30 de julho de 2025

Efemérides

Câmara Cascudo: 39 anos de encantamento e herança cultural

Há exatos 39 anos, o Brasil se despedia fisicamente de Luís da Câmara Cascudo, mas seu encantamento segue vivo nas páginas que eternizaram a alma do nosso povo. Pesquisador incansável das raízes culturais brasileiras, Cascudo dedicou sua vida a ouvir, registrar e valorizar os saberes populares, os mitos, as lendas e os costumes que moldam a identidade nacional. Seu olhar sensível para o cotidiano transformou a simplicidade da vida em patrimônio, tornando-se referência incontornável nos estudos do folclore e da etnografia.

Autor de mais de 150 obras, Cascudo construiu uma ponte entre a academia e o povo, rompendo as barreiras do elitismo intelectual. Em títulos como Dicionário do Folclore Brasileiro e História da Alimentação no Brasil, revelou a riqueza que brota das manifestações populares, dos sabores, das narrativas orais, das festas e da linguagem do povo. Sua escrita, ao mesmo tempo rigorosa e poética, devolveu ao brasileiro o orgulho de suas raízes, num tempo em que o popular ainda era marginalizado pelos cânones oficiais da cultura.

Quase quatro décadas após sua partida, o legado de Câmara Cascudo permanece vivo nas escolas, nas rodas de conversa, nos estudos acadêmicos e nas políticas de preservação cultural. Ele continua encantando leitores e pesquisadores, como um guardião atento da memória e das tradições. Em tempos de aceleração e esquecimentos fáceis, lembrar Cascudo é reafirmar a importância de conhecer quem somos — e, sobretudo, de valorizar as vozes que, por muito tempo, foram silenciadas. Seu encantamento, portanto, não se limita à sua ausência, mas ressoa a cada reencontro com o Brasil profundo que ele tanto amou.

Indicadores Positivos

Número de homicídios no 1º semestre de 2025 em Macaíba é o menor em 13 anos

Macaíba encerrou o primeiro semestre de 2025 com o menor número de homicídios registrados nos últimos 13 anos. Segundo levantamento do Observatório Municipal de Segurança Pública, com base em dados fornecidos pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (COINE/SESED) do Governo do Estado, foram contabilizados 15 casos de homicídio entre janeiro e junho deste ano. No mesmo período de 2024, ocorreram 23 casos.

A redução representa uma queda de 38% em relação ao ano anterior. Para efeito de comparação histórica, o pico de homicídios em Macaíba, no primeiro semestre, foi registrado em 2018, com 47 vítimas. O resultado atual reforça o impacto positivo das ações conjuntas entre as forças de segurança municipais e estaduais, que vêm atuando de forma integrada na busca pela redução da violência e melhoria da qualidade de vida da população macaibense.

O secretário municipal de Segurança Pública, Kleber Macedo, comentou os números e destacou os fatores que contribuíram para esse avanço: “Esse gráfico representa a maior redução de CVLIs dos últimos 13 anos. Dentro dessa série histórica, alcançamos o melhor resultado, fruto de uma política firme e bem direcionada no enfrentamento à criminalidade. Essa conquista reflete a consolidação de estratégias do município bem estruturadas, como a criação do COISP – Centro de Operações Integradas, a implantação da central de videomonitoramento com inteligência artificial, a criação do Observatório Municipal de Segurança, o Conselho Municipal de Segurança, o Plano Municipal de Segurança Pública e o avanço na modernização do sistema de iluminação pública em nossa cidade.”

Kleber Macedo também ressaltou o papel da integração entre as forças de segurança: “Há toda uma estrutura da Polícia Civil funcionando de forma integrada ao COISP, utilizando o sistema de videomonitoramento municipal para obter imagens que auxiliem na composição de inquéritos. Da mesma forma, a Polícia Militar atua em total integração com a central, por meio da posição de despacho da Região Metropolitana Norte, instalada dentro do próprio COISP. Essa articulação, aliada às políticas públicas de segurança, foi fundamental para alcançarmos essa significativa redução nos índices de homicídio”, concluiu o secretário.

Imagem: Geraldo Neto

Rolar para cima