24 anos depois, câncer já mata mais sobreviventes do 11 de Setembro do que o próprio atentado

Vinte e quatro anos após os ataques de 11 de setembro, os efeitos da tragédia continuam sendo sentidos de forma devastadora. O Programa de Saúde do World Trade Center, ligado ao governo federal dos Estados Unidos, já contabiliza 3.767 mortes por câncer entre sobreviventes e socorristas expostos à nuvem tóxica liberada com o colapso das torres. O número já é superior às 2.977 vítimas fatais do dia do atentado. Ao todo, 48.579 pessoas receberam diagnósticos de câncer associados àquela exposição.

Entre os tipos mais comuns de câncer diagnosticados estão os de pele não melanoma, próstata e mama, além de melanoma, linfoma, câncer de tireoide, rim, pulmão, bexiga e leucemia. O levantamento também aponta que mais de 8.200 participantes do programa já faleceram em decorrência de diversas causas, revelando a extensão dos impactos à saúde provocados pela tragédia.

As doenças estão relacionadas à inalação de partículas liberadas após a queda das torres, que continham amianto, sílica, metais pesados e fumaça carregada de compostos cancerígenos. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), essas substâncias permaneceram suspensas no ar de Manhattan e do Brooklyn por várias semanas, aumentando o risco de contaminação para milhares de pessoas.

Criado em 2011, o Programa de Saúde do WTC hoje atende cerca de 132 mil pessoas, oferecendo assistência a pacientes com câncer, doenças respiratórias e transtorno de estresse pós-traumático. Segundo a emissora NBC, 64% dos participantes apresentam ao menos uma condição de saúde diretamente ligada ao 11 de Setembro. Atualmente, o programa reconhece mais de 350 substâncias químicas como agentes causadores de doenças associadas ao atentado.

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