a difundir no RN.

À época, o artista plástico, também já saudoso, Dorian Gray Caldas, lamentou a perda. “É mais um mestre que se vai. Ele trouxe para o estado essa linguagem do entalhe. A obra dele transbordava nordestinidade. Era um expressionista Naïf.” Para Caldas, o grande marco de sua trajetória segue sendo o painel da Reitoria da UFRN.

Dorian lembrou ainda que o escultor chegou a ser professor convidado em instituições dos Estados Unidos. “Tinha um padrão de exigência muito alto, e nos últimos anos preferiu o recolhimento.” No “Dicionário das Artes Plásticas do RN”, escrito por Dorian, há uma entrada sobre Manxa.

Ao longo da vida, o artista viveu no Rio de Janeiro, passou temporada no Recife, manteve ateliê em Natal e, quase dez anos antes de morrer, decidiu voltar às raízes. “Ele começou a refazer esse caminho de volta quando já estava desmotivado, até deprimido. Saber que voltou a criar me encheu de alívio”, contou Iaperi Araújo. 

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São Rafael: Câmara Cultural 2025 promove cultura popular, arte, música e reflexão em programação especial

A Câmara Municipal de São Rafael-RN realiza a edição 2025 do projeto Câmara Cultural na próxima sexta-feira, dia 11 de julho. Idealizado por meio de um projeto de lei de autoria do vereador Fábio de Lulu, o evento é reconhecido nacionalmente com a Medalha Top Legislativo em Brasília e celebra a cultura popular com uma programação rica e diversificada.

A abertura oficial acontece às 8h, na área externa da Câmara Municipal, seguida de um dia inteiro de atrações que prometem movimentar o público. Os shows ficam por conta das bandas Templus, Carlos Valença e Banda, Toinho do Violão e Banda, Forró Du Jeito e Pau no Gato, levando alegria e tradição ao palco. Paralelamente, a Feirinha de Artesanato, das 8h às 17h, dará espaço aos artesãos da região mostrarem e comercializarem suas criações.

No Plenário da Câmara, o destaque é para o debate e o conhecimento. O Professor Djalmir Arcanjo traz duas palestras sobre os impactos do Projeto Baixo-Açu na economia de São Rafael, às 9h e 14h30. Já o Escritor Rusiano Paulino propõe uma reflexão sobre o tema “Reescrevendo a sua história”, palestra que será apresentada às 10h45 e 16h.

Para os amantes das artes visuais, a Sala de Reunião da Câmara será palco de oficinas com o artista plástico Wanderline Freitas, que ensinará técnicas de caricatura e desenho a partir das 9h15, com outras sessões às 10h30, 14h15 e 15h30.

A programação começa já no dia 9 de julho, com o lançamento do livro “Eu era um poeta e não sabia”, do Professor Djalmir Arcanjo, seguido de uma Sessão Solene em homenagem aos fazedores de cultura do município — uma justa celebração àqueles que mantêm viva a identidade local.

Dentre as autoridades que já confirmaram participação na Câmara Cultural 2025, o deputado estadual Dr. Kerginaldo parabenizou o vereador Fábio de Lulu pela iniciativa e pelo seu compromisso com a valorização da cultura popular, promovendo este importante encontro entre o saber, a arte e o povo. O vereador de Macaíba, Edi do Posto, também participará do evento para conhecer a ação e oportunizar o intercâmbio entre as duas casas legislativas municipais.

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Secretaria de Cultura de Macaíba realiza novas escutas públicas com artistas sobre a Política Aldir Blanc

A Prefeitura de Macaíba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, irá promover novas escutas com a classe artística macaibense com a finalidade de pautar o Plano de Aplicação de Recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PAR/PNAB). As opiniões serão colhidas através de formulário online disponível até 20 de junho e reuniões presenciais nas seguintes datas: Quilombo Capoeiras,16 de junho, às 17h, Ponto de Cultura; Povos Ciganos, 17 de junho às 16h, Comunidade Cigana; Povos Indígenas,17 de junho, às 19h, Ponto de Cultura; e cultura geral, 18 de junho, às 9h, na Casa da Cultura.

Em primeiro lugar, os artistas são ouvidos pela gestão da pasta e, então, são apresentados os recursos que o município poderá receber e as possibilidades de aplicação desses recursos. A primeira parte é online para todos em geral, mediante o link < https://forms.gle/fiC8kmubupNAx95q8>. Depois, serão visitadas as comunidades com povos tradicionais. Por fim, será agendado um encontro com todos em geral, sendo desta vez presencialmente.

Essas escutas com os artistas servem tanto para ouvir suas opiniões quanto sobre sua concordância quanto ao direcionamento dos recursos e orientação para elaboração de seus projetos em prol da cena cultura de nosso município. Depois disso, a Secretaria de Cultura e Turismo elabora o referido plano e envia para apreciação do Ministério da Cultura (MinC), explicou o secretário Sérgio Nascimento (foto). O documento com o plano também é publicado no Diário Oficial do Município.

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Teatro Alberto Maranhão comemora o Dia Estadual do Brega com show gratuito

O Teatro Alberto Maranhão vai ser palco nesta quinta-feira (5) da terceira edição do Grande Encontro do Brega, com a participação de Carlos Alexandre Júnior, Fernando Luiz, José Orlando, Roberto Cantor, Alvymar Farias & Karla Patrícia e Ary Maia. Realizado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e da Fundação José Augusto, o evento, gratuito, é realizado desde 2023 em comemoração ao Dia Estadual do Brega no RN e terá início às 20 horas.

Na ocasião, o cantor e produtor musical mossoroense Oseas Lopes, conhecido pelo nome artístico Carlos André, receberá o título de cidadão natalense. Financiado pelo Governo do RN, com recursos de emenda parlamentar destinada pelo deputado Ubaldo Maia, o evento conta com apoio institucional do Teatro Alberto Maranhão. O Dia Estadual do Brega (01/06) é amparado pela Lei Estadual Nº 11.452/23, sancionada no dia 01 de junho de 2023 pela governadora Fátima Bezerra.

“A data tem o objetivo valorizar o ritmo musical no qual o Rio Grande do Norte tem grandes expoentes, além de Carlos Alexandre, Fernando Luiz e Bartô Galeno”, destaca o diretor da Fundação José Augusto, Gilson Matias. Para o diretor do TAM, Ronaldo Costa, “o palco do teatro traz esse tom de nostalgia e reverência ao gênero mais amado do Brasil e consolida o evento no calendário cultural do estado”, assinala.

Valorização do brega – O gênero musical mais romântico do Brasil é produzido e ouvido do Amapá ao Rio Grande do Sul, da Paraíba ao Acre. Além de ser cultuado em diversos estados da federação, o brega ganhou o Dia Nacional, em lei recentemente sancionada pelo presidente Lula, a ser comemorado anualmente no dia 14 de fevereiro.

“Eu sempre defendi que o brega é uma manifestação cultural que gera renda, fortalece a economia criativa, estima o surgimento de novos talentos e colabora com a inclusão de centenas de profissionais da música no mercado de trabalho”, destaca Fernando Luiz, uma das atrações e coordenador de produção do Grande Encontro do Brega. Segundo ele, a criação do Dia Nacional do Brega reforça o gênero como um importante elemento da identidade cultural brasileira.

SERVIÇO: Grande Encontro do Brega | Terceira Edição.
🗓️ 05 de junho de 2025 (quinta-feira).
🕒 20h – Entrada franca.
📍 Teatro Alberto Maranhão – Praça Augusto Severo, s/n. Ribeira. Natal (RN).

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