
No dia 16 de outubro, o Rio Grande do Norte celebra a vida e o legado do Padre João Maria Cavalcanti de Brito, símbolo de fé, caridade e amor ao próximo. Nascido 23 de junho de 1848, na região do Seridó, o sacerdote formou-se no Seminário da Prainha, em Fortaleza, ao lado de figuras históricas como Padre Cícero. Sua trajetória pastoral foi marcada por uma profunda dedicação aos pobres e doentes, tornando-se um verdadeiro “Apóstolo da Cidade”. Em Natal, sua imagem é lembrada em pinturas, monumentos e, sobretudo, na memória afetiva de um povo que o reconhece como santo, mesmo sem canonização oficial.
Figura de fé viva e inspiradora, Padre João Maria tornou-se exemplo do verdadeiro cristão que não se omite diante da dor alheia. Durante as epidemias de varíola e cólera que atingiram Natal entre o final do século XIX e início do XX, ele enfrentou o medo e o sofrimento com coragem e compaixão, cuidando pessoalmente dos enfermos. Sua batina, muitas vezes rasgada para servir de atadura, simboliza a entrega total de quem viveu o Evangelho em sua essência. O “Anjo de Bondade”, como é carinhosamente chamado, continua a inspirar a solidariedade e o amor fraterno, valores cada vez mais urgentes em tempos de crise humanitária e desigualdade.
Falecido em 16 de outubro de 1905, portanto, há 120 anos, Padre João Maria permanece presente no coração dos potiguares, como farol de fé e esperança. Sua vida é lembrada como testemunho de um amor que não conhece fronteiras e de uma caridade que não se esgota. Neste mesmo 16 de outubro, quando também se comemora o Dia Mundial da Alimentação e o Dia Mundial do Pão, a Igreja Católica celebra o Dia de São Geraldo Majella, protetor da gravidez, da maternidade e das crianças.
