A Secretaria de Saúde planeja espalhar 4 mil novas armadilhas, feitas com água e levedo de cerveja, para capturar ovos do mosquito da dengue pelo Distrito Federal. Atualmente, 2 mil arapucas, conhecidas como ovitrampas, estão montadas no DF.
As ovitrampas precisam ser colocadas nos domicílios, pois precisam estar em um local atrativo para o mosquito os seus ovos. E o ambiente preferencial Aedes aegypti é dentro das residências e nos arredores.
Segundo a Secretaria de Saúde, as ovitrampas são compostas por um pote preto com água e levedo de cerveja. Também contam com um pequeno pedaço de placa de fibra de madeira, conhecida como paleta.
No DF, as armadilhas podem ser instaladas a cada 100, 200 ou 300 metros, dependendo do tamanho da população. Além das casas, podem ser colocadas em estabelecimentos comerciais.
O DF também conta atualmente com 4.000 estações disseminadoras de larvicida (EDLs). Este tipo de armadilha também precisa ser instalado dentro dos domicílios.
O método consiste em um pote com água contendo um pano interior impregnado com partículas do inseticida piriproxifeno (PPF). O larvicida não representa riscos a humanos ou animais de estimação.
Ao pousarem no recipiente para colocar seus ovos, os mosquitos acabam contaminados pela substância. Quando buscam outros locais para continuar a desova, disseminam as partículas do PPF na água dos criadouros, impedindo que as larvas se desenvolvam.
Além das armadilhas, a pasta investiu em outras estratégias para conter a dengue. Como o emprego de mosquitos wolbitos, os insetos infectados com uma bactéria capaz de parar a reprodução de vírus causadores de dengue, zika, chikungunya e febre amarela dentro deles, impedindo a transmissão das doenças aos humanos.
Depois, esses mosquitos, são liberados na natureza para que se reproduzam com os insetos locais, estabelecendo, aos poucos, uma nova população totalmente infectada com a bactéria e incapaz de transmitir os vírus. Esse método de combate à dengue leva o nome da bactéria utilizada, a wolbachia.
No entanto, caso ações de prevenção não sejam adotadas, há risco de uma nova explosão de casos. Uma questão extremamente preocupante é o descarte irregular de lixo. O DF tem atualmente 200 pontos de grande despejo de entulho, com risco de reprodução do mosquito.