
Nesta segunda-feira, 30 de junho, o Brasil se junta a outros países para celebrar o Dia da Mídia Social, uma data que vai muito além de curtidas, seguidores e trends. Em um país que figura entre os maiores usuários de redes sociais do planeta, o dia convida a uma pausa — não para sair das telas, mas para pensar sobre o que realmente estamos construindo nelas.
As mídias sociais transformaram a forma como nos comunicamos, informamos e até como sentimos o mundo. Seja pela proximidade com quem está longe ou pela facilidade em acompanhar notícias em tempo real, essas plataformas se tornaram parte inseparável da vida cotidiana. No entanto, o ambiente digital também traz desafios cada vez mais complexos: da avalanche de desinformação às pressões estéticas, da superexposição emocional à polarização dos debates. É nesse cenário que o 30 de junho ganha relevância — como um convite coletivo a repensar o uso das redes e a responsabilidade que cada usuário carrega.
A data coincide, ainda, com o nascimento de Delmiro Gouveia, em 1863, figura pouco lembrada mas essencial para a história brasileira. Inovador, ele foi um dos primeiros industriais do Nordeste e enfrentou interesses estrangeiros ao apostar em uma economia mais autônoma. Sua história, marcada por ousadia e resistência, se entrelaça simbolicamente com os debates atuais sobre soberania digital, algoritmos e o controle das informações que circulam entre nós.
No fim das contas, o Dia da Mídia Social não é só uma comemoração tecnológica: é um lembrete sobre a forma como estamos contando nossas histórias — e quem está escutando.

