24 de fevereiro de 2025

Carnaval de Macaíba

Criançada macaibense fez a folia no Solar

Centenas de famílias foram prestigiar o Carnaval das Crianças, promovido pela Prefeitura de Macaíba, no Museu Solar Ferreiro Torto, na tarde deste domingo (23/02), movimentando o pátio onde houve a apresentação da Orquestra Frevo Coité, aula de dança, show com o grupo musical NDC e distribuição de pipoca e picolé para os pequeninos.

O evento foi gratuito proporcionou um ambiente seguro e acolhedor para que as famílias macaibenses pudessem interagir entre si e com seus filhos, ao som de muito frevo, com marchinhas animadas e tradicionais, adaptadas ao universo infantil.

O prefeito Emídio Júnior compareceu ao evento, juntamente com a primeira-dama, Edilaine Santos, e seu filho José Heitor, além da vice-prefeita Raquel Barbosa, e os vereadores Érika Emídio, Socorro Nogueira e Venício Filho, numa tarde alegre e marcante, que ficará guardada na memória da criançada de nossa cidade.

Na próxima quinta (27/02), acontece a abertura oficial do Carnaval de Macaíba 2025, no Polo Centro, celebrando os antigos carnavais. Haverá cortejo, a partir das 19h, saindo da Rua da Cruz até a Rua Dona Emília. A atração da noite será Priscila Braw. Todos os detalhes da programação podem ser conferidos nas redes sociais da Prefeitura Municipal. Este é o terceiro consecutivo em que os festejos carnavalescos acontecem com a organização e o fomento do poder público, fazendo de Macaíba um dos principais pontos de folia na Grande Natal durante esse período.

Foto: Edeilson Morais

Macaíba

Secretarias de Saúde e Segurança firmam parceria para videomonitoramento das unidades da rede e Hospital Regional

As unidades de saúde de Macaíba vão contar com videomonitoramento e contato direto com o Centro de Operações Integradas da Segurança Pública (COISP), através de uma parceria que será firmada entre as secretarias municipais de Saúde e de Segurança Pública para aumentar melhor atendimento às ocorrências e reduzir o tempo resposta entre o chamado e a chegada das autoridades policiais. O monitoramento de todas as Unidades de Saúde de Macaíba, incluindo a UPA e o Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, foi uma proposição da vereadora e presidente da Câmara de Macaíba, vereadora Érika Emídio.

O secretário de Segurança de Macaíba, coronel Kléber Macêdo, informou que a gestão visa a um atendimento integrado de todos os equipamentos da Prefeitura de Macaíba, que vai ser iniciado pelas unidades de saúde. “Vamos oficializar o protocolo para essa aproximação a toda rede de Saúde, as unidades vão ser georreferenciadas no nosso sistema, os profissionais responsáveis vão ter acesso a um contato direto com o COISP para diminuir o tempo de chegada dos policiais e assim oferecermos mais segurança aos pacientes e trabalhadores da saúde de Macaíba”.

A secretária de Saúde, Sâmara Bridget, acredita na positividade desse processo. “Agradeço a presidenta da Câmara, Érika Emídio, por priorizar a Saúde, pois nossos profissionais e pacientes realmente precisam se sentir mais seguros”, disse.

A vereadora Érika Emídio disse que esse monitoramento vai começar pela saúde e em breve pela educação. “Queremos realizar um trabalho efetivo de segurança em todas as escolas de nosso município”, informou.

A reunião, realizada na sede do COISP contou com a presença de coordenadores da SMS, gestores das unidades básicas de saúde, além da diretora da UPA Aluízio Alves, Roberta Guilhermina, e da diretora geral do Hospital Regional, Patrícia de Paula.

Imagem: Edeilson Morais 

 

História

93 anos do primeiro voto feminino; RN foi pioneiro!

Mossoroense Celina Guimarães, primeira eleitora do Brasil

As mulheres representam atualmente 52% do eleitorado brasileiro, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, há menos de um século, elas não tinham sequer o direito ao voto. A conquista desse direito ocorreu em 1932, com a promulgação do Código Eleitoral em 24 de fevereiro, assinado pelo então presidente Getúlio Vargas. Em reconhecimento a essa conquista, a Lei 13.086, de 2015, instituiu o dia 24 de fevereiro como o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil.

Neste ano, o voto feminino completa 92 anos. Contudo, à época da conquista, as mulheres ainda enfrentavam profundas desigualdades. O Código Civil vigente em 1932, por exemplo, classificava as mulheres casadas como relativamente incapazes para diversos atos da vida civil. Para trabalhar, receber herança ou ingressar com uma ação judicial, era necessário o consentimento expresso do marido.

A plena igualdade política entre homens e mulheres foi oficializada apenas em 1965, com a promulgação da Lei 4.737, que reformou o Código Eleitoral. Essa lei tornou o alistamento eleitoral obrigatório para as mulheres, assim como já era para os homens. No entanto, como ressalta Roberta Viegas, consultora legislativa de direitos humanos e cidadania do Senado, essa mudança ocorreu em um contexto de ditadura militar, sem um ambiente democrático que permitisse às mulheres exercer plenamente esse direito.

— Nosso direito de votar e ser votadas só pôde ser exercido de fato muito recentemente. Após a obrigatoriedade do voto feminino, ocorreram eleições, mas com regras pouco claras e sob um sistema bipartidário. O caminho para que as mulheres ocupem seu espaço na vida pública ainda é longo — analisa Viegas.

Atualmente, as mulheres representam 33% das candidaturas, um número próximo à cota mínima de 30% estabelecida em lei. No entanto, o percentual de mulheres eleitas é de apenas 15%, segundo o TSE.

— Tivemos avanços, mas o progresso é lento. Durante séculos, as mulheres foram impedidas de aprender a ler e escrever. O desafio das mulheres que nos antecederam, de buscar qualificação e participar da política, ainda persiste. Nos processos seletivos, já nos igualamos ou superamos os homens, mas nos espaços de decisão e poder, ainda somos minoria — observa a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), procuradora especial da Mulher no Senado.

Desde 2021, o Senado conta com a Bancada Feminina, composta atualmente por 15 senadoras. Esse bloco parlamentar tem estrutura e prerrogativas equiparadas às de líderes partidários, incluindo participação no Colégio de Líderes, orientação de votações e prioridade no uso da palavra. Hoje, a Bancada Feminina é a segunda maior do Senado.

— As mulheres precisam participar da vida pública. São decisões políticas que determinam a destinação de recursos para áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e assistência social. Se não tivermos mulheres na política, não há empoderamento real — defende Zenaide.

Entre as conquistas recentes, propostas aprovadas no Congresso e transformadas em lei em 2023 incluem a equiparação salarial entre homens e mulheres, a criação do protocolo “Não é Não”, a pensão especial para órfãos do feminicídio e o auxílio-aluguel para vítimas de violência doméstica.

### Pioneiras
O estado do Rio Grande do Norte desempenhou um papel fundamental na luta pelo voto feminino. Em 1927, por meio da Lei Estadual 660, foi o primeiro estado brasileiro a permitir o voto das mulheres, sem distinção de sexo.

Nesse contexto, duas potiguares entraram para a história: Celina Guimarães Viana, professora de Mossoró, foi a primeira mulher a se alistar e obter o direito de voto, em 1927. No ano seguinte, Alzira Soriano foi eleita prefeita da cidade de Lajes, tornando-se a primeira mulher a ocupar um cargo executivo na América Latina.

Com a primeira eleição após a aprovação do Código Eleitoral de 1932, novas pioneiras surgiram. Antonieta de Barros foi eleita deputada estadual por Santa Catarina em 1934, tornando-se a primeira mulher negra a ocupar um cargo legislativo no Brasil. No mesmo período, Carlota Pereira de Queirós foi eleita a primeira deputada federal, participando da Assembleia Nacional Constituinte entre 1934 e 1935, integrando a Comissão de Saúde e Educação. Carlota foi contemporânea de Bertha Lutz, fundadora da Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que posteriormente se tornou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF).

Eunice Michiles tornou-se a primeira senadora da história do Brasil ao assumir o cargo como suplente em 1979. Já Laélia Alcântara, eleita suplente em 1974, tomou posse em 1981, tornando-se a primeira senadora negra do país.

Leia mais sobre o tema:

Celina Guimarães: um voto para mudar a história.

 

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